TV Pública II HOME A promessa do ócio criativo com as novas tecnologias falhou. É verdade que temos acesso a um número infinito de informações via internet, é verdade que a economia pode ser beneficiada e, principalmente a educação. Aliás, acho que a educação é quem mais se beneficia (ou deveria ser) nesse mundo de infovias e informações claras e práticas criadas para serem aplicada a longa distância. Não vejo no Brasil a internet ser usada com o poder que tem, com a aplicabilidade permitida para a educação. Porque as novas tecnologias ainda não funcionam sem o aporte das mais antigas. A televisão pública deveria ser o pólo de informação e educação mais completo tendo sua programação voltada para a criação, o estímulo de crianças e adolescentes, mas tendo na internet o suporte absoluto para a interatividade. É assim nos países desenvolvidos porque não há outra forma. A internet não é um meio de suporte apenas à programação de outro veículo (televisão/rádio), ela é o veículo próprio, capaz de desencadear nos jovens todo o apelo ao saber e, portanto, à educação. As crianças já passam tanto tempo em frente a um computador quanto a uma televisão (quando não ficam mais no computador), portanto, o material disponível deveria ser completo, remetendo à TV Pública para beneficiar-se da velocidade do das imagens (como documentários e vídeos em geral), mas sem perder, ela, internet seu potencial absoluto de educação. Acredito na composição dos meios públicos de televisão levando informação, cultura e educação à sociedade, usando seus meios (televisão, rádio e internet) com o mesmo peso, a mesma independência entre eles, ainda que ligados. O que o usuário de internet descobre pode ser complementado na tv, o descoberto no rádio e tv é complemento na internet. Jamais esta última, sendo um suporte fraco que não tenha em si todo o conteúdo, toda a beleza, tudo enfim que o torna um meio absoluto, completo, como realmente é. dezembro/2003 |