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História do Escotismo

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A História do Escotismo  

O Fundador

Contar a história do Escotismo implica contar a própria história do seu fundador, Robert Stephenson Smith Baden Powell - ou como é conhecido por todos escoteiros, Baden Powell ou B. P. Isso se deve, talvez, pela vida excepcional que levou desde sua infância até os tempos que combateu na Guerra do Transvaal, na África, na época do Império Britânico.

B. P. (pronuncia-se "bi-pi") nasceu em Londres, capital da Inglaterra, em 22 de fevereiro de 1857. Durante sua infância e juventude, freqüentou escolas públicas, pois sua família era de padrões modestos para a época. Seu pai morreu quando tinha três anos deixando a esposa com um total de sete filhos. Sua mãe era uma mulher muito dedicada aos filhos, bem-humorada e com uma mente aguçada, o que certamente influenciou muito a personalidade do menino B. P., que também teve a contribuição de seu avô materno, um almirante da Marinha Real, que lhe contava velhas histórias do mar e de aventuras.

Na escola, B. P. não era um grande aluno das matérias tradicionais, mas era bastante conhecido pelo seus talentos artísticos no teatro e no canto, e também pela sua propensão natural para atividades ao ar livre. Com seus irmãos, realizava acampamentos e excursões pela Inglaterra, desenvolvendo uma intensa relação com um espaço onde sentia-se totalmente à vontade.

Na época de ingressar em uma Universidade, B. P. deparou-se com um lúgubre fracasso no meio acadêmico, porém, sem deixar-se desanimar, procurou uma outra opção, que seria um concurso para uma academia de oficiais do exército. Devido ao seu excelente desempenho, três meses mais tarde, embarcava para a Índia, como subtenente no "13th. Hussars" (13.° Regimento de Hussardos).

Experiências do Exército

 Três longos anos se passaram na Índia - com uma eventual passagem do regimento pelo Afeganistão - sem que nada de extraordinário acontecesse. Contudo, o Império Britânico começava a enfrentar sérios problemas na África do Sul, para onde foi enviada sua unidade, para satisfação de um oficial de carreira em ascensão, e que procurava por mais atividade.

Nesta primeira comissão, que durou um ano, o já capitão Baden Powell não chegou a combater, mas executou uma importante missão para fins de espionagem militar na África do Sul - mais tarde esta arte se tornaria uma de suas grandes especialidades. O corrente ano era 1885.

Em 1888, Baden Powell regressou à África do Sul para juntar-se a um tio que era general; porém, para sua frustação, ainda não foi essa a oportunidade de entrar em ação e mostrar bravura em campo de combate como ansiava. Longe de qualquer ação, aproveitou para aprofundar-se ainda mais nos conhecimentos da natureza e na arte da exploração - donde firmou-se a definição de escoteiro como aquele que realiza exploração e levantamento de um terreno (mais tarde, esse termo seria adotado pelo movimento que B. P. criou por causa de sua íntima relação com a natureza).

Neste interim, apresentou-se mais uma grave situação para a Inglaterra: A Guerra dos Zulus. Mas agora o momento era crítico, e B. P., junto com seu tio, receberam ordens de transferência para Natal, fronteira com Zululândia. Substituindo outro oficial, Baden Powell assumiu a função de vice-comandante de um regimento de 600 Dragões. Mais uma vez, desempenhou importantes missões - muitas dessas, arriscando a própria vida- a contento de seus superiores; neste ponto, teria início a fama do capitão Baden Powell em seu país. Nesta campanha, foi promovido a major com 32 anos, sua terceira promoção sem tempo normal para tal.

Depois destas grandes atividades, Baden Powell realizou ainda uma gama de pequenas, mas não menos importantes, missões: em Malta, ocupando funções administrativas; no Mediterrâneo, como oficial do Serviço de Informações; na Turquia, como um ocasional correspondente; na Costa do Ouro (hoje Gama) - onde esteve exposto a vários perigos -, como comandante de uma força escoteira e pioneira para as unidades regulares; no Cabo, África do Sul, desempenhando atividades de reconhecimento e coleta de informes.

No decorrer dessas andanças, B. P. fazia constantes anotações de seus feitos e de tudo que aprendera na África. E também desenvolveu uma série de virtudes - tais como um latente pacifismo por tudo que testemunhara - que mais tarde emprestaria ao Movimento Escoteiro.

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