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MOVIMENTO
EM SÃO PAULO
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MOVIMENTO
EM SÃO PAULO
O Movimento se iniciou
no estado na década de 20, na época a maior dificuldade era a ausência
de literatura sobre o movimento em língua portuguesa ou espanhola.
Rodolfo Malampré, um dos fundadores do movimento no Brasil, muda-se
para São Paulo para organizar o movimento no estado. Observando a
desorganização que existia funda, em 23 de setembro de 1923, o Primeiro
Grupo de Escoteiros, com Francisco Bastos, vigário da Igreja da Consolação.
O Primeiro Grupo de Escoteiros foi imediatamente ligado à Confederação
dos Escoteiros Católicos do Brasil, imprimindo as características
do verdadeiro escotismo. Malampré importa os livros de B.P. e passa
a utilizar as regras, princípios e métodos neles descritos.
Já em 1924 o Grupo
participa do atendimento à população de flagelados por bombardeios,
decorrentes da revolução, fornecendo alimentação e alojamento na sede
da consolação. Em 1927 os Escoteiros Católicos, de então, estavam
sem uma direção geral. Estes desligaram-se da Federação do Rio, dando
origem à Associação dos Escoteiros de São Paulo. Os antigos grupos
transformaram-se em tribos. No Jamboree da Maioridade, em 1929, o
Chefe Leo Moraes foi como representante do Grupo. Na década seguinte,
escoteiros prestam serviços na Revolução Constitucionalista. Mais
tarde o Conde de Lara cede, gentilmente, uma sala à Rua São Bento,
e a transforma em sua sede central.
Em 1932, a Associação
de Escoteiros de São Paulo passa a chamar-se "Boy Scouts Paulista".
Os Pioneiros do Grupo atuam, então, na frente de batalha e hospitais
de sangue, colaborando com a Cruz Vermelha. A bravura, heroísmo e
eficiência receberam os mais altos elogios das sociedades internacionais
e do próprio fundador, Baden Powell.
Em 1940, o Estado
Novo cria a Juventude Brasileira, de inspiração fascista, incorporando
todas as organizações juvenis, por decreto, inclusive o Escotismo.
A Boy Scouts Paulista, desentende-se com a Federação Paulista de Escotismo,
negando-se a participar de atividades de cunho político. A pedido
da Federação, o DOPS, uma entidade do governo, fecha a Boy Scouts
Paulista, recolhendo todos seus equipamentos, móveis etc. O Chefe
geral é detido, interrogado e liberado por influências de altas personalidades.
Liberdade condicional. Foram dispensados todos os rapazes, mas alguns
jovens e chefes continuaram a reunir-se clandestinamente, usando seus
uniformes apenas no campo.
Oficialmente reaberta,
em 1942, a Boy Scouts Paulista passa a colaborar novamente com a já
UEB, tanto no nível regional quanto no nacional. Voltando a ter influência
internacional. A partir de então, começa a organizar e dirigir cursos
para chefes em âmbito regional e nacional. No dia primeiro de abril
de 1947 falece Rodolfo Malampré.
Em 1949, cabe à São
Paulo a organização do primeiro curso de Insígnia da Madeira. Neste
curso participaram os principais dirigentes da UEB, de algumas de
suas regiões e de países vizinhos, servindo como ponto de partida
para a adoção e introdução do "Esquema Internacional de Adestramento
de Chefes" de Gilwell Park. O Acampamento Internacional de Patrulhas,
comemorativo do 4º Centenário da Fundação de São Paulo, em 1953, foi
idealizado, planejado e dirigido por escotistas da São Paulo, sendo
elogiado até por órgãos internacionais. Em 1957 é aprovado por unanimidade
o projeto de um de nossos escotistas chamado de "Adestramento",
na III Conferência Escoteira Interamericana, em Cuba. Este projeto
serviu para consolidar o Esquema Internacional de Adestramento de
Chefes de Gilwell, na América Latina.
- No período
de 1950 à 1961, escotistas da São Paulo, comissários nacionais,
exercem forte influência na adoção do P.O.R. (Policy, Organization
and Rules), substituindo a colcha de retalhos que era o regulamento
existente. Outra conseqüência desta mudança foi a desagregação da
Associação de Escoteiros São Paulo, os Grupos remanescentes se integram
aos respectivos Distritos, e o Grupo Guarany, o mais antigo, fica
com o nome e a incumbência de zelar por suas tradições passando
a se chamar "1º Grupo Escoteiro São Paulo".
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