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la notte Walter Lima Jr. Correio da Manhã, 06.10.1962 Com La Notte, Antonioni volta ao cenário de Milão, que desde o seu primeiro longa-metragem (Cronaca di un Amore) havia abandonado, se excetuarmos alguns exteriores de La Signora Senza Camelle. A volta ao ambiente de seu primeiro e excelente filme, ele o faz como a mais controvertida personalidade do cinema italiano atual. Há dez anos separando as duas obras, e neste hiato seis títulos diferentes, formando a obra mais precisa e fiel a um pensamento de todo o cinema italiano moderno. La Notte se encontra com toda a obra de Antonioni dentro de um mesmo sistema de pensamento, prolongando-o: a insatisfação do homem moderno, o desencanto do mundo ocidental, a decadência da persuasão, a lucidez diante do vazio. Contudo, se em Cronaca di un Amore o estudo do ambiente milanês era pouco mais do que a constatação de toda uma relação humana construída à sombra da fragilidade dos sentimentos, La Notte é a meditação sobre o efêmero das palavras e do mundo que elas criaram, ou no qual foram criadas. É, por ironia talvez, um filme quase sem palavras, ditas ao longo de um dia de procura das coisas que se foram, e de uma noite de certeza de cada minuto de transformação, de constatação do vazio e do efêmero dos dias que virão. É, como L’Avventura, um filme onde o “ritmo” é substituído pelo “tempo”, a meditação sobre o tempo “in-extenso”, sem procurar fracioná-lo com um recurso técnico-dramático qualquer. É um filme vivido, por Antonioni, seus personagens e por todos nós. Esta, a sua verdadeira grandeza. |
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