A ordem Sirênia, que inclui peixes-boi, manatís, dugongos e vacas-marinhas (extintas), abrange alguns dos animais mais indefesos do planeta. É mesmo possível que esses animais de aspecto surpreendente tenham enriquecido as lendas sobre a existência de sereias, de onde o nome dado a este grupo.

O corpo dos sirênios é roliço e coberto por uma pele grossa, cinza-escura e com poucos pêlos. Os membros posteriores foram substituídos por uma nadadeira caudal poderosa e de grande utilidade propulsora. São perfeitamente adaptados à vida nos rios, estuários e águas costeiras.

Os sirênios são animais inofensivos, lentos e pacíficos, que se alimentam de plantas aquáticas, destacando-se a predileção por espécies de fanerógamas dos gêneros Eichornia, Nymphaea e outros.

Sua vulnerabilidade permitiu a execução, ao longo dos séculos, de vergonhosos massacres. A vaca-marinha de Steller, Hydrodamalis stelleri, que vivia no Pacífico Norte, foi extinta pela predação humana desmesurada já por volta de 1770.

No Brasil, as duas espécies nativas continuam a ser brutalmente massacradas.