Em novembro de 2004, juntamente com outros artistas, fui convidado pela APAP - Associação dos Artistas Plásticos de São Paulo, para criar uma obra usando como suporte uma embalagem de filmes Polaroid. Cada artista poderia usar o suporte da maneira que melhor lhe conviesse. O resultado de todos os trabalhos criados pelos artistas, resultou em uma exposição denominada "Pequenas Grandes Obras" que vem circulando por várias cidades de São Paulo e alcançando grande sucesso de crítica e público.

Tendo em vista a função de
proteção da embalagem, pensei em reciclar não só o material em si, mas também a sua funcionalidade criando um objeto artístico que continuasse transmitindo as características originais de salvaguarda, mesmo que apenas conceitualmente.

Seguindo o meu
modus faciendi resolvi reaproveitar as placas de computador, como as que uso em meus quadros, e incorporá-las ao trabalho para criticar a forma como temos usado a tecnologia para explorar o planeta Terra achando que estamos totalmente integrados com a natureza e desconsiderando as conseqüências que poderão advir de nossos atos.

Seguindo o meu
modus operandi de provocar reflexões no espectador dos meus trabalhos, acredito ter criado um objeto que, ao envolver a imagem do planeta Terra, pode transmitir um sentido de proteção e domínio, contraposto a um sentido de adoração e respeito (sugeridos pelo título da obra - Oratório). A interpretação é do espectador. Embora caiba ao planeta Terra o veredicto final!

Setembro/2005

Walter Miranda                             
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