http://www.oocities.org/xadrezrex
Written by Arnaldo Rodrigues D'Almeida
Published in: April / 2002
Revised in: June/2002
[ENGLISH]
5- Estratégias
As estratégias do REX ainda não são bem conhecidas. A princípio, as estratégias utilizadas no xadrez tradicional devem ser adequadas para este jogo.
O jogador deve adotar as seguintes estratégias:
1- Domínio do centro;
2- Controle do espaço;
3- Desenvolvimento das peças;
4- Rei em segurança;
5- Estrutura de Peões;
6- Mobilidade das peças.
1- Domínio do Centro
Considera-se que, além da casa j5, casa localizada exatamente no centro o tabuleiro, as casas i6, l6, h5, m5, i4, l4, ao seu redor, e as casas g6, n6, f5, o5, g4 e n4 localizadas próximas à casa central (Figura 1) constituem o centro do tabuleiro.
Figura 1: O centro do tabuleiro.
As peças localizadas no centro possuem maior poder de ataque (mobilidade). Perceba que as peças de ataque (Rainha, Torre, Bispo e Cavalo) quando localizadas no centro do tabuleiro (Figura 1) possuem seu maior poder de ataque. A Rainha na casa central (j5) possui capacidade de atacar 40 casas do tabuleiro vazio, e nas demais casas do centro, 38 ou 39 casas. A Torre, no centro do tabuleiro vazio, é capaz de atacar 24 ou 25 casas. O Bispo, no centro do tabuleiro vazio, é capaz de atacar 13, 14 ou 16 casas (somente em j5). O Cavalo é capaz de atacar 12 casas em qualquer casa do centro com o tabuleiro vazio ou não.
O domínio do centro forçará o adversário a mover suas peças pelas laterais. Isso não só custará ao adversário movimentos extras como também retardará o desenvolvimento de suas peças.
Quem tiver o domínio do centro poderá mover suas peças de um lado para o outro com maior facilidade, o que permitirá atacar ou defender com maior eficiência.
O domínio do centro só é importante enquanto houver peças de ataque no tabuleiro. Uma vez que os Peões possuem praticamente a mesma mobilidade e poder de ataque em qualquer parte do tabuleiro, o domínio do centro não constitui vantagem. Em um final de partida em que os jogadores possuem apenas Rei e Peões, a vantagem passa a ser do jogador que tiver a possibilidade de coroar primeiro.
2- Domínio de Espaço
O espaço do tabuleiro é constituído de casas. Quanto mais casas do tabuleiro você atacar mais espaço estará sob o seu controle ou domínio.
Toda casa que esteja sob ataque de um dos jogadores, o oponente ao ocupá-la com uma peça, essa poderá ser capturada. Nessa situação, diz-se que aquela casa está sob domínio. É claro que há situações em que o adversário poderá, em seguida, capturar a peça que capturou a peça dele e realizar uma troca vantajosa. Nesse caso diz-se que o domínio era aparente ou não havia controle efetivo.
Quanto mais casas estiver em sob o seu controle, comparativamente ao seu adversário, maior mobilidade terão suas peças e maior chances de ataque.
O espaço sob controle pode ser medido contando o número de casas do tabuleiro que estão sob ataque de suas peças. Para expressar em termos percentuais basta dividir pelo número total de casas, 85 (no caso do xadrez tradicional, 64) e multiplicar por 100.
3- Desenvolvimento das peças
Mova todas as peças de ataque, de forma atacar o centro, mexendo nelas apenas uma vez. Mova uma segunda vez somente quando todas as peças de ataque já tenham sido movidas.
Ao mover uma peça duas vezes consecutivamente, por exemplo, permitirá que o adversário atacar maior número de casas do tabuleiro, permitindo o domínio do centro do tabuleiro.
4- Rei em segurança
Manter o Rei em segurança não é importante somente pelo fato de evitar o xeque-mate, mas também por refletir nas outras estratégias.
