Deborah Blando

Anjo azul

Quando eu quero te encontrar
Te farejo no meu ar
Vejo com teus olhos na escuridão
Perco espaço entre nós
Uno a nossa divisão
Na impermanência da solidão

Tive um sonho acordada
Onde o bem brindava o mal
 A coragem disfarçada
Tua ordem no meu caos

Meu anjo azul
Me leva
A consciência da existência que me faz
Parte da tua luz ardente
Envolvente o teu calor me satisfaz

O teu vento eu vou sentir
Mesmo quando adormecer
Teu aroma respirar só pra ver
De onde vem o teu amor
Tua vibração beber
Toca na minha alma
Vou me render

Sinto muito se eu errei
Se duvidei na minha dor
Hoje eu vejo mais profundo
O alívio no ardor

Meu anjo azul
Me entrego
 A cada astro do teu passo
Quero ser
Parte da tua luz
Pra sempre
Ilumina o que eu não consigo ver

Meu anjo azul

O caminho tem espinhos
Mas alguns brotam em flor
Me apresenta ao meu medo
Diz que a perda tem seu valor

Meu anjo azul
Me leva
A consciência da existência que me faz
Parte da tua luz ardente
Envolvente o teu calor me satisfaz


Meu anjo azul
Me entrego
A cada astro do teu passo
Quero ser
Parte da tua luz
Pra sempre
Ilumina o que eu não consigo ver
Não consigo não, não, não
O que eu não consigo ver

Hoje eu vejo mais profundo
O alívio no ardor, no ardor, no ardor
No ardor, yeah, no ardor, oh, no ardor
Meu anjo azul
Meu anjo azul
Meu anjo, meu anjo, meu anjo, meu anjo azul
Meu

Águias

Eu não consigo mais ter que esconder
O quanto dói se toda vez
Temos que separar
Secaram todas as lágrimas
Você tirou de min o que eu senti
Nunca ninguém me amou do jeito que você me quis
Ainda é novo para min

Às vezes fico sonhando
Num futuro distante
Estaremos nós
 E me dá um nó
Porque sei que o presente
É incerto e ausente
E a realidade dói

Você mudou meu jeito de sentir
Tua coragem me fez ver
Da forma que eu nunca vi
Iluminou tantas sombras em min
Nunca negou meu jeito de existir
Pegou no colo a criança abandonada
Que não podia dormir

Será que temos a chance
De viver nossos sonhos
Quando amanhecer
Será que a gente vê
O Destino filmando
A nossa memória
E nos deixar viver

Somos duas águias no céu a voar
A voar
Que procuram na compaixão do vento
 Um galho para pousar
De encontro ao mar
Pra navegar
Como dois golfinhos
Seguem rindo da ironia

Nós conseguimos o raro
Duas almas que unem
Sem deixar de ser
Sem deixar de ver
Que nada é eterno
Mesmo invencível
O amor há de vencer

Seguindo o infinito pra voar, pra voar
 Procurando na compaixão do vento
Um campo pra pousar
Pra mergulhar e voltar
Às águas mais profundas
Onde não há o tempo
Pra separar

Contradições

Não quero mais negar
Que eu tenho agido mal
E você
Num mundo triste
Onde a memória existe
Pra esquecer

Mas hoje eu vou sofrer, vou
Pra te lembrar dos meus pecados
Aliados a um lado meu que é perigoso
Pois as minhas sombras eu libertei

Vem comigo
No caminho da ironia
E ver contradições
Que a vida quer mostrar
Faz sentido
O paradoxo é que te rende
No espaço entre a grade e a chave da prisão

Preciso redimir
Aquele a quem pequei
Você
Pois foi quem me mostrou o mundo do amor que sei
E às minhas sombras me atirei

Vem comigo
No caminho da ironia
E ver contradições
Que a vida quer mostrar
Faz sentido
O paradoxo é que te rende
No espaço entre a grade e a chave da prisão

Sem culpa
Eu quero
Aceitar teu amor
 Mas eu não consegui
Ainda me perdoar
Pois fui eu quem te fez chorar

É a verdade que te morde
Você me diz que eu sou forte
Mas eu brinquei com a sorte
A estrada é longa e os desvios te iludem

Vem comigo
No caminho da ironia
E ver contradições
Que a vida quer mostrar
Faz sentido
O paradoxo é que te rende
No espaço entre a grade e a chave da prisão

Vem comigo
Num caminho colorido
Por todos tons de indecisão
Pra você iluminar
Me segura
Até que as cores permaneçam
Me segura
Me segura

Vem comigo num caminho colorido
Por todos tom de indecisão
 Pra você iluminar
Me segura, pra eu suportar meu julgamento
No espaço entre a chave e a grade
Da prisão

Innocence

Ooh-ooh-ooh
The sky hides what I wanna see
Stars are like eyes, they're watching the dark
Passion and fear run all over me
Night is a ghost accusing my heart
This life can be such a lonely place
I hear the laughter as I fall from grace
I fall from grace
Now I am branded with original sin
World without end

(chrous)

Ooh-ooh-ooh
Who's gonna fight for innocence
When we're always denying the proof?
Ooh-ooh-ooh
Who's gonna fight for justice
When we wash our hands of the truth

Like to go back to a simple life
Be as a child in the Promised Land
Wish i could sleep when night comes over me
Dreaming of flowers falling out of my hands
But I'm woken by the cries of an angry crowd
Against a man whose love could save me now
Oh, save me now
I'll drink the blood from your crown of pain
And they'll call us insane

(chorus)

E nos mostrou
O que era previsível
E a gente não notou
Mas eu vou
Te guardar sempre assim
Quando eu sinto ou sentir
Que você ficou em min
Baby, é que você ficou em min
Ficou em min
É que você ficou em min
Ficou em min
É, você ficou em min

Próprias mentiras

Cuide do seu nariz
Você fala demais
Não fui eu quem pedi
Se o teu conselho fosse bom tu vendia

Eu não quero ouvir
Onde foi que eu errei
Não foi assim que eu quis
Infelizmente foi em você que eu me espelhei

Hei! Cadê?
Me devolve a inocência que atirei
No quintal lá fora, plantei teu medo
É, fui eu
Quem ficou na casa vazia
Você deixou suas tralhas, agora tira...

Mais fácil julgar
Do que ter que olhar
Pras próprias mentiras
Mas agora chega
Não sou ovelha negra
Nem qualquer menina

Agora preste atenção
 Vim a fim de falar
Aprendi a dizer não
Já chegou a hora de me libertar

Hei! Não dá
Esse papo de faça de como eu
Sempre digo nunca faça o que eu faço
É, doeu
Teu olhar roubou o que era meu
Tuas palavras ecoam no meu destino

Mais fácil julgar
Do que ter que olhar
Pras próprias mentiras

Tentar esconder
Pra não ter que ver
Onde dói a ferida

Hei! Pra quê?
Você me fez acreditar
Que eu era a princesinha do teu castelo
É, não dá
Pra esperar de um homem que não cresceu
Pois alguém também te feriu de jeito

Mais fácil julgar
Do que ter que olhar
Pras próprias mentiras
Mas agora chega
Não sou ovelha negra
Nem qualquer menina da vida, da vida
Não!

Mais fácil julgar
Do que ter que olhar
Pras próprias mentiras
Tentar esconder
Pra não ter que ver
Onde dói a ferida da vida, da vida

Não sou qualquer menina da vida!

esse é o motivo
incerto destino
tempo é uma ilusão
íris da noite
ela revela
a próxima dimensão

Unicamente

Vem sentir

a era das águas

o velho tempo terminou.

Somos filhos

da mãe natureza

do vento e do total amor

Segue em sua história

dada de Atlântis

todo começo é caos

A raça humana

eterna mutante

nascia o plano astral

Raiou o sol,

que haja luz no novo dia

a voz da fé

é a sombra que te guia

Eu vou buscar,

no silêncio do teu mar,

Linda sereia

Odoiá Iemanjá

Nas ondas

que lavam a terra,

Vem descendo um espiral

Tom sereno,

que pulsa no mantra

do teu canto sideral.

Deusa da fonte,

rede gigante

espelho do eterno andar

Toda visão do morro distante

sonho pra nos lembrar

Raiou o sol,

olha o mar que alegria

sentir você

é viver em harmonia

Eu vou buscar,

pedras brancas pra te dar

Linda sereia,

Odoiá Iemanjá

Vem sentir,

somos divinos,

Grãos de areia da razão

Num só corpo unicamente

Escolhemos fio e o som

Esse é o motivo,

certo destino,

Tentam a ilusão

Íris da noite

Ela revela próxima dimensão

Raiou o sol,

olha o mar que alegria

sentir você,

é viver em harmonia

Eu vou buscar,

pedras brancas pra te dar

Linda sereia,

Odoiá Iemanjá