> A cena: Homem com vara de pesca na mão,
linha na água, sentado em
> um píer.
> A pergunta: Você está pescando?
> - Não, estou dando banho na minhoca.
> - Não, estou caçando, não
vê que estou com uma espingarda?
> - Não, eu amarrei meu relógio
na ponta da linha e quero ver se
> ele agüenta mesmo 50 metros de profundidade.
>
> A cena: A mesma.
> A pergunta: Aqui dá peixe?
> - Não, dá tatu, quati, camundongo,
... Peixe costuma dar lá no
> mato...
> - Aí onde você está nunca
deu, mas na água tem muitos.
> - Não, não dá. Por isso
que é preciso pescar.
>
> A cena: Sujeito voltando do píer com
um balde cheio de peixes.
> A pergunta: Você pescou todos?
> - Não, estes são peixes suicidas
e se atiraram no meu balde.
> - Não, eles se renderam pacificamente.
> - Não, eu cacei. Não está
vendo a espingarda?
>
> A cena: Você fumando um cigarro.
> A pergunta: Ora, ora! Mas você fuma?
> - Não, eu gosto de bronzear os pulmões
também.
> - Não, é que tenho ações
da Philip Morris e assim valorizo meus
> produtos.
> - Não, eu coloco na boca e assopro.
>
> A cena: Sujeito no elevador de um prédio,
no momento em que pára
> no subsolo-garagem.
> A pergunta: Sobe?
> - Não, esse elevador anda de lado.
> - Não, ele só desce, para subir
é preciso usar a escada.
> - Sim, mas só de meia em meia hora.
você já comprou a passagem?
>
> A cena: Noiva entrando na igreja, escoltada
pelas daminhas de
> honra.
> A pergunta: É casamento?
> - Não, é festa junina. Isso
é a encenação da quadrilha.
> - Não! Pela roupa dela você logo
vê que é uma mãe de santo.
> - Não, é um desfile do Ronaldo
Ésper.
>
> A cena: Sujeito no caixa do cinema.
> A pergunta: Quer uma entrada?
> - Não, quero uma saída.
> - Não, quero só bater um papo
com você. Como vai? Tudo bem?
> - Não, é que eu vi essa fila
imensa e queria saber onde ia
> chegar.
>
> A cena: Cortejo levando um caixão no
cemitério.
> A pergunta: É enterro?
> - Não, é uma prova da gincana
maluca do Faustão.
> - Não, é o campeonato regional
de enterradas.
>
> A cena: o sujeito apanhando o talão
de cheques e uma caneta.
> A pergunta: Vai pagar com cheque?
> - Não, vou pagar com dinheiro, é
que anoto aqui meus gastos.
> - Não, vou pagar com títulos
da dívida agrária.
> - Não, vou fazer um poema nesta folhinha.
>
> A cena: Casal abraçadinho, entrando
no barzinho romântico.
> A pergunta: Mesa para dois?
> - Não, vamos ficar de pé.
> - Não, para três! Não
quer vir conosco?
> - Não, mesa para quatro, duas são
prá colocar os pés.
>
> A cena: Cidadão levando cinco pacotes
de batata palha de um
> supermercado.
> A pergunta: Você gosta de batata palha?
> - Não, eu me odeio e gosto de me contrariar.
> - Batata palha? Puxa! E eu achando que fosse
mortadela!
> - Não, eu faço isso para dar
uma força para o supermercado.
>
> A cena: Edifício pegando fogo, funcionários
saindo correndo pela
> saída de emergência.
> A pergunta: É incêndio?
> - Não, é maremoto.
> - Não, é uma pegadinha do Malandro.
> - Não, o edifício está
sendo levemente flambado, mas com o calor
> está escorrendo.
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