O
Sabotador
Não vou
casar nunca, não!
Não vou
me vender para não ser exclusivo
Serei ligeiro:
apenas um mês e meio
Meio que assim
solteiro
Por favor, não
sabotem meu jeito de ser
Não me
mumifiquem
Não coloquem
gazes sobre mim
Que enrijeçam
minhas carnes
Muito pelo contrário
Que me libertem
das amarras!
Dos grilhões
da mente e da alma
Daqueles que
agem, e não vêem
O que é
para ser visto, e não vêem...
Perderei no fundo
dos bolsos fundos
Os telefones
arduamente conquistados
Esquecerei nos
copos afogados
Os bilhetes torpedos
trocados
O que será
de mim então
Se me prederem
as amarras da desilusão?
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