PzKpfw V Panther

 

 

 

 

 

 

Em julho de 1943, o alto comando soviético passou a receber diversos relatórios das tropas blindadas a respeito de um novo tanque inimigo.

"Ele tem a aparencia similar ao nosso Tridsatchedverka T-34, uma pesada blindagem e peso aproximado de 40-50 Toneladas, e o armamento é provavelmente o 88mm AA. Nós somos atingidos a distâncias de combate para além de 2.000m"

Em junho de 1941, a Alemanha iniciou a operação "Barbarossa" de invasão da Rússia Soviética, e embora os relatórios de combate apontassem a destruição de um grande número de antiguados tanques russos, as tropas blindadas esbarraram em tanques de última geração da série KV e T-34/76, os quais eram superiores em poder de fogo e blindagem se comparados a qualquer outro tanque de sua época.

As tropas Panzer (blindadas) sofriam cada vez mais atritos com estes novos tanques e os relatórios alertavam para a dificuldade em engajar combate com as forças blindadas russas.

Diante do apelo dos comandantes militares que solicitavam uma resposta a altura, a 25 de novembro de 1941, Adolf Hitler solicitou a Daimler-Benz e a fábrica MAN que desenvolvessem o projeto de um novo tanque. A firma Rheinmetall-Borsig ficou encarregada do desenvolvimento da torre de comando para o novo tanque. Em janeiro de 1942, a Daimler-Benz foi a primeira a produzir a sua versão designada VK3001. Duas versões de estudo, uma com suspensão de feixes de molas, e outra mais sofisticada, com barras de torção foram construidas. A versão VK3001 era uma cópia direta do T-34 e poderia ser considerado uma versão modificada alemã. A MAN concluiu o seu projeto VK3002 no começo de fevereiro de 1942.

Nesta nova versão da Daimler-Benz, a torre do canhão também foi instalada em uma posição avançada, igual a do T-34.Em 11 de maio de 1942, o projeto do novo tanque recebeu a denominação de "Panther", e após extensivos testes efetuados, o modelo da Daimler-Benz foi rejeitado devido a diversos problemas técnicos que se tradurziram em uma performance geral inferior ao modelo construido pela MAN, e também por sua semelhança com o T-34, que poderia causar confusão entre a tropa. Em junho/julho de 1942, o Panther, projeto da MAN (Maschinenfabrik Augsburg Nuremberg) foi aceito para produção em série. O projeto da MAN segue caracteristicas alemãs de concepção, incorporando algumas soluções técnicas do T-34.

Tinha uma torre alta e larga para acomodar bem o comandante e mais dois homens da equipagem, instalada bem atrás sobre o casco, com suspensão de barras de torção em rodas intercaladas de forma a manter uma pressão constante e por igual sobre o solo de suas lagartas de 660mm que melhorava sua tração e desempenho em terrenos acidentados, e uma blindagem frontal inclinada em um angulo de 33o., de forma que projéteis defletidos não atingissem a torre do canhão. O seu canhão tinha um freio de boca que absorvia 60% do recuo. Posteriormente o freio de boca de uma câmara passou a ter duas, o que reduziu em mais 10% o recuo. A inclinação da parte de trás do casco, no mesmo angulo da blindagem frontal e na mesma posição, reduzia a área de alvo e se beneficiava das mesmas caracteristicas de deflexão de eventuais impactos diretos.

Era também atrás que se localizava os compartimentos de bagagem para a equipagem, diferentes dos outros modelos como o PzKpfw III, IV e Tiger que tinham este compartimento afixado na parte de trás da torre do canhão. A tração dianteira aumentava a manobrabilidade, apesar das constantes dores de cabeça com seu sistema de transmissão e caixa de mudança. Na torre, o atirador sentava-se a esquerda e utilizava um visor binocular articulado. Nos últimos modelos este visor passou a ser monocular. O canhão era acionado elétricamente, através de um gatilho junto ao manete de elevação, e a alta velocidade do projétil dava-lhe uma trajetória tensa, o que reduzia as chances de errar o alvo por uma má estimativa de distância.

