Caldo
Esta mulher devora
o caldo de feijão
Como quem sorve
e devora a vida
Sugando todo
o sumo com emoção
Vertendo lágrimas
de pimenta ardida
Não sei
mais o que se passa
Vida e idéias
foram-se juntas
Com o caldo de
feijão
As polentas devoradas
Devoradas com
furor
E com o molho
do amor
Tudo isso porque
eu bebi o caldo...
Não posso
ter desejo
Diante desses
homens
Que olham o tempo
todo
Para todas as
mesas
Onde se sentam
pessoas
de saias e cabelos
femininos...
Só esperamos
que não seja um maldito escocês!
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