O Cancro de  Portugal
	Um  cancro é a reprodução descontrolada de tumores malignos que ocupam o lugar de  células saudáveis e atrofiam os tecidos e os orgãos. O cancro de portugal  são as máfias corporativas no corpo do estado, são também as capelinhas do  compadrio que desviam o dinheiro dos contribuintes, esmolas inclusive, e os  fundos da Europa. Consiste em ligações perigosas e ensinuantes entre o  privado e o estado, muitas das vezes em incompatibilidades constitucionais, em  máfias organizadas dentro da administração estatal e das máquinas partidárias  que se vão perpetuando no poder.
	O  cancro desenvolve-se para si próprio, alienado e alienando o interesse do  organismo no qual está enquistado. Assim, estas corporações à margem da  democracia e da transparência, sugam a energia nacional de duas  maneiras:
	1); Desviam  e desperdiçam dinheiro e competência
	2)  Promovem  uma cultura de incompetência, despesismo, negligência e de defesa das meras  aparências.
	O  cancro dissemina-se quando o sistema imunitário do organismo não funciona bem.  O sistema imunitário de um país são 1) os juízes 2) os jornalistas 3)  políticos de boa-fé e corajosos, 4)as associações de cidadãos. Estes  elementos cuidam 1) de que se diagnostiquem as células doentias e parasitárias,  os tumores que vão crescendo na sombra. 2) Depois, esses elementos são julgados  em tribunal e porventura condenados, sendo neutralizada temporariamente a sua  acção individual. 3) Em seguida, politicos corajosos e de boa-fé devem legislar  e decretar de molde a impedir o desenvolvimento de novos tumores. Ora, neste  país os juízes são elementos ineficazes e duvidosos, como se pode verificar  p.ex. pelos mega-processos criminosos que prescrevem vergonhosamente. Os  jornalistas estão muito controlados pelos loobies politico-económicos que  dominam os grandes grupos mediáticos, não fazem a sua função como deve ser, como  se pode verificar todos os dias pela falta de um jornalismo de investigação  rigoroso. Os políticos corajosos são afastados dos governos e das máquinas  partidárias pelos lobbies e intrigas, como se pode verificar pela triste  panorâmica dos lideres actuais. Em suma, o sistema imunitário do país está  altamente debilitado e o cancro alastra.
	O  nosso sistema educativo está pior do que nunca, o nosso sistema de saúde 'está  doente', a economia estagnada e a retroceder, a despesa publica descontrolada, o  sistema fiscal caduco e esclerosado.
	Restam-nos  as associações de cidadãos. Portugal tem uma fraca tradição democrática.  Nos ultimos cem anos, cerca de 50% da história foi passada debaixo de ditaduras.  Várias gerações se adaptaram ao medo de falar, ao desconforto interior cada vez  que sentiam necessidade de expressar as injustiças e os atentados aos direitos  das pessoas. Habituámo-nos a calar, a falar em privado e com todas as  reservas, a usar metáforas e eufemismos para nos dirigirmos a verdades incómodas  para a classe dirigente. Agora há que chamar os bois pelos nomes. Leviandade  é leviandade, Ladroagem é ladroagem, Justiça é justiça, Impunidade é impunidade.  As mafias à portuguesa contam sempre com o 'tento na lingua' e os falsos  'brandos costumes' dos subalternos, habituados a ter medo da pide e da  inquisição, e das pequenas pides e inquisiçõs de cada grande ou pequena  repartição, de cada círculo de influências.
	As  mafias da "democracia" portuguesa normalmente não matam, não precisam de matar:  sufocam lentamente. Deixam cair no esquecimento, promovem o silêncio, a  perseguição profissional, ou até judicial, aos elementos que a elas fazem  frente. Só muito raramente precisam de assassinar, e em Portugal existem desde o  inicio do século até hoje, ainda alguns óbitos por esclarecer, quais Kennedys  Lusos.
	Um  cancro não é uma doença incurável. Que o diga a Italia, a "mãe" da mafia  que  conseguiu fazer uma limpeza no inicio dos anos noventa.
	O  povo português é valoroso como o tem demonstrado ao longo da história. Porque  nos havemos de conformar com o último lugar?
					Pela  Justiça, pela Clareza, pela Verdade!
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