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João Soares mentiu | ||||||
Enviado por Carlos MacMahon em Junho 23, 19100 às 10:43:54: | ||||||
Luanda, 22 Jun - O Jornal de Angola afirma na sua edição de hoje que "João Soares mentiu", quando afirmou recentemente ter recebido uma carta com um pedido de desculpas de uma das individualidades angolanas a quem ameaçou processar judicialmente. O diário angolano, que chama o tema à primeira página, publica no interior o conteúdo de uma carta enviada pelo advogado Fernando Oliveira, em nome do deputado Carlos MacMahon, à advogada de João Soares, documento que considera "deitar por terra as alegadas desculpas". Segundo o Jornal de Angola, o presidente da Câmara de Lisboa terá afirmado, no Rio de Janeiro, Brasil, onde se deslocou para participar num encontro da União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa, que recebeu uma carta que continha um alegado pedido de desculpas de uma das personalidades angolanas envolvidas numa polémica com Mário Soares e João Soares. O caso teve início quando Mário Soares, num artigo de opinião publicado num semanário português, criticou as autoridades angolanas pela forma como gerem o país, tendo, na resposta, o ministro angolano da Comunicação Social, Hendrick Vaal Neto, afirmado, em Luanda, que Mário Soares e o seu filho João Soares beneficiavam do tráfico de diamantes e de marfim feito pela UNITA de Jonas Savimbi. Dias depois, o deputado do MPLA Carlos MacMahon, afirmou, na capital angolana, que Mário Soares "devia limitar- se a falar dele e da família dele porque, com os podres que têm, devia ter mais cuidado", acrescentando que o ex- presidente português "fez tudo para meter o seu amigo (Jonas Savimbi) no poder, mas não é com o dinheiro que possa receber que pode calar o povo angolano". Na sequência desta polémica, João Soares manifestou a intenção de proceder judicialmente contra Hendrick Vaal Neto e MacMahon, tendo a sua advogada enviado cartas nesse sentido às duas personalidades angolanas, datadas de 24 de Março. Na carta agora divulgada pelo Jornal da Angola, datada de 31 de Maio, o advogado Fernando Oliveira começa por explicar a gravidade do estado de saúde do deputado MacMahon, para justificar o atraso na resposta à carta enviada para Luanda pela advogada de João Soares. Fernando Oliveira salienta que não tem qualquer mandato de Carlos MacMahon, porque o seu estado de saúde não lhe permite falar ou escrever, mas afirma a sua disponibilidade para o representar caso venha a ser solicitado, acrescentando que a carta foi escrita devido às razões de amizade que o ligam ao deputado. O advogado refere estar certo que MacMahon pretenderia "assentar a sua defesa na colocação da controvérsia no plano político", do qual, aliás, "nunca deveria ter extrapolado". "Nesse contexto, MacMahon não teria nem mais nem menos dificuldades para provar a verdade das suas declarações, do que aquelas que João Soares sentiria se fosse chamado a provar os apodos de ladrões que pública e reiteradamente tem endereçado ao Chefe de Estado e a todos os dirigentes angolanos", refere a carta. Fernando Oliveira lamenta que João Soares "se tenha deixado cegar por uma tamanha e irracional aversão contra o poder instituído em Angola". |