Joaquim Marques Lisboa
Joaquim Marques Lisboa, filho de um capitão de milícias, nasceu em Rio Grande RS em 13 de dezembro de 1807. Com a organização da Marinha Imperial empreendida por D. Pedro I para o combate aos navios portugueses, alistou-se como voluntário aos 15 anos, embarcando como praticante de piloto na fragata Niterói.
Ingressou na Academia dos Guardas-Marinhas, mas abandonou-a em 1824, com a deflagração, em Pernambuco, da revolução que precederia a Confederação do Equador, para participar dos combates sob o comando de Lord Cochrane. Retornou em seguida à Academia e logo depois, em 1826,  foi efetivado como segundo-tenente indo para as guerras do sul. Foi capturado quando no comando da escuna Constança durante a malograda expedição à Patagônia, em 1827. Conseguiu escapar e, junto com os companheiros libertados, dominou a tripulação do barco argentino em que viajavam e o levou para Montevidéu, então sob jurisdição brasileira.
Em 1840 já era capitão-de-fragata, chegando a vice-almirante em 1856.
Comandante das forças navais do Prata em 1864, ordenou o bloqueio do rio Uruguai e ocupou os portos de Salto, no Uruguai, e Paissandu, de onde desceu para Montevidéu, então sob o poder do general Venâncio Flores, aliado do Brasil. Ao irromper a guerra contra o Paraguai, determinou o bloqueio dos rios Paraná e Paraguai.
Promovido a almirante em 1867, exonerou-se do comando da esquadra. Ao completar oitenta anos, recebeu o título de conde e, em 1888, o de marquês. Após a proclamação da República, continuou atuando no Supremo Tribunal Militar, do qual exonerou-se poucos dias antes de morrer, no Rio de Janeiro, em 20 de março de 1897.
Fonte: Arquivos da Marinha