Minha menina


Sinto falta da sua festinha escandalosa, com rabinho abanando e latidos de
"boas vindas", não importava a hora nem quantas vezes eu passasse por você.

Sinto falta, quando chego em casa, de dizer - no banquinho - e você saltando
e sentada no banquinho à espera do agradinho de quem estava louca para
abraçar alguém e se sentir amada. E você fazia isso muito bem.

Sinto falta de você ao meu lado, jogando minha mão sobre sua cabecinha,
esperando o afago que tinha certeza receber.

Sinto falta de você, com o bumbum sobre meu travesseiro, bem encostadinha a
mim, lambendo algumas lágrimas que teimavam escorrer.

Sinto falta de acordar com alguma coisa sobre os meus pés e descobrir que
você havia dormido ali, tão quietinha que nem eu havia percebido.

Sinto falta da sua alegria tão espontânea, até o fim.

Na verdade, sinto falta, muita falta de você que foi tão companheira e
procurou preencher tantos vazios com sucesso total.

Na verdade, você sabe como foi amada e quanta alegria trouxe ao meu coração,
minha menina!

Sueli Villar de Vasconcelos


Uma rainha NUNCA perde a majestade

 

Domingo, 09 de Setembro de 1990, recebi um telefonema de minha tia-avó dizendo que havia visto no jornal um anúncio, em que um rapaz estava vendendo uma ninhada de Poodle.  Não pensei duas vezes e, comecei a perturbar o meu pai que acabou indo comigo, minha avó Ignês e meu primo Marcelo conhecer essa ninhada.


 Inicialmente, a idéia era comprar um macho mas, quando o proprietário soltou a ninhada foi amor a 1ª vista... ela veio pulando nas minhas pernas, abanando fogosamente o rabinho e então ao coloca-la no colo, começou a me lamber; não teve jeito... fiquei com ela!


 Ao chegar em casa, todos queriam ver aquela gracinha que ali estava. Em um dia ela teve vários nomes, entre eles DANI, MIUSCHA,... mas foi indo para uma visita ao amigo veterinário no dia 10 de Setembro de 1990 que minha avó sugeriu LAYKA.


 Em Janeiro de 1991, LAYKA foi com a família para Barretos (interior de São Paulo) e até hoje não me esqueço da cena dela sobre a cama de minha avó, latindo para o espelho e indo atrás dele como se estivesse procurando a imagem refletida.


 Laykinha sempre me defendeu, sempre ficou ao meu lado quando eu estava triste, enfim, sempre foi uma excelente companheira. 

LAYKA, EU TE AMO!!!!


 Sempre alegre e bem disposta, ela enchia a casa de alegria, sendo por isso chamada de “alegria da casa”.  Adorava passear aliás, essa era a palavra mágica pois, ela ficava eufórica e subia no banquinho esperando para alguém colocar a coleira.


 Em 1995 chegou o Boris mas, mesmo assim, a LAYKA continuou sendo a rainha da casa.


 Aos 6 anos de idade (1996), Laykinha me deu o 1º susto pois, o surgimento de um nódulo na glândula mamária a levou para a mesa de cirurgia .  O nódulo foi retirado e enviado para a histopatologia que revelou malignidade mas, nossa “menininha” não se abalou, continuou sendo a mesma cachorrinha alegre de sempre.


 Aos 8 anos de idade, outro susto... alguns outros nódulos surgiram e  então, pela segunda vez, vi minha filhota numa mesa de cirurgia.  Nossa heroína venceu mais essa luta.
 LAYKA sempre foi a menina de ouro dos olhos e do coração de muita gente.


 Mais alguns anos se passaram e, a Laykinha permaneceu sempre alegre e brincalhona, algumas vezes mordendo a minha mão (principalmente quando eu penteava o seu rabinho).
 Em Junho de 2001, por medidas de prevenção, levamos a LAYKA para realizar um check-up, tendo sido realizado hemograma completo e um eletrocardiograma (o veterinário revelou nunca ter visto uma poodle daquela idade tão bem!).


 31 de Março de 2002 (domingo de páscoa), ao chegar em casa para almoçar, percebi minha princesinha um pouco prostada e, ao “consulta-la” como costumava sempre fazer, observei que havia um pedaço de um órgão sendo expelido pela vagina e já começando a necrosar, quando então corri para o veterinário.  Foi o dia mais triste de minha vida...ela não resistiu muito tempo e então partiu, deixando esse mundo para assim poder descansar.


 LAYKA, há uma semana você deixou fisicamente esse mundo mas, jamais deixará o meu coração.  EU TE AMO!!!!!

Laykinha sempre será a rainha do meu coração.

 

 

 

 

 

LAYKA: 29 de Junho de 1990 / 31 de Março de 2002

(11 anos e 9 meses de alegria)

Flávia Vasconcelos de Carvalho

Abril de 2002

 

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