Poema sem nome

 

Me dê licença menina anjo

ainda que por instantes,

poder te mostrar o gosto de lua,

que vive permanente em minha boca.

Me dê licença, ainda que por segundos,

de ver o brilho de estrela que tens nos olhos, e viajar neles.

 

Licença, para por seu rosto em meu colo,

e poder escutar suas estórias,

e poder rir,

sonhar.

 

De poder vê-la chorar,

pondo em flor os sentimentos.

E fazer de meus braços um ninho.

 

Vou te contar um segredo...

O medo, mata !

 

O que seria do mundo,

se as flores temessem florir ?

Se os pássaros temessem cantar ?

Se todos temessem amar ?

Nada existiria...

 

Me dê (se dê) licença para tentar,

para simplesmente, viver.

 

Pegue na minha mão,

e venha,

que o tempo, ele não pára...

 

 

                                                            Thiago Machado