A metralhadora coaxial, fixada ao mantelete do canhão, era acionada através de um botão colocado no chão pelo pé do atirador. O remuniciador ocupava o lado direito da torre, que tinha uma grande escotilha na parte de trás que servia para atirar fora os cartuchos de munição utilizados ou para uma eventual fuga dos tripulantes. O comandante do tanque ocupava o lado esquerdo em uma posição mais afastada, próximo a culatra do canhão. Tinha a sua disposição seis pequenos visores externos e uma escotilha no teto da torre que abria horizontalmente. Na maior parte dos Panther havia um suporte para a instalação de uma metralhadora de 7,92mm MG34 para defesa antiaérea.

Sua produção iniciou-se em dezembro de 1942, e Hitler pessoalmente insistiu que o novo tanque fosse equipado com o canhão KwK 42 L/100 de 75mm de grande velocidade, mas como ele ainda não estava pronto para ser produzido, o lote incial do Panther foi equipado com o canhão KwK 42 L/70, que podia penetrar 140mm de blindagem a uma distância de 1000m. O canhão merece um aparte. Em maio de 1941 o comando geral alemão publicou nova especificação para um novo canhão de uso terrestre com poder de penetrar até 140mm de blindagem a uma distância de 1.000 metros, sem especificar o calibre. Esta especificação foi conseqüência direta de uma diretiva de Hitler datado de 26 de maio de 1941, o qual dizia que se a mesma capacidade de penetração fosse conseguida com um calibre inferior a 88mm, então era preferível o desenvolvimento de um calibre menor, prevendo uma quantidade maior de munição transportada e uma torre de canhão de baixo peso. A mesma diretiva dizia que o calibre escolhido deveria ser adequado contra outros tanques e alvos terrestres e abrigos subterrâneos. A empresa Rheinmetall recebeu um contrato em meados de julho de 1941 para projetar o canhão dentro das especificações apontadas. O primeiro projeto da Rheinmetall apenas cumpria estritamente os parâmetros requeridos, este era o modelo KwK L/60 de 75mm que tinha capacidade de penetrar 100mm de blindagem com uma inclinação de 30 graus a uma distância de 1.400 metros. Em face disto, a Rheinmetall decidiu ultrapassar as especificações e desenvolveu o modelo KwK 42 L/70 de cano longo e calibre 75mm, com velocidade de boca de 1.120 m/s e ação semi-automática. Três tipos principais de munição eram utilizadas, a Perfurante, Alto Explosiva e a Perfurante de Alta Velocidade e núcleo de tungstênio. Para fins de estudo, 20 Panthers foram construidos e testados, procurando assim corrigir no menor espaço de tempo possível as suas deficiências. Estes 20 tanques de pré-série foram equipados com o canhão L/70 de 75mm, com freio de boca simples, uma blindagem frontal de 60mm. Foram designados como PzKpfw V Panther Ausf A e posteriormente foram convertidos para o modelo D, sendo redesignados como Ausf D1. Os modelos iniciais tinham falhas na caixa de mudanças e transmissão, problemas que foram solucionados com rapidez, mas o defeito que permaneceu foi a fraqueza da caixa de redução ligada a roda dentada propulsora. Ela sofria constante problemas por ser subdimensionada para o torque que tinha que transmitir. Ao rodar mais de 900km os problemas começavam, e após 1000km ele provavelmente precisaria de uma revisão total da caixa de marchas. O motor era um Maybach HL230 P30, 12 cilindros de 23,88 litros com potencia de 700hp a 3.000 rpm, embora em serviço sua potencia máxima fosse reduzida para 2.500 rpm. A refrigeração era líquida, com dois radiadores em cada lado do compartimento do motor, com duas ventoinhas que funcionavam em duas velocidades. Uma parte do calor expelido podia ser direcionado para o interior do tanque minimizando assim os efeitos em regiões geladas, principalmente no fronte oriental. O motor era aclimatado para operar em clima temperado e incialmente houve problemas de superaquecimento em razão do espaço reduzido do compartimento, o que causava uma vaporização do combustível resultando em incêndio, o que levou a instalação de extintores automáticos de incêndio que eram acionados durante 7 segundos quando a temperatura alcançava mais de 120 graus centigrados. Simultaneamente uma lâmpada acendia no painel do motorista advertindo-o da situação, quando deveria parar em ponto morto até atingir o arrefecimento a partir da ação das ventoinhas. A temperatura normal de operação era de 80 graus centigrados e o fluxo de ar podia ser controlado através de persianas operadas de dentro do compartimento de combate. A primeira troca de óleo era feita aos 250km e depois a cada 2.000km, a menos que operasse em terreno com muita poeira, quando era feita a cada 1.000km.

