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Fátima de Portugal NOTÍCIAS ARQUIVADAS |
By VMoreira |
14-02-2005 Ana Luísa Barroso “Vejam o que está escrito” – dizia Lúcia aos cardeais Foi a responder às cartas que lhe chegaram de todo o mundo que a Irmã Lúcia ocupou grande parte do tempo que passou no Carmelo de Santa Teresa. Levava a vida normal de uma carmelita. Nunca teve qualquer privilégio”. O capelão do Carmelo de Santa Teresa, João Lavrador, descrevia assim, no final da primeira missa de corpo presente que decorreu, anteontem, no Carmelo, os 57 anos que a Irmã Lúcia passou naquele convento, onde faleceu domingo, aos 97 anos de idade. Traçando o percurso religioso da vidente de Fátima, que começou por professar como Doroteia, em Tuy, em 1928, o capelão recordou que foi a própria Irmã Lúcia que pediu para ingressar no Carmelo de Coimbra, onde se tornou carmelita a 25 de Março de 1948. |
DESAPARECEU A MEMÓRIA VIVA DAS APARIÇÕES DE FÁTIMA |
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“Quis exilar–se. Pediu mais silêncio, recolhimento”, adiantou. Mas não foi por isso que deixou de comunicar com o exterior. Isto porque, segundo João Lavrador, a Irmã Lúcia recebia muita correspondência de todo o mundo. “Tinha muito trabalho a responder, mas respondia”, acrescentou. O resto do tempo livre era gasto com outras actividades, que preenchem, aliás, o dia a dia das 17 carmelitas que agora habitam o convento: cuidar da horta, fazer óstias ou terços. “A Irmã Lúcia fazia muito terços. Fez um muito bonito para os 25 anos de pontificado do Papa”, recordou o capelão. E também recebia visitas, que, de acordo com João Lavrador, eram muitas. “As pessoas têm outra ideia, mas vinham excursões, muitas pessoas... só para a ver”, salientou. Uma dessas pessoas foi o actor Mel Gibson, que se deslocou ao Carmelo em meados do ano passado. “Foi uma visita muito simples, como outra qualquer. A Irmã Lúcia esteve lá, acompanhada por outras carmelitas uma vez que, ultimamente, já não ficava sozinha”, disse o capelão. Mas apenas os cardeais tinham o privilégio de poder falar directamente com ela, adiantou João Lavrador, que disse ter contactado com a Irmã Lúcia “algumas vezes”. “Mas nunca toquei na questão das visões de Fátima”, assegurou, acrescentando que, quando questionada pelos cardeais sobre essas mesmas visões, a Irmã Lúcia respondia: “Vejam o que está escrito”. Uma das últimas alegrias que a vidente teve foi, disse o capelão, a beatificação de Francisco e Jacinta. “Outro desejo dela era que o Papa viesse canonizar os primos”, acrescentou |