![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
Estero Bellaco | |||||||||||||||
Duas semanas após terem realizado o desembarque em solo inimigo, os aliados ainda não tinham sido seriamente contestados. As tropas de López rapidamente se internaram em seu território, aguardando a chance para uma ação ofensiva contra as tropas da aliança. Mitre conduzia suas tropas com cuidado devido ao desconhecimento do terreno. Ele pretendia seguir até uma região pantanosa chamada Estero Bellaco. Além do desconhecimento das condições topográficas adiante de suas tropas, Mitre ainda tinha um outo problema: os oficiais brasileiros mantinham-se reservadaos quanto à sua liderança. |
|||||||||||||||
Eles não se conformavam com a entrega do comando das forças da aliança a um argentino, quando dois terços das forças sob seu comando eram brasileiras. Acham também que o comandante em chefe conduzia as operações com pouco arrojo. As duas semanas de imobilidade das tropas lhes pareciam intoleráveis. Mitre, entretanto, afirmava que o desconhecimento sobre a força inimiga e o terreno lhe imputavam cautela. | |||||||||||||||
Mal sabiam os aliados que o inimigo estava prestes a vir ao seu encontro. | |||||||||||||||
No dia 2 de maio, tropas paraguaias sob o comando do coronel José Díaz, lançaram um ataque surpresa contra a vanguarda das tropas aliadas quando estas se encontravam acampadas nas imediações do Estero Bellaco. As forças atacadas estavam sob o comando do presidente uruguaio Venâncio Flores. Ele tinha apenas seus três batalhões e algumas pequenas unidades brasileiras, para fazer frente a 3.500 inimigos. Apesar de lutarem com grande tenacidade, os uruguaios não conseguiram deter os atacantes. Os homens de Díaz capturaram uma bateria de quatro canhões La Hitte e continuavam a tomar terreno. Flores ordenou o recuo de suas forças, mas esta manobra era dificultada devido ao pântano e ao mato alto. Díaz mandou que seus homens perseguissem o inimigo na expectativa de fazer grande número de prisioneiros. Infelizmente, para ele, os tiros atraíram a atenção do grosso das tropas da aliança. Mitre reuniu rapidamente algumas unidades e partiu para o contra-ataque. Seu movimento também foi dificultado pelo terreno, mas uma vez alcançado o local do combate, a situação mudou. Agora era Díaz que teria que lutar desesperadamente para se desembaraçar do inimigo. Parte de seus homens escapou. Todavia, muitos foram capturados e mortos. | |||||||||||||||
Coronel Díaz - Arquivo do Exército Paraguaio | |||||||||||||||
Os aliados sofreram 1.600 baixas neste episódio. O 38 Batalhão de Infantaria do Exército Imperial, que veio em apoio aos homens de Flores, teve 94 mortos e 188 feridos. As perdas do 1 Regimento de Cavalaria do exército argentino somaram algo em torno de cem. O Batalhão Florida perdeu 19 dos seus 27 oficiais. | |||||||||||||||
Pelos documentos aliados, os paraguaios sofreram entre 2.000 e 2.300 baixas. Estes haviam, porém, capturado aos aliados uma bateria de canhões. | |||||||||||||||
Até hoje se discute qual teria sido a idéia de López ao ordenar o ataque de Estero Bellaco. Segundo autores paraguaios, sua intenção era avalaliar o tamanho e disposição das tropas inimigas. Para outros foi um erro militar que resultou na perda de homens e recursos. Enquanto López tomava conhecimento do que ocorrera em Estero Bellaco, já se formava em sua cabeça a idéia de um novo ataque. Este porém, pretendia ele, seria definitivo em expulsar o inimigo do território pátrio. |
|||||||||||||||
![]() |
|||||||||||||||
Vasos da Marinha Imperial sobem o rio Paraná (1866) - Arquivo da Marinha Brasileira | |||||||||||||||
Tuiuti | |||||||||||||||