Natural de St.ª Cruz onde nasceu a 11 de Dezembro de 1883, viveu na Ponta do Sol desde 1913, onde foi colocado como Cura da freguesia da Ponta do Sol, a 18 de Dezembro. Tornou-se Pároco (Vigário) a 5 de Fevereiro de 1930, tendo permanecido em funções até à sua morte. Foi sacerdote, soldado, escritor, jornalista, poeta. Teve intervenção política mantendo fidelidade à causa monárquica. Desempenhou um papel preponderante na actividade jornalística da Ponta do Sol, tendo sido Redactor Principal e Director do Brado d’ Oeste. Publicou ainda noutros jornais e revistas da Madeira e do Continente. Nos seus textos jornalísticos, abordou temas religiosos, polémica política, costumes, informação histórica. Após o fecho do Brado, manteve intervenção jornalística em A Sentinella, onde publicou os Episódios da História da Ponta do Sol (entre finais de 1920 e princípios de 1921). Foi autor do romance histórico Da Choça ao Solar - publicado inicialmente em folhetins no Brado d’ Oeste; o 1.º veio à luz no n.º 821, de 10 de Maio de 1917. Esta narrativa foi publicada novamente, também em folhetim, na Revista Esperança, com o título Um casamento romântico no século XVIII, obra que foi reeditada pela Editorial Eco do Funchal Ld.ª com prefácio do P.e Joaquim Plácido Pereira, em 1957. A 3.ª edição, da iniciativa da Câmara Municipal da Ponta do Sol, no âmbito da Comemoração dos 500 anos da elevação da Ponta do Sol a Vila, com ortografia actualizada, coordenação de Teresinha Santos, teve lançamento no dia 5 de Novembro de 2001, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, Ponta do Sol. Faleceu em 25 de Janeiro de 1967. Está sepultado no cemitério de S. Caetano, Terças, Ponta do Sol. |
Padre João Vieira Caetano sacerdote, jornalista, escritor, poeta, ... - uma vida dedicada à Ponta do Sol |
Padre João Vieira Caetano (bodas de ouro sacerdotais) |
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Notícia do início da Publicação do romance Da Choça ao Solar no jornal pontassolense Brado d' Oeste, 1917. |
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Da Choça ao Solar Fac-símile da capa - 2.ª edição, Eco do Funchal, 1957 |
BOAS FESTAS (Em folhas d' Era, a M. A. V. C.) |
Poesia |
Estas folhas tão verdes, perdidas, Nas paredes d'um velho solar, Com amor, por mim foram escolhidas, Para n'ellas saudades mandar. Lá viviam gentis, peregrinas, No palacio d'antigos morgados, Recordando a desertas ruinas Esplendores de tempos passados. A primeira vez em nossa vida, No Natal afastados do lar, Somos como esta casa perdida, Somos como o antigo solar. As lembranças da mãe e d'irmãs, Folhas verdes da alma são estas, Mensageiras mui frescas, louçãs Que lhes vão desejar boas festas. Lombada, 23-12-1914 P. C. |
Curiosidade! Leia! |
Publicado no Brado d'Oeste, n.º 583, 30 de Dezembro de 1914. (No primeiro Natal passado longe da família, as heras do velho solar da Lombada servem de inspiração ao jovem padre...) |
Romance |