A estréia do Panther se deu durante a operação Zitadelle em julho de 1943, nos batalhões Panzer No.51 e 52 e nos Regimentos Blindados da Leibstandarte SS. As baixas ocorridas nos primeiros combates deveu-se mais a problemas técnicos do que a graves avarias de combate. Segundo suas equipagens, um persistente cheiro de gasolina misturado ao óleo invadia o interior do tanque, e pelo escapamento muitas vezes saiam chamas de mais de um metro, podendo o motor facilmente se incendiar. Além disso, aconteciam muitos problemas com o sistema de transmissão, caixa de câmbio, suspensão e com as rodas, e as novas tripulações receberam um treinamento insuficiente para operar com o novo equipamento. Apesar dos problemas inciais, perfeitamente compreensível em um modelo tão novo, o Panther deu provas de sua superioridade, como atestou o Obersturmführer Rudolf von Ribbentropp. Este jovem Tenente de 22 anos, filho do Ministro das Relações Exteriores, comanda uma das mais duras unidades da Leibstandarte, a 6a. Companhia de Regimento Blindado, e vai se tornar célebre rápidamente.

A 12 de julho, na região de Teterevino, durante a batalha de Kursk, quando vai a frente da companhia, apercebe-se de um grupamento de cerca de 150 tanques T-34 russos que se juntam numa depressão de terreno. Os russos avançam em duas colunas distanciadas de meio quilómetro, e o combate se faz imediatamente. Os Panthers são mais rápidos e já os tres primeiros T-34 da coluna da direita e o primeiro da coluna da esquerda saltam no ar e explodem. Os tanques alemães correm transversalmente em direção a coluna da direita, que está ligeiramente a frente, ficando assim a coluna esquerda russa com o campo de visão prejudicada pela sua coluna direita. Mas já quatro Panthers são postos fora de combate, a desproporção de forças é muito grande e os quatro tanques restantes, metade dos efetivos da 6a. Companhia que originalmente no início da batalha eram de 22 carros, fazem um semi-círculo e correm paralelos a coluna russa, de volta a suas próprias linhas.

Só por sua conta, o filho do ministro destruiu quatorze tanques russos, antes que o contra-ataque alemão tivesse vindo em sua ajuda, parando de imediato a corrida dos carros russos. Só a Leibstandarte destruiu mais de 500 tanques russos durante esta ofensiva. Dos originais 250 Panther que iniciaram a ofensiva de Kursk em julho, apenas 43 estavam aptos para serviço em meados de agosto de 1943. Apesar dos diversos problemas, a tropa sentiu-se entusiasmada com o novo canhão que o equipava, a maioria dos tanques inimigos eram batidos a distâncias entre 1.500m e 2.000m.

