TV e INTERNET


Atravessamos um momento de transição que, se bom pelo lado dos avanços alcançados, por outro se torna problemático na manutenção. Trata-se da interatividade na televisão via home pages.
A televisão levou 50 anos para estar no estágio atual, gerações se fizeram dentro do veículo. Os diretores, os nossos “homens de televisão”, na sua grande maioria, estão defasados ou, pelo menos, dando pouca atenção às possibilidades da interatividade da Internet em conjunto com a grade de programação das televisões. Na verdade, isso já é repetitivo, cada programa de televisão deve ter sua home page correspondente para  que o telespectador possa opinar, fazer também aquele programa.
Inúmeros shows e outros programas de televisão têm seus respectivos sites, mas parece que não possuem ainda pessoal, infraestrutura para mantê-los atualizados, vivos.
É difícil passar para um profissional de televisão que ele deve dar ao site, a mesma atenção que dá ao produto para uso exclusivo da tv. As próprias empresas contrataram o profissional de tv, ele tem seus afazeres e sua carga horária. Mostrar que dividir esse tempo também com o site é complicado.
Pensam, na maioria das vezes, que esse é um trabalho para a “área de informática”. Ora, essa área seria o equivalente a área de Operações de um TV, do pessoal técnico, mas quem cria, quem dá formato e conteúdo às home pages tem que ser o mesmo que pensou o programa para a TV. Ele, mais do que ninguém, sabe o que deve ser disponibilizado na Internet. Esse Diretor, esse Produtor, deve compreender que ele está trabalhando numa nova mídia e que esta cresce exponencialmente e que, muitíssimo em breve, dará suporte à própria televisão. O homem moderno, o telespectador de hoje, não é mais aquele ser passivo que tinha como alternativa o controle remoto. Hoje, ele quer participar, entrar ao vivo, escrever, discutir...
É imperativo que o homem de televisão saia do casulo, compreenda que está renascendo, como todos os outros, como os jovens, como a comunidade globalizada, é fundamental que ele “comece novamente”. Não existem mais “experientes”, nasce um grupo que, se não for multimídia, vai perder o trem bala da história.

Geraldo Iglesias

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