ATUALIDADES
IMAMES CRITICAM "SILÊNCIO INFAME" DOS ÁRABES
Por Khalid Amayreh
Jerusalém Ocupada - 12.05.001 - Pregadores islâmicos repreenderam os árabes e seus respectivos regimes, por não conseguirem oferecer um apoio adequado para os quase 8 meses de Intifada na Palestina, ou a revolta contra a ocupação militar sionista em curso.
Shaikh Mohammed Hussein, que proferiu o sermão da
sexta-feira na Masjidul Aqsa (Mesquita al-Aqsa) censurou os regimes árabes por seu
"silêncio e impotência infames".
"O que estamos assistindo é a uma solidariedade verbal, ou um pouquinho mais do que
isso, numa época em que o povo palestino está precisando de apoio político ativo e não
apenas palavras vazias."
O shaikh Hussein assinalou que a maioria dos regimes
árabes não são soberanos em seus processos decisórios. No entanto, ele pediu que as
massas árabes e muçulmanas forcem os regimes a se libertarem da subserviência à
hegemonia americana.
Sheikh Yousef Juma'a Salameh, diretor geral do Wakf palestino, criticou duramente os
árabes por "passarem as noites olhando as dançarinas do ventre e as mulheres nuas
nas televisões árabes."
"Esta espécie de povo não libertará a Palestina,
eles é que precisam ser libertados", disse ele durante um programa ao vivo, no dia
10 de maio passado.
Sheikh Nayef Rajoub, Imam da Grande Mesquita Dura, a sudoeste de Hebron, disse que o
silêncio árabe coletivo e a inação eram cúmplices naturais da criminalidade e
barbaridade sionistas cometidas contra civis palestinos.
"Podia-se concluir com toda a certeza que o silêncio e a inação árabes frente aos crimes sionistas são tão culpados do derramamento de sangue de Iman Hijjo e de inúmeras outras crianças palestinas, quanto os assassinos sionistas."
Iman Hijjo é a menina palestina de 4 meses de idade que foi morta em Gaza na semana passada, quando o exército de ocupação sionista bombardeou as vizinhanças ao sul de Gaza, usando artilharia pesada e metralhadoras.
A maioria dos regimes árabes proibiram demonstrações
pró-Palestina em seus respectivos países com receio de que tais demonstrações se
voltassem contra seus próprios governos, principalmente contra sua subserviência aos
Estados Unidos.
Na sexta-feira passada, a polícia jordaniana dispersou uma manifestação pró-Palestina,
organizada pela irmandade muçulmana, durante a qual a polícia bateu selvagemente nos
manifestantes pacíficos, inclusive antigos ministros.
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