Em dezembro de 1942, uma nova e melhorada versão estava sendo projetada e recebeu a designação de Panther Ausf D, sendo equipado com o motor Maybach HL 210 P30 de 23 litros e 700hp, fazendo uma média de 3,6 km/l. Sua blindagem frontal dos originais 60mm foi aumentada para 80mm e o peso subiu para 44 toneladas. O modelo D foi o mais usado durante a campanha da Normandia, e 400 Panteras de todos os tipos foram perdidos durante a campanha.

Para aumentar a performance do Panther, vários tipos de motores foram testados e experimentalmente montados, incluindo o motor refrigerado a ar MAM-Argus, o motor aeronáutico BMW modificado e um motor diesel da Daimler-Benz. Também suspensões hidrostáticas e hidrodinâmicas foram testadas, juntamente com um arranjo especial de buchas (Tauch Einrichtung) e filtros especiais que permitiam ao tanque operar em área com contaminação química. Um projeto de um Panther Lança-Chamas foi proposto mas não chegou a ser realizado. Em maio de 1944, o desenho para a próxima geração de Panther, designado Ausf F, foi proposto e aceito. O tipo F teria uma blindagem mais espessa e seria equipado com a nova torre "Schmallturm" (estreito) desenhado pela Daimler-Benz, montando o canhão KwK 42/1 ou o KwK 44/1 L/70 Skoda, ambos de 75mm em reparos "Saukopf" (cabeça de porco). Havia também um projeto para montar o canhão longo KwK L/100 de 75mm. A produção do modelo Ausf F se deu exclusivamente com rodas totalmente de aço.

Em outubro de 1944 planejava-se a produção do modelo F pela Daimler-Benz em Berlim a partir de março de 1945. Apenas um protótipo do modelo G equipado da torre Schmallturm foi completado em janeiro de 1945. Devido a situação geral, somente 8 torres foram produzidas até o final da guerra.

A introdução do Panther, fez surgir uma série de adaptações de diversos componentes a ser instalado em seu chassi. O primeiro foi o Artillerie-Panzer-Beobachtung Panther proposto pela Rheinmetall-Borsig no final de 1942.

Poucos foram construidos e todos foram rejeitados, eventualmente foram convertidos e entregues as unidades Panzerbeobachtungwagen (Veículo Blindado de Observação). Modificações foram introduzidas em março de 1944 e o novo modelo recebeu a denominação de série G. O Panther Ausf G foi o modelo mais produzido e trazia muitos aperfeiçoamentos, entre elas o reforço de sua blindagem lateral. Este modelo sofreu uma pequena alteração na disposição angular das chapas da torre, para dar mais espaço e simplificar a produção. A blindagem no topo do casco aumentou a espessura de 40 para 50mm. O mantelete do canhão, em sua parte inferior foi substituida por outra com uma cintura inclinada para frente para que os projéteis que atingissem a área ricocheteassem em direção contrária a parte superior do casco, sobre a cabeça do motorista. O visor do motorista foi substituido por uma única abertura equipada de um periscópio que ampliou seu campo visual. O modelo G era fácilmente reconhecido pelas rodas, as mesmas empregadas pelas últimas versões do Tiger e Tiger II. Nas últimas versões produzidas do Panther a caixa cilindrica que guardava a ferramenta que limpava o cano do canhão foi movida da posição de instalação a esquerda, sobre a lateral do casco, para a parte de trás, próximo ao compartimento do motor.

Ao mesmo tempo, a firma Krupp desenvolveu dois projetos para rearmar o Panther com o canhão KwK 43 L/71 de 88mm, mas nenhum foi produzido. De 1943 a 1945, apenas 5.976 Panther foram produzidos pela fabrica MAN (Maschinenfabrik-Augsburg-Nüremberg) em Kassel, e Maschinenfabrik Niedersachsen-Hannover (MNH) em Hannover, junto com a Daimler-Benz, a Henschel e Demag. Um pequeno número de Panthers, 5 provavelmente modelos G, foram vendidos para a Hungria em 1944, e provávelmente 1 foi vendido a Suécia em 1943. Em fevereiro de 1943, a firma MAN cedeu a licença para a fabricação do modelo a italiana Fiat-Ansaldo, mas a produção nunca ocorreu pois a Itália assinou a rendição em setembro de 1943.

