O fascismo insurreto em Israel

Laerte Braga

(http://www.lainsignia.org/internacional.html)

 

A imagem de Palestinos presos em Belém por suspeita de terrorismo, vendados e amarrados, conduzidos a local ignorado para "interrogatório" é o atestado de direitos humanos de George Calígula Bush e sua troupe de carniceiros nazistas. Quem vai prender Sharon? Responsável por barbaridades e atrocidades contra um povo inteiro e colocá-lo no bancos dos réus por crimes contra a humanidade?

Sharon não faria nada do está fazendo se não tivesse o apoio de Bush. Se não tivesse recebido sinal verde do louco que governa os Estados Unidos monitorado por bárbaros escondidos atrás de demonstrações nazi-fascistas de um patriotismo canalha.

Há alguns anos atrás a Suprema Corte de Israel decidiu que tortura para salvaguarda do Estado e contra Palestinos é válida, aceitável e pode ser praticada.

O Estado de Israel é fascista. Não difere nem um pouco da Alemanha de Hitler. A forma degradante e estúpida como são tratados os Palestinos, violentados em seus direitos mínimos, é igual a que os esbirros de Hitler, da Gestapo tratavam judeus nos campos de concentração. O mundo assiste a um delírio fanático e brutal regido pelo presidente dos Estados Unidos e seus aliados.

A presunção da superioridade, de povo escolhido, tudo disfarçando interesses vergonhosos das indústrias do petróleo e bélica. O que acontece no Oriente Médio é puro e simples extermínio, limpeza étnica, que tentam vender ao mundo como combate ao terrorismo. São "negócios".

É chocante vermos seres humanos humilhados, postos em situação de sub raça. São pais, são maridos, são filhos, são avós, gente, tratada como se bichos fosse. A paz é o argumento dos assassinos. Calçam as botas tacanhas da barbárie e apresentam-se ao mundo como guardiões e defensores da liberdade. Chamam a isso de "liberdade duradoura", de "justiça infinita".

A Palestina, hoje, pode ser, perfeitamente, a Colômbia amanhã. Ou a Venezuela. Como é o Afeganistão. O anunciado ataque ao Iraque, outro dos destemperos insanos de Calígula Bush.

As imagens dos presos afegãos transferidos para a base de Guantánamo (que por si só é uma violência contra Cuba) são outro flagrante de direitos humanos pisoteados. A certeza que direitos humanos para essa gente é apenas a vontade do mais forte.

Esperar que governos de outros países manifestem-se chocados e em protestos contra tamanha violência não faz sentido.

Os que timidamente tentam fazer ecoar algum tipo de desagrado correm o risco de virem a ser incluídos no "eixo do mal". Há silêncio repugnante de pretensos estadistas, de homens de governo. Ele tanto reflete o medo, como a covardia pura e simples, disfarçada no que chamam "democracia" e, no que, na verdade, representam polpudos ganhos num negócio sórdido. Somos e estamos todos transformados em produtos do mercado. O senhor de todas as razões alucinadas coloca a mão no peito, pranteia vítimas de um ato estúpido e reage com atos estúpidos. A bandeira que está ao fundo chancela tamanha boçalidade.

E dizer que George Soros, outro George, deita falação sobre arrependimento e toda a sorte de crueldade, crucificando o capitalismo, mas montado em bilhões de dólares. Não ouve os gritos dos que carregam o altar da insensatez, porque pensa que basta um pouco de sabonete e uma higiene das mãos mais cuidadosa, que ascende aos céus da solidariedade e da fraternidade.

Regredimos ao estágio do neo-canibalismo. É algo diverso daquele em que pessoas comiam nacos de pessoas, pessoas inteiras, mas tem o mesmo caráter. Só não têm a justificativa do atraso. Carregam consigo a presunção dos céus. São arrogantes. São bárbaros e não vão deter-se diante de nada.

Reagir é uma questão de sobrevivência. Não aceitar que sejamos todos vendados e amarrados enquanto constróem/destróem o mundo em gargalhadas loucas de farsa democrática, é, pelo menos, a saída decente. "A saída. Onde fica a saída?" Foi a pergunta da japonesa cega pelo bombardeio de Hiroshima. Em nome da liberdade.

A perspectiva de futuro não passa pelo simples enojar-se antes as imagens de Palestinos vendados, amarrados e levados para "interrogatório", nunca é demais repetir. Ou mudar de canal. Bush é louco. Criminosos são os que o conduzem. Criminoso é Sharon e a súcia que o cerca.

É questão de acordar ou continuar dormindo. Só isso. E acordar implica em reagir.

Dormir... Nesse caso é uma forma de morte. Viramos zumbis. Escravos de um poder devastador e cruel.

O que acontece no Oriente Médio, contra os Palestinos, é pura carnificina. Nada mais que isso.

Tomar uma cerveja e comer um sanduíche em meio a tudo isso é abrir mão da ânima de cada um de nós, de todos nós.