(NOTA: 8.0/10) É sempre gratificante presenciar bandas veteranas voltando à ativa, ainda mais quando estas se propõem a lançar bons materiais, honrando seus nomes, e a reputação construída no passado (claro, pois se fosse o contrário, seria regressão...). No caso do WitchHammer, trata-se de um dos medalhões oitentistas do metal pesado nacional, e seu mais recente trabalho, “Ode To Death”, via Cogumelo Records, é de alto gabarito! O que se ouve aqui é aquele Thrash Metal característico dos anos 80, com riffs certeiros, solos afiados, vocal rasgado e muita energia. Já de início dá para perceber que as músicas estão bem trabalhadas, dotadas de criatividade em sua forma heterogênea de composição, ou seja, sempre apresentando variações em seus andamentos, ora cadenciados, ora “bate estacas”, enfim, dá até pra sacar umas pegadas Crossover em algumas passagens, como na faixa “Me, Dawn Lawless Killer” por exemplo. Em todos os momentos o entrosamento dos músicos é latente! Riffs grudentos, solos inseridos nas horas e proporções corretas, cozinha baixo/ bateria executada com muita precisão... Depois de duas décadas da formação do WitchHammer, a química deste quarteto mineiro ainda está dando reações excelentes! Contando ainda com as regravações para “Weekend In Auschwitz” (1987), “Dartherium” (1988) e um cover de “Perseguição”, da antiga banda Sagrado Inferno, o novo álbum certamente é mais um registro de competência e fidelidade ao Metal old school, por parte destes mineiros veteranos. Com exceção da arte gráfica, que está modernizada, o clima e o espírito do disco é todo voltado aos moldes oitentistas. A banda conta com Teddy, Casito e Paulo Caetano, da formação original, e para completar o line up, recrutaram o novato Rogério Sena na guitarra. Destaco a faixa “Wrath Of WitchHammer”, entre outras matadoras como “Metaphysics” e “Dartherium” .... (Fabio)