 

As séries produzidas do Panther foram:

 

Ausf D

. Produzido de dezembro de 1942 a setembro de 1943

. 850 produzidos pela MAN, Daimler-Benz, MNH, Henschel

. Escotilha de comando inicialmente igual ao do PzKw.IV e posteriormente alterado

. Janela de observação tipo "caixa de correio" para defesa a curta distância e ventilação

. Saia blindada de proteção passa a ser standard a partir do modelo D

 

Ausf A

. Produzido de agosto de 1943 a maio de 1944

. 2.000 produzidos por MAN, Daimler-Benz, Demag e MNH

. Torre redesenhada

. Novo desenho da escotilha de comando da torre de canhão

. Suporte para fixação de MG34/42

. Saias blindadas laterais padrão

. Cinco tipos de exaustores do motor

 

Ausf G

. Produzido de março de 1944 a abril de 1945

. 3.126 produzidos por MAN, Daimler-Benz e MNH

. Novo desenho da escotilha de comando

. Removidas as janelas de observação do motorista

. Paredes laterais com menor angulo de inclinação

. Nova blindagem do mantelete do canhão (defletor da base do canhão)

. Periscópio rotativo para o motorista

. Novo arranjo do sistema de arrefecimento do motor

. Nova disposição do motor

 

A comparação feita pelos alemães do Panther com o novo T-34/85 (com canhão de 85mm) e o JS-II (com canhão de 122mm), em 23 de março de 1944, apontou que "O Panther é muito superior ao T-34/85 em relação ao tiro frontal (O Panther Ausf G podia penetrar a blindagem frontal do T-34/85 a 2000m, enquanto o T-34/85 podia penetrar a blindagem frontal do Panther a 500m.

A blindagem frontal do JS-II era perfurada a 800m pelo Panther, enquanto o canhão de 122mm do JS-II podia penetrar a blindagem frontal do Panther a 1500m. Em 1943/44, o Panther podia destruir qualquer tanque inimigo existente a distância de 2.000m, enquanto em geral as tripulações veteranas reportavam 90% de acerto nos tiros acima de 1.000m. De acordo com a US Army Ground Forces Statistics, a destruição de um simples Panther era conseguido após a destruição de 5 M4 Shermans ou cerca de 9 T-34.

Para destruir um Panther, um carro de assalto como o M10 com canhão de 76mm tem que atingi-lo de lado ou por trás da torre, na escotilha de comando, ou na brecha em baixo da blindagem do mantelete do canhão, conforme relatório da U.S Army Report em setembro de 1944.

O Panther pode ser considerado o melhor tanque da 2a. Guerra Mundial, ele apresentava a melhor relação de equilibrio entre armamento, couraça, autonomia, peso e custo unitário. Tivesse a guerra continuado e o Panther e Panther II tornar-se-iam a espinha dorsal das Panzer Division.

 

 

 

 

 

Tabela Comparativa entre o Panther e o T-34

 

 

Item

Panther ausf/G

T-34/76

T-34/85

Tripulação

5

4

4

Potência do Motor

515 Kw

336 Kw

373 Kw

Peso de Combate

45.500 Kg

26.000 Kg

32.000 Kg

Velocidade Máxima

46 Km/h

55 Km/h

55 Km/h

Comprimento

8,86 m

5,92 m

8,15 m

Largura

3,4 m

3,0 m

3,0 m

Altura

2,98 m

2,45 m

2,60 m

Armamento

75mm - 2 x 7,92

76.2mm - 1 x 7,62

85mm - 1 x 7,62

Blindagem Min./Max.

30 a 100mm

15 a 45mm

20 a 90mm

Produção Total

5.976

35.120

19.430

 

 

para falar com o autor zxwol@hotmail.com

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