Fatores de Risco para Doenças Cardiovasculares
As doenças cardiovasculares lideram as causas de doenças e mortes nos Estados Unidos. A maioria dos casos originam-se da aterosclerose, uma condição na qual colesterol, gordura e tecido fibroso se depositam nas paredes das artérias de grande e médio calibre.
Na doença coronariana (DC), as artérias do músculo cardíaco (miocárdio) estão estreitadas. A redução do suprimento sangüíneo ao coração pode resultar em dor no peito (angina pectoris) ou outros sintomas, tipicamente disparados pelo esforço físico. Se um vaso sanguíneo estreitado é completamente bloqueado por um coágulo sangüíneo, a área do coração logo abaixo ao bloqueio é privada de oxigênio e nutrição, resultando em um ataque cardíaco (infarto do miocárdio).
Como em outros processos de doenças degenerativas, a aterosclerose pode levar anos para se desenvolver. A dieta é implicada porque os depósitos nas paredes arteriais contêm altos níveis de gordura e colesterol. Estudos tanto em humanos como em animais têm mostrado ligações entre hábitos da dieta e a aterosclerose.
Pelo menos dez fatores de risco podem ajudar a predizer a probabilidade de DC: hereditariedade, sexo masculino, idade avançada, tabagismo, hipertensão arterial, diabetes, obesidade (especialmente excesso de gordura abdominal), falta de atividade física e níveis anormais de colesterol sangüíneo e de homocisteína. Quanto maior o número de fatores de risco que uma pessoa tem, maiores são as chances de desenvolver doenças cardíacas. Hereditariedade, gênero e idade não podem ser modificados, mas os outros podem ser influenciados pelo comportamento individual.
Muitos destes fatores de risco são inter-relacionados. Obesidade, falta de exercícios e o tabagismo podem aumentar a pressão sangüínea e adversamente influenciar os níveis de colesterol sangüíneo. Diversos estudos sugerem que a exposição à fumaça do cigarro no ambiente ("fumo passivo") também aumenta o risco do desenvolvimento de doenças cardíacas [1,2]. Algumas autoridades acreditam que o estresse emocional é um fator de risco, mas a evidência para isto não está muito clara.
Os exercícios oferecem muitos benefícios. As pessoas que se exercitam tendem a viver mais e ter menos doenças cardiovasculares que aquelas que não se exercitam [3]. Um programa de exercícios bem planejado pode aumentar o vigor e a resistência, diminuir a pressão sangüínea, melhorar os níveis de colesterol sangüíneo, auxiliar no controle de peso, auxiliar a reduzir níveis anormais de açúcar no sangue, reduzir o estresse, melhorar o sono e ajudar a prevenir a osteoporose. Exercícios vigorosos são mais vantajosos, mas mesmo exercícios moderados têm efeitos protetores importantes [4].
Os níveis de colesterol no sangue devem ser determinados através de um exame de rastreamento chamado análise de lipídios (ou perfil de lipídios), que determina os níveis das lipoproteínas de baixa-densidade (LDL), lipoproteínas de alta-densidade (HDL) e dos triglicerídeos, bem como dos níveis totais de colesterol no sangue. Se o LDL está muito alto ou o HDL está muito baixo, deve-se iniciar um programa de correção supervisionado por um médico. O National Cholesterol Education Program recomenda exames para determinar os níveis de colesterol pelo menos uma vez a cada cinco anos [5]. As pessoas com níveis anormais devem tê-los mensurados mais freqüentemente do que aquelas com níveis normais..