Quando o seu Rei está exposto, permite ao adversário desenvolver as suas peças, não permitindo que você faça o mesmo porque têm de defender o seu Rei. Muitas das vezes para defender o seu Rei recua-se as peças, permitindo o domínio do centro pelo adversário. E algumas vezes, para evitar o xeque-mate entrega-se uma ou mais peças, prosseguindo a partida em desvantagem material.
No REX, o Rei possui uma mobilidade menor, e as outras peças, com exceção do Bispo, possuem um poder de ataque maior, comparativamente ao xadrez tradicional. Assim, a segurança do Rei requererá uma atenção maior.
A ala do Rei (lado direito para as Brancas e lado esquerdo para as Pretas) é o lado que possui menos defesa.
As casas p2, para as Brancas, e p8, para as Pretas, são casas da ala do Rei, que no início da partida não estão protegidas por nenhuma peça, e além disso a ocupação dessa casa por um Bispo ou Rainha, desde que o Rei esteja sem mobilidade, constitui em xeque-mate. Essas casas são normalmente protegidas pelo Bispo “branco” ou pela Torre da ala do Rei.
A Torre é a peça de maior poder de ataque na ala do Rei, e além disso, há menos peças de ataque na ala do Rei do que do lado oposto, portanto constitui-se em peça de grande importância na defesa do Rei. Um avanço prematuro da Torre da ala do Rei pode comprometer seriamente a sua defesa, podendo levar o jogador a perder a partida.
Em face da Rainha sozinha poder dar xeque-mate, o ataque da Rainha ao Rei é, em geral, muito perigoso. A presença da Rainha junto ao Rei costuma ser eficiente na defesa do Rei contra o ataque da Rainha adversária. A Rainha é uma peça fundamental na defesa do Rei. Um avanço da Rainha no meio da partida é um risco muito grande pois compromete muito a defesa do Rei.
5- Estrutura de Peões
O Peão é uma peça que só se movimenta e captura para frente. Assim, um Peão pode estar defendido por outro Peão uma casa adjacente atrás, que, por sua vez, pode estar defendido por outro Peão e assim por diante, formando uma corrente, em que o Peão atrás de todos pode estar ou não defendido por uma outra peça. Quando o Peão atrás de todos na corrente não está defendido por nenhuma outra peça, diz-se que esse Peão é o elo frágil da corrente.
Um Peão sozinho é mais difícil de defender, principalmente se estiver muito avançado. Quanto menor o número de Peões sozinhos, melhor. Quando um Peão está protegido por outro Peão, mesmo que outras peças que não sejam Peão ameacem a captura, a mesma não é vantajosa em termos materiais. Por exemplo, um Bispo e uma Torre ameaçam a captura de um Peão que esteja defendido por apenas um Peão. Se o Bispo capturar Peão, Peão captura Bispo e em seguida Torre captura Peão. Ao fim da troca de peças, verifica-se que o saldo foi favorável de um Bispo contra 2 Peões. Um Bispo com certeza vale mais que 2 Peões.
Se no exemplo anterior o Peão estivesse protegido por outra peça, por exemplo um Bispo, se o Bispo capturar Peão, Bispo captura Bispo e em seguida Torre captura Bispo. Ao fim da troca de peças, verifica-se que o saldo resultante foi desfavorável em um Peão. Assim, a defesa de um Peão por outro Peão é a mais eficaz.
No xadrez tradicional, quando dois Peões estão localizados na mesma coluna diz-se que há uma dobra de Peões. Essa situação, deixa pelo menos um dos dois Peões sozinho. No REX como os Peões podem movimentar-se em duas direções diferentes isso não acontece.
A estrutura de Peões deve funcionar como uma muralha que impede o avanço das peças de ataque (Rainha, Torre, Cavalo e Bispo) inimigas e não impede o movimento das peças de ataque amigas.
6- Mobilidade das peças
Os Peões, muitas das vezes, impedem a movimentação das peças de ataque. Uma peça de ataque que, durante a partida, não pode ser movimentada é uma peça que não participa do jogo, e por conseqüência, reduz o poder de ataque.
O jogador deve movimentar seus Peões de forma a liberar a movimentação de suas peças de ataque.
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