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A Guerra do Paraguai |
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A Guerra do Paraguai foi o mais longo conflito entre países da história sul-americana. As lutas se extenderam por cinco anos e terminaram com a ocupação das terras guaranis pelas potências aliadas: Argentina, Brasil e Uruguai. |
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A participação da marinha imperial foi de fundamental importância para a vitória nos campos de batalha. Tanto Argentina e Uruguai não possuíam marinha de guerra, ficando a responsabilidade das operações navais a cargo da marinha brasileira. A importância dos navios brasileiros se deveu a seu papel de controle das águas dos rios Paraguai e Paraná e do transporte de tropas e suprimentos para o exército aliado. |
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No início do conflito, a marinha contava com 45 vasos de guerra: 33 vapores e 12 a vela, com 609 oficiais e 3.627 praças. Boa parte desta força se encontrava no Prata antes do inicio do conflito. (veja aqui a lista da frota do Prata) |
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A guerra estorou quando o Brazil resolveu enviar tropas para intervir na guerra civil uruguaia durante o mês de outubro de 1864. Dois meses depois o Paraguai, acreditando que seus interesses haviam sido contrariados, declarava guerra ao Império. A mais importante intervenção naval, contudo, se deu no bombardeamento da cidade de Paissandu entre dezembro de 1864 e janeiro de 1865, onde forte contigente uruguaio (do partido Blanco) ofereceu resistências as forças combinadas do Império e do General Venâncio Flores (líder do partido Colorado uruguaio). Paissandu foi severamente atingida pelos tiros dos canhões da esquadra, tendo ainda o Batalhão Naval (fuzileiros) se envolvido em sangrenta refrega pela tomada dos pontos fortes da cidade. Com a queda de Paissandu e a ameaça de bombardeamento da capital Montevideo, o governo Blanco capitula no mês de fevereiro. |
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No mês de junho ocorre a Batalha de Riachuelo, na qual o presidente paraguaio Solano López arrisca tudo para tomar controle da Bacia do Prata, impedindo, desta forma, o transporte de tropas aliadas para solo paraguaio. A frota brasileira é formada de nove navios, sendo a Amazonas a nau-capitânea sob comando do capitão-de-mar-e-guerra Barroso da Silva. Os navios eram artilhados por 59 peças e contavam com 2.297 praças e oficiais, incluindo unidades do Batalhão Naval que tiveram importante participação na batalha. Os paraguaio, por seu lado, contavam com sete navios, seis chatas e 36 canhões, além de algumas baterias colocadas em terra para prestar auxilío aos atacantes. O comandante da expedição era o Comodoro Pedro Ignácio Meza. |
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Às nove horas do dia 11 de junho começa o combate. Ao final de quatro horas de luta, as forças paraguaias são batidas com a perda de três navios e todas as chatas, além da morte ou ferimento de um número impreciso de combatantes, entre os quais o comandante da expedição, que morre fruto dos ferimentos recebidos no dia seguinte ao encontro. |
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Os imperiais sofreram a perda de um navio, o Jequitinhonha, e a morte de 104 oficiais e marinheiros, além do ferimento em outros 123 e 20 desaparecidos em combate. Entretanto, o domínio da região do Prata foi assegurado. A marinha paraguaia se recolheria durante a maior parte do conflito, com esporádicas saídas durante a fase de travesia das tropas aliadas entre março e abril do ano seguinte. |
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A próxima operação da marinha foi a passagem do estreito de Mercedes e o de Cuevas, onde os paraguaios haviam colocado baterias para atacar navios inimigos que cruzassem aqueles locais. No dia 17 pela manhã os navios brasileiros, juntamente com o vapor argentino Apa e a canhoneira Guardia Nacional forçaram o passo de Mercedes com poucas baixas, mas a passagem de Cuevas foi muito mais séria, com todos os navios severamente atingidos pelo fogo inimigo. A Ipiranga foi que mais avarias sofreu por ser a mais lenta belonave da frota. As baixas brasileiras foram de 21 mortos e 38 feridos, enquanto os argentinos tiveram 4 mortos e 3 feridos. |
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Pedro Ignacio Meza |
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Outro momento que contou com importante contribuição da marinha foi a passagem da fortaleza de Humaitá, que bloqueava o rio Paraguai e a subida para Assunção. Foram necessários vários meses para que navios adequados fossem adquiridos para esta missão, uma vez que os navios de madeira se mostraram vulneráveis ao fogo vindo da fortaleza. Somente em fevereiro de 1868 a passagem foi feita com sucesso. |
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Ao final do conflito, a marinha imperial contava com 94 navios de diversos tipos, sendo 10 encouraçados, 6 monitores, 48 fragatas, corvetas, canhoneiras e transportes, 6 navios a vela e outros tantos. Contava esta frota com 237 peças de diversos calibres. Mais de 6,500 homens haviam servido na marinha até o fim da guerra. |
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Por outro lado, as perdas da marinha foram de 5 navios: o Anhambaí na invasão de Mato Grosso, o Jequitinhonha em Riachuelo, o Rio de Janeiro em Curuzu e os transportes Oiapoque que naufragou na entrada do rio da Prata e o São Francisco destruído pelas chamas no porto de Buenos Aires. Acredita-se que 1.747 homens pereceram durante a guerra, a grande maioria devido a doenças. |