FLAUSINO VALE

Página elaborada por José Maurício Guimarães, músico, violinista da Orquestra Sinfônica de M.G. e Professor na FCS

 

Esta página conta com a honrosa colaboração e o prestígio do Dr. Huascar Terra do Vale, filho do compositor

FALECONOSCO

Madrugada em Belo Horizonte. Um vulto sobe, apressado, o lado mais alto da Serra do Curral, carregando uma caixa extravagante. O dia está prestes a raiar; o vulto senta no capim molhado pelo sereno e, silencioso, aguarda o amanhecer. Pouco a pouco as cores lilases da alvorada vão crescendo em torno dele. O estranho personagem se levanta lentamente, abre o estojo e retira de lá um violino. Coloca o instrumento no queixo, olha para o horizonte leste e, à medida que o dia vai clareando, começa a tocar o Hino ao Sol, de Rimsky-Korsakov. A música corre solta pelas montanhas. O dia, agora claro, revela o perfil austero e sereno de Flausino Rodrigues Vale.

Lá estava o violinista poeta, o escritor e advogado que, acima de tudo, amava a natureza. Na solidão das alturas, no silêncio daquela hora, apenas quebrado pelo som doce e forte de seu violino, Flausino Vale dedicava todo o calor de sua interpretação a um único assistente: o sol, no imenso anfiteatro que é a natureza.

Flausino sempre se considerou o homem mais feliz do mundo. Coração de poeta, alma de artista, ele soube viver intensa e apaixonadamente. Tinha o poder de encontrar prazeres infinitos em todas as coisas, principalmente nas mais simples.

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