ESPAÑOL ENGLISH |
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Quando quero falar da vida falo da porta fechada que sempre se abre que no ventre acolhe o gesto de dar sem de si largar pedaço algum crescendo, perdendo e nisto ganhando. Quando quero falar da vida digo do sonho sempre sonhado jamais acabado de dar vida ao sonho que sonhar quem dele emana. Quando quero falar da vida dizendo de ti que sou eu ao mundo de mim dou fé. Da vida de não passar o gesto do Eu afinando, o falar no tom e no dito, que por certinho me valham; ouros e brilhantes iguais ao dos passantes no futuro como antes. Deslustro os sapatos em lama pra perto da terra ficar melhor fora andar descalço mas arranham-me as areias os pés, sandálias usaria eu pois perto estaria da terra mas essas não tenho ainda por (inda) delas desmerecer. Não basta tanto amar, não basta saber-me amada só basta o amor por estar dá-me tu terra o caminho esse que eu tateio dá-mo tu terra por castigo ou prêmio dá-me tu terra o "meu" anseio sabendo nos que de meu não tem mais que a palavra já que, meu, só tem um dono e desse a cada um o seu.