DEZEMBRADA
Após a queda de  Humaitá, as tropas aliadas começaram a perseguir as restantes forças sob comando de López. Ele havia fugido para o norte, onde acreditava poder resistir ao avanço inimigo. No porto fluvial de Villeta, a cerca de 210 quilômetros de Humaitá, ele decidiu construir um ponto forte . Ali já havia uma bateria de canhões construida ao longo das margens do rio Paraguai. Essa bateria era conhecida por Angostura. Do outro lado da margem foi erguida  uma linha de trincheiras cuja função era defender  a passagem ao longo do um pequeno braço de rio chamado Piquisiri ( Pykysyry em guarani). De acordo com o descrito pelo coronel George Thompson do exército paraguaio, esta posição era guardada por cem canhões, oito dos quais estavam situados em Angostura. Dentro da área fortificada por volta de 2.000 homens estavam entrincheirados.
Neste meio tempo, no final de outubro,  os aliados haviam concluido a construção de uma estrada que atravessava o Chaco argentino, um feito digno de nota dada as condições adversas do terreno e de recursos materiais para tal empreendimento, isto sem falar no curto espaço de  tempo para a realização da tarefa. Agora os aliados poderiam trazer reforços e mantimentos de Humaita e Palmas (novo quartel-general de Caxias) para as forças que avançavam para o norte.  Logo Caxias avançava pela estrada com um exército de 27.000 homens. Os paraguaios montavam pequenas escaramuças contra o exército aliado, mas não conseguiram intimidar as tropas inimigas de formar a barrar a travessia do rio já desejada pelo comandante-em-chefe das forças inavasoras.
No início de dezembro López percebeu a manobra aliada. Ele  estava determinado a barrar o caminho das forças inimigas. Tropas foram enviadas para construir trincheiras ao norte de Villeta para impedir a tomada da cidade  no caso das tropas aliadas cruzarem o rio acima das posições paraguaias.
Entretanto, Caxias não lhe deu o tempo necessário para que suas defesas ao norte fossem concluídas. No dia 5 de dezembro 17.000 soldados aliados (a grande maioria brasileiros) desembarcaram em Santo Antonio, poucos quilômetros ao norte de Villeta.  López sabia que necessitava de mais tempo para que suas defesas estivessem em condições de fazer frente a um ataque.  Ele enviou 5.000 homens sob o comando do coronel Bernardino Caballero para enfrentar o inimigo e dar-lhe tempo para suas defesas.
Na manhã de 6 de dezembro, após deixar uma parte suas forças em Santo Antonio, Caxias seguiu rumo a Villeta com 13.000 soldados divididos em duas colunas.
Caballero logo tomou vantagem da lenta marcha dos aliados. Conecedor do terreno, pensou em montar resistência em um ponto da marcha inimiga onde a trilha se tornava estreita sobre a ponte que cruzava o Piquisiri. Esta região era conhecida por Itororó (Ytororó em guarani). Ele dispôs suas tropas de forma que ao cruzar a ponte, Caxias ficaria sob fogo da infantaria paraguaia  por ambos os flancos. Em cada lado da ponte, quatro canhões foram colocados. Outros quatro forma dispostos sobre uma pequena elevação próxima que, para azar das tropas de Caxias, ficava quase em frente a saída da ponte. O esquema de Caballero lançaria um inferno de fogo sobre os soldados inimigos que tentassem cruzar a ponte.
O primeiro e décimo-terceiro batalhões de linha do exército imperial que marchavam à frente da  primeira coluna aliada chegaram a  Itororó no fim da manhã. Quando as duas unidades moveram-se para cruzar a ponte, logo viram-se sob fogo da artilharia paraguaia.  Logo eles recuaram com pesadas baixas. A partir daí, para os soldados aliados, a batalha tornou-se uma desesperada tentativa de cruzar a ponte sob fog inimigo e, uma vez conseguido este intento, desparatar a infantaria inimiga que estava do outro lado da passagem. Vários ataques foram lançados pelos homens de Caxias. Ele ordenou que os homens ignorassem o fogo dos canhões paraguaios e se lançassem contra a infantaria paraguaia. Ele sabia que ficar sobre a ponte era esperar a morte certa. Entretanto, a falta de coordenação entre os oficiais e os contra-ataques da infantaria paraguaia eram os principais problemas para Caxias naquele momento. Em uma tentativa de  flanquear o inimigo, ele ordenou que o general Osório procurasse uma outra passagem para cruzar o Piquisiri e ataquasse o inimigo por trás.  Infelizmente para os aliados,  Osório sob chegaria a retaguarda dos paraguaios quando a batalha já tivesse sido terminada.
Enquanto isso, a luta continuava sobre a passagem. Toda vez que os soldados brasileiros ameaçavam avançar sob fogo e tomar a ponte, a infantaria paraguaia os atacava, empurrando-os de volta as posições sob fogo dos canhões.  Os soldados paraguaios atiravam de flanco sobre os homens de Caxias, causando muitas baixas.  Em certo momento, contudo, as tropas brasileiras cruzaram a ponte, levando de roldão os paraguaios que tentavam barrar-lhes o caminho. Assim que o fizeram, correram para tomar as posições das baterias de Caballero colocadas à esquerda do dispositivo paraguaio.A cavalaria de Caballero precisou intervir, fazendo recuar os atacantes.  Talvez tomadas por um sentimento de êxito, as forças paraguaias abandonaram suas posições e avançaram sobre a ponte. Vendo uma chance de tomar controle da passagem, Caxias tomou comando ele mesmo do quadragésimo-sexto e quinqüagésimo-primeiro batalhões de voluntários em um ataque contra o inimigo. Uma feroz luta de infantaria então teve lugar. Homens lutaram baoioneta contra baioneta, mãos contra mãos. A uma hora da tarde, a luta havia terminado. Os aliados haviam dominado a passagem. as perdas, no entanto, foram elevadas.  As baixas do exército imperial variam em torno de 3.000 entre mortos e feridos. O General Antunes Gurjão, comandante da primeira divisão de infantaria foi gravemente ferido. Ele morreria em Assunção em 17 de janeiro de 1869 dos ferimentos recebidos em Itororó. Os paraguaos perderam 1.200 homens. Perderam também seis canhões capturados pelas forças brasileiras.  No dia 11, Caxias avança em direção a Villeta.
López confia a Caballero  4.000 soldados, muitos deles meninos de treze e catorze anos que lutariam lado a lado com homens já idosos, para barrar os aliados. O oficial paraguaio decide realizar uma resistência próximo a um pequeno rio chamado Avaí (Avahy em guarani).
Enquanto as tropas brasileiras trazem reforços para a área do próximo embate, de forma a fazer suas fileiras chegarem a 17.000 homens, Caballero praticamente nada recebe. O Terceiro Corpo do exército imperial, sob comando de Osório abre o ataque, marchando à vanguarda.
Osório ordena as suas tropas que cruzem rapidamente o curso d´água para atingir as fileiras paraguaias. Ele lidera seus homens sob forte fogo do inimigo, colocado do lado oposto do Avaí.  Caballero tenta repetir o dispositivo que montou em Itororó e que tantas baixas causou as tropas de Caxias. Entretanto, o curso d'água permitia passagem em vários pontos e não foi difícil para a cavalaria brasileira alcançar o flanco das posições paraguaias.  Apesar da dura resistência, segundo alguns Avaí foi uma das mais duras e desesperadas rersistências impostos pelos homens de López em toda guerra, os paraguaios foram cercados e quase aniquilados. Apenas algumas centenas de combatentes consegui escapar até  Itá-Ibaty e Angostura.
De acordo com fontes brasileiras, a perda total dos paraguaios nesta batalha foi de cerca de 3.000 combatentes entre mortos, feridos  e capturados. O próprio Caballero escapou da captura por pouco. As perdas aliadas, brasileiras em sua quase totalidade, foram de 800 homens segundo as mesmas fontes. Osório foi ferido duas vezes por balas. Ele teve que deixar a linha de frente para se recuperar dos ferimentos.
Batalha do Avaí  (detalhe)  de Pedro Americo -Museu Nacional de Belas Artes
Após Avaí, Caxias decidiu reuniu suas forças para a próxima marcha. Ele tomou Villeta para quartel-general de seu exército e ordenou que novas tropas fossem trazidas para substituir as perdas ocorridas nos dois últimos embates. Estas tropas foram incorporadas ao primeiro e terceiro corpo do exército brasileiro. Ao mesmo tempo, tropas argentinas em número de 4.000 homens e sob o comando do general  Gelly y Obes vieram de Palmas Palmas para se incorporar as forças que marchariam para o sul contra o último reduto de López. Com eles vieram também 600 uruguaios. Havia entre muitos oficiais argentinos a insatisfação com a inatividade de seu exército após Humaita.  Assim, para o próximo movimento ofensivo,  o exército da aliança retomou  a feição de uma força aliada, ainda que as fileiras brasileiras somassem mais de 80% da força aliada no Paraguai. Para a investida mais ao sul, a marinha imperial seria chamada para dar suporte às operações. Em outubro, os vasos de guerra conseguiram passar pelas defesas de Angostura com poucas avarias. O rio agora poderia ser utilizado para trazer reforços e suprimentos. O laço sobre as forças de López apertava cada vez mais. No dia 14 de dezembro os monitores SilvadoLima e Barros forçaram passagem com sucesso por Angostura, trazendo suprimentos para o exército aliado. Na luta, a marinha contabilizou um marineiro morto e quatro feridos.
O plano de Caxias incluia uma primeira fase de ataques às posições paraguais em Piquisiri. Uma vez tomada as trincheiras, Angostura ficaria isolada. As tropas de López colocadas dentro do círculo principal de defesa não teriam como restabelecer o contato sem se exporem a um atque que poderia dizimá-las.  
Aprincípio, o ataque às trincheiras de Piquisiri foi estabelecido para o dia 19. Devido as péssimas condições do tempo, o assalto foi adiado por dois dias. O exército imperial iniciou o ataque atacando pelo norte as trincheiras inimigas com 19.500 homens. 
Enquanto ocorriam os primeiros ataques as cercanias das colinas de Itá-Ibaté, a cavalaria do general João Manuel Mena Barreto lançou-se sobre a retaguarda das trincheiras de Piquisiri. Estas tropas iriam travar o mais renhido combate do dia.
Logo as forças argentinas e uruguaias atacavam pelo sul as posições inimigas. Como o grosso dos paraguaios estava envolvido com a contenção dos homens de Mena Barreto, os ataques dos homens de Gelly y Obes e do general uruguaio Enrique Castro encontraram menor resistência.
No final do dia, nem todas as trincheiras haviam sido conquistada pelas forças aliadas. Angostura, entretanto, estava isolada.
O custo foi elevado para ambos os lados.  As perdas do exército imperial foram de 3.500 mortos e feridos. Somente a terceira divisão de infantaria teve 1.846 baixas. De acordo com Dionísio Cerqueira, que tomou parte dos combates deste dia, seu Décimo-Sexto Batalhão de Voluntários perdeu 22 dos seus 28 oficiais por morte ou ferimento. As perdas paraguais não são conhecidas .
No dia 24, os comandantes aliados enviaram a López um ultimatum. Ele recusou-se a render suas tropas. No dia seguinte começou o bombardeio de suas posições pela artilharia da Típlice Aliança.
Enquanto continuavam os bombardeios, no dia 26 Caxias havia reunido 25.000 homens. Ele agora acreditava que possuía forças suficientes para o ataque final que começaria no dia seguinte.
Dentro do círculo de trincheiras e posições fortes, os paraguaios contavam com 6.000 à 6.500 homens de todas as idades. Sua única vantagem era que os aliados teriam que marchar contra pontos fortes em terreno pouco favorável ao ataque.
Caxias dividiu suas tropas em três colunas. No centro ele comandaria 6.000 homens em um ataque frontal às posições de López.  À sua esquerda, Gelly y Obes comandaria uma força cobinada de unidades brasileiras e argentinas.  General Vasco Alves com unidades da cavalaria atacaria as posições restantes dos paraguaios em Piquisiri. Suas forças também seriam responsáveis pela manobra de envolver por trás os soldados de López no círculo principal de defesas.
Na manhã do dia 27  o ataque começou. Em um primeiro momento, os paraguaios conseguiram manter suas posições contra o inimigo mais numeroso.  Contudo, logo a pressão se mostrou demais para os homens de López. A vanguarda de Gelly y Obes foi severamente atacada, mas com a ajuda da primeira divisão de Buenos Aires o ataque logo começou a fazer progresso.
No centro as forças sob comando de Caxias começaram a tomar as trincheiras inimigas, e os paraguaios tiveram que recuar. 
À direita, a cavalaria de Vasco Alves movia-se com dificuldades. Porém, com o sucesso de Caxias no centro, suas unidades logo começaram  a explorar os espaços deixados pelos soldados paraguaios que recuavam ou corriam para ajudar o centro de suas posições.
A defesa paraguaia entrou em colapso. Percebendo a situação López conseguiu evadir-se do campo de batalha com alguns poucos oficiais. O exército paraguaio deixara de existir.No dia 30, Angostura rendia-se com 1.350 homens e 400 mulheres.
As perdas do dia 27 não são documentadas com precisão. Os relatórios e fontes brasileiras reportam perdas incrivelmente pequenas: um total de 6 mortos e 32 feridos para o exército imperial e 340 baixas para os argentinos. Sobre os uruguaios nada é relatado. No entanto, as perdas durante o mês de dezembro foram elevadas. O exército imperial sofreu mais de 7.000 baixas entre mortos e feridos. Contudo, o objetivo estratégico de eliminar o exército inimigo foi conseguido. No dia 5 de janeiro de 1869, Caxias entra em Assunção. Para ele a guerra havia chegado ao seu término. Como soldado, ele acreditava que o fim do éxercito de López e a ocupação da capital inimiga significavam o fim das hostilidades. O presidente paraguaio não significava mais ameaça. Seu séquito era inexpressivo e nada mais poderia fazer a não ser viajar pelo interior do país promovendo pequenas escaramuças com as forças da Aliança. No dia 24 ele deixou o Paraguai para voltar ao Rio de Janeiro.
No império, contudo, as opiniões eram de que a guerra deveria continuar até a captura ou morte de López.
Os estágios finais