Harry
Potter e a Filha do Auror
by
Talita Teixeira
Capítulo 19 ~ Transfigurações
_
Sirius! - Harry exclamou, surpreso, enquanto uma tênue luz na ponta da
varinha denunciava o rosto pálido de seu padrinho.
Sirius
Black aproximou-se dos dois e Harry perguntou-se intimamente sobre o quanto
ele teria percebido de seu beijo com Hermione.
_
Harry, Hermione...vocês estão bem? - perguntou, observando as costas
do garoto - Estou seguindo vocês desde quando deixaram o archote! - terminou,
mostrando, em uma das mãos, o archote apagado que trouxera consigo.
Harry
e Hermione entreolharam-se e só então se deram conta de que haviam
fugido de Sirius.
_
Achamos que fosse alguém... tínhamos que encontrar ajuda... _
Hermione começou, mais calma.
_
Como você nos encontrou? - Harry perguntou, ainda surpreso por ver o padrinho.
Sirius
sorriu para ele:
_
É uma longa história, Harry...mas esta é uma das passagens
secretas que nós percorríamos para sair de Hogwarts...posso andar
por aqui até de olhos vendados....
Então,
Harry lembrou-se subitamente de que Snape e Luna haviam ficado para trás:
_
Sirius! Sirius! Temos que voltar! Avery...e...e...Rabicho... - falou, exaltado.
_
O quê?! Onde vocês estavam? - interrompeu-o Sirius, encarando os
dois. - Quem mais está lá?
_
A professora Luna...e...e....Snape...eles não devem ter conseguido sair!
Precisamos voltar! - disse Harry, agitado.
As
feições de Sirius se endureceram quando ouviu o nome dos professores:
_
Eles podem sair de lá, Harry...vamos, precisamos voltar ao castelo. -
falou, com uma expressão muito estranha no rosto.
Harry olhou-o, indignado e surpreso:
_
O que há com você?! Eles estão correndo perigo, estão
sem as varinhas! Estávamos presos num poço de esquecimento!
Sirius
encarava Harry com severidade:
_
Harry...- começou - ....eu estou dizendo....
_
NÃO! CEDRICO DIGGORY MORREU POR MINHA CULPA! EU QUE CONVENCI ELE A AGARRAR
A CHAVE DO PORTAL COMIGO! AGORA, NÃO PODEMOS DEIXAR RABICHO MATAR MAIS
DUAS PESSOAS, AINDA QUE UMA DELAS SEJA SNAPE!
E
caiu num pranto convulsivo, seu corpo tremendo todo, pelo cansaço, pela
indignação, pelas emoções novas que experimentara
com o beijo que dera em Hermione.
Sirius
segurou-o pelos ombros e falou com calma:
_
Harry...é muito arriscado....vocês estão sem as varinhas...acredite
em mim...Snape é muito esperto para ser morto desse jeito....
Harry
tinha os olhos carregados de mágoa quando encarou Sirius:
_
Eu sei...eu sei porque você quer deixar que eles morram...é porque
você nunca perdoou ela por ter preferido ser amiga de Snape e não
de você! Foi por isso que você bateu nele, e foi por isso que ela
se afastou de você!
Sirius
ficou subitamente corado e largou os ombros de Harry. Hermione olhava para os
dois sem entender nada:
_
O que está havendo? - perguntava, atônita.
Harry,
mais controlado, falou:
_
Isso é entre os três, Mione....
Então,
inesperada e abruptamente, foram novamente surpreendidos...
_Estupefaça!
e algo batia pesadamente no chão.
Na
escuridão momentânea que se seguiu, Harry ficou sem ação.
Então, pela segunda vez em poucos minutos, ouviu:
_
Lumus! - surpreso, Harry olhou para o chão e viu que Sirius caira, estuporado
pela varinha de Rabicho.
_
Você! - Harry gritou, com raiva. Hermione tapava a boca com as mãos.
Rabicho
tinha uma expressão de vitória no rosto arredondado:
_ Almofadinhas esqueceu de dizer a vocês que ele não percorria sozinho estes túneis....agora vamos...sei que você não quer ouvir outra maldição imperdoável, como da última vez em que nos encontramos naquele cemitério....- e riu, um riso nervoso e desdenhoso que ecoou terrivelmente dentro do cérebro de Harry.
Harry
e Hermione percorreram muito calados boa parte do trajeto que levava novamente
ao poço. Rabicho carregava Sirius com o mesmo mobilicorpus que usaram
para retirar, no final do terceiro ano em Hogwarts, o professor Snape da Casa
dos Gritos. Harry sabia que não poderiam agir precipitadamente, até
porque Rabicho não hesitaria em matar Sirius a sangue frio. Harry levava
a frente o archote, para o qual Rabicho conjurara chamas, enquanto Hermione
apertava nervosamente sua mão, como que suplicando para que ele não
tentasse nenhuma besteira. Num dado momento do caminho, Harry estacou e virou-se
para Rabicho:
_
Porque você roubou aquelas fotos de Snape e escondeu no meu álbum?
-perguntou, sob o olhar atônito de Hermione.
Rabicho,
pego de surpresa pela pergunta de Harry, pigarreou e, ao cabo de alguns minutos
tensos, respondeu:
_ Como você sabe que fui eu? - falou, e sua voz era um tanto insegura.
_
Eu desconfiei que fosse você...afinal, você teve muitas oportunidades
para fazer isso...poderia sair a noite e entrar na sala dele por algum buraco...agora,
porque você fez isso? - Harry falou, encarando Rabicho com ferocidade.
Rabicho
pareceu formular uma resposta para Harry, porque só foi responder algum
tempo depois:
_
Você sempre quis saber o motivo pelo qual Snape odiava seu pai, Tiago,
e também Remo e Sirius...eu só quis ajudar
você a descobrir. Agora vamos. - e então recomeçaram a caminhar.
Quando
finalmente chegaram ao local onde estiveram presos, a primeira coisa que Harry
reparou era que tratava-se de uma câmara alta, iluminada por archotes
e muito parecida com aquela que Salazar Slytherin construíra centenas
de anos antes, de onde o terrível basilisco que aterrorizara Hogwarts
saíra. A segunda coisa em que reparou foi que Snape e Luna não
estavam mais dentro do poço, mas sim amarrados pelos pulsos e tornozelos,
deitados no chão.
_
Potter, seu grande imbecil! - Snape falava do chão, raivoso - Você
não tem competência nem para achar a saída de um túnel!
- e olhou com desprezo de Harry para Sirius.
Harry
não espantou-se com a observação do professor, mas sim
com a preocupação pela sua segurança. Luna dirigia um olhar
surpreso para o incosciente Sirius, que agora era amarrado pelos pulsos e tornozelos
por Avery.
No entanto, somente quando um outro bruxo saiu das sombras foi que Harry entendeu
tudo.
Lúcio
Malfoy sorria desagradavelmente, caminhando em direção a eles.
_
Que surpresa que todos nós tenhamos nos reunido aqui... - disse, olhando
um por um - ...é bom que os amigos se reencontrem, não é,
Luna? - e abaixou-se para segurar o queixo da professora, levantando sua cabeça
e forçando-a a encará-lo.
_
Eu me enganei muito com a sua amizade, Lúcio...acho que deixei isso bem
claro para você aquela vez, depois do Baile, lembra? - falou ela, com
um olhar gelado, para Malfoy.
Lúcio
Malfoy desfez o sorriso e olhou para o estuporado Sirius, largando o queixo
da professora com violência:
_
Talvez você tenha preferido se divertir com esse aí... - disse,
raivoso, e, aproximando-se de Sirius, aplicou-lhe um vigoroso chute no rosto.
Sirius abriu os olhos por um momento, cuspindo sangue.
_
Seu covarde! Harry saltou para defender o padrinho, mas foi impedido por Avery,
que segurou-lhe os braços. Rabicho ameaçava Hermione com a varinha.
_
É bom você não fazer nenhuma besteira, garoto...- disse
Malfoy, ameaçador - ou sua amiguinha sangue-ruim já era.
_
Deixe elas irem, Lúcio - Snape falara numa voz muito decidida - deixe
a menina e Luna fora disso.
Malfoy sorria alucinadamente quando aproximou-se de Snape e, agarrando o professor
pelas vestes, escorou-o em uma parede:
_
Severo...você sabe que a oportunidade é perfeita...isso jamais
acontecerá novamente..._ falou, afastando-se do professor e caminhando
lentamente pela Câmara - ...eu nem poderia supor que Luna voltasse um
dia a Hogwarts...assim como não poderia supor, há tanto tempo
atrás...que você... você, Severo...viraria as costas para
o Lord das Trevas...
Snape
desviou o olhar.
_
...e quando... - recomeçou Malfoy - ...e quando o Lord das Trevas perdeu
os poderes...quando se tornou uma sombra por causa desse garoto...eu perdi muito
também, sabia, Severo?...porque eu tive que engolir o orgulho e voltar
atrás...e o pior foi descobrir que você, depois de tudo...era um
odioso espião...um...um agente duplo!
Snape
voltou a encarar Malfoy, e seus olhos negros eram frios e vazios:
_
...eu não quis acreditar, Severo...mas quando soube que você estava
em Hogwarts, ao lado de Dumbledore e daquela corja dele... - e crispou os punhos
com raiva -...mas agora...agora que o Lord das Trevas está de volta...eu
pensei que talvez você estivesse arrependido de tudo, e talvez...pela
nossa amizade, ou pela amizade que um dia tivemos...você estivesse disposto
a voltar....
Snape
não respondeu, e Harry, com Avery lhe segurando os braços, temeu
que o professor estivesse considerando seriamente a proposta. Malfoy aguardou
alguns minutos e então olhou para Hermione:
_
Quem sabe se nos divertirmos com a sangue-ruim...como nos velhos tempos, hein,
Severo? - falou, numa voz carregada de malícia, retirando a varinha das
vestes, enquanto Snape tinha um olhar atônito estampado no rosto.
Hermione
gritou e tentou correr, mas Malfoy já apontava a varinha para ela:
_
Prostate! - e Hermione foi atirada ao chão com violência.
Harry,
agitando-se desesperadamente, desvencilhou-se de Avery, que imediatamente apontou
a varinha para Sirius:
_
Mais um passo seu e ele morre. - Harry estacou, enquanto Rabicho, com um olhar
demente, também apontou a varinha para Sirius:
_
E porque não deixