HOME PESQUISAS DE EDUCAÇÃO Vendo perguntas e enquetes em sites de educação, tratando das possibilidades de televisões educativas, como se estivessem fazendo pesquisa séria e alguma coisa parecida com interatividade, remete ao fracasso da educação e dos educadores do Brasil. E fracasso por falta de trabalho, de compreensão e experiência. Tentar discutir a televisão educativa, se ela pode ser atraente ou chata, é retroceder no mínimo, dez anos (mais, na verdade). Pierre Babim publicou na França em 1983 (traduzido no Brasil em 89), ‘Os Novos Modos de Compreender’, onde discutia a educação e a televisão e dando in´cio a uma enorme série de publicações afins. Anos antes o assunto estava em pauta. Séries completas de programas na televisão já trataram do tema, publicações em grande quantidade e hoje, milhares de páginas na Internet. Algumas pessoas que trabalham com educação insistem em não perceber que o enfoque está absolutamente errado. A discussão em momento nenhum pode passar por uma TV Educativa chata ou não chata e sim por uma educação atraente ou não e por uma televisão atraente ou não. Até porque falar em educação em meios de comunicação eletrônicos é, a rigor, diferente da educação 'latu sensu', em academia, em sala de aula. Refazer o projeto da sala de aula em televisão ou CD ROM, ou sites da internet, sempre será não apenas chato e maçante como fadado ao absoluto fracasso. A discussão passa pela forma de educar usando novas tecnologias (e com elas todo o material disponível em multimídia – esses sim atraentes ou não, chatos ou não). Juntar tudo num mesmo ‘parágrafo’ simplista, numa mesma pergunta é fracassar antes mesmo de perguntar, de levantar a questão. Pior, é trazer a questão distorcida, mal direcionada, tendenciosa. Os auto intitulados 'homens de educação', apoiados em 'especialistas’ em educação não podem ainda insistir em dúvidas e ‘palavras de ordem’ de vinte anos atrás sob pena de sugerir uma certa preguiça. Se os técnicos, professores, acadêmicos, etc. não conseguiram compreender nem mesmo em essência suas dúvidas e necessidades, muito menos se utilizarem dos meios atuais a seu dispor, que dizer do professor médio, de ponta, de campo?. Diaga-se aliás que esses meios hoje, são ordinários, cotidianos tal como “cuspe e giz”. - 18-03-02 |