PEIXES DE ÁGUA DOCE DE PORTUGAL

PEIXES DE ÁGUA DOCE DE PORTUGAL

Objectivos desta página:

Esta página surge como um meio de divulgação e uma chamada de atenção para a vida dos nossos rios, ribeiros, albufeiras, assim como, dar a conhecer, a quem tiver acesso a esta página e paciência para a ver, as espécies de peixes existentes em Portugal.

Sendo eu, Marco António Alexandre Arruda um apaixonado pela vida aquática, principalmente no que diz respeito à nossa ictiofauna, e reconhecendo nos ambientes ligados à água uma importância ambiental, económica e social. Sinto que muitas vezes não damos a devida importância aos nossos recursos aquáticos, e que para nós a vida dos nossos rios ainda nos é quase completamente desconhecida...

Os nossos rios, ribeiras e albufeiras, têm desde sempre sido um elemento de desenvolvimento. Cidades, vilas e aldeias começaram a desenvolver-se primeiramente ao longo dos nossos rios e diversas linhas de água, pois forneciam e fornecem água para beber e regar os campos, permitem a prática da pesca, são valorizadoras da paisagem, permitem a realização de actividades lúdicas (desportos náuticos, pesca, praias fluviais).

Em termos biológicos as nossas linhas de água são universos de vida, pois há uma enorme variedade de seres vivos que vivem nas suas águas ou estão dependentes destas.

A flora e fauna associada a estes meios é muito rica, na nossa flora temos plantas aquáticas tão pequenas como as lentilhas d’água, até árvores como o salgueiro enquanto na nossa fauna podemos referir peixes tão singulares como o saramugo, as bogas, ou mamíferos como a lontra, assim como uma enorme variedade de aves, répteis, anfíbios, etc.

Apesar desta riqueza e da importância dos nossos recursos dulçaquicolas, parece que nós seres Humanos não reconhecemos a importância dos nossos recursos aquáticos e continuamos a não respeitá-los, pois continuamos a servir-nos dos rios como esgoto, utilizamos água em demasia (agricultura de regadio, indústria, campos de golfe, canalizações mal concebidas que permitem perdas de água, etc), construímos barragens (estas modificam a dinâmica dos rios e impedem a migração dos peixes), entre outros atentados ambientais.

Sei que cada um de nós não pode mudar o mundo de um momento para o outro, mas com pequenas atitudes podemos ajudar a fazer um mundo melhor.

E porque não começar a ter mais respeito pelos nossos rios?

Podemos ajudar com pequenas coisas como:

· Ir à pesca e soltar o peixe que não se vai consumir;

· Libertar todos os peixes que não tenham medida legal;

· Não introduzir espécies exóticas - espécies que segundo a sua distribuição natural não deveriam existir no nosso País (nunca deitar a tartaruga que se tem em casa, no rio mais próximo, assim como não deitar fora aquele peixe estranho que cresceu demasiado e que já não cabe no aquário);

· Não deitar lixo e entulho nas nossas linhas de água;

· Avisar as autoridades competentes quando virmos alguma actividade ilegal ou que prejudique os nossos rios;

Devemos respeitar e proteger a vegetação ribeirinha (ripícola), especialmente as árvores, pois estas mantêm a estabilidade das margens, são autênticos filtros biológicos, retêm ou diminuem as águas de escorrimento superficial diminuindo o risco de enxurradas, a velocidade da corrente quando há cheias, e diminuindo a perda de solo fértil das zonas agrícolas;