Liberdade
Você vê uma borboleta e a toma em suas mãos.
Você vê sua
beleza e a coloca no seu coração.
Desejando
mantê-la consigo,
Você fecha
as mãos em torno dela,
com receio de
que voe e se vá.
Com grande
alegria você pensa:
"agora
posso tê-la para sempre".
Logo a
alegria se vai,
pois a beleza
da borboleta
já não é
mais a mesma.
Parte de sua
beleza era a sua liberdade!
A borboleta
sente-se traída.
Alguma coisa
cruel afastou-a de sua liberdade.
Em pânico,
ela se debate para libertar-se,
apenas
fazendo você apertá-la mais forte.
Percebendo
como a borboleta deve estar se sentindo
Você abre
suas mãos.
Ela voa
novamente para longe,
agradecida
por sentir-se livre outra vez.
Você, então,
pensa em palavras que há muito havia esquecido:
Se você ama
alguma coisa, deixe-a livre.
Se voltar, é
sua.
Se não
voltar, nunca foi
(Sarah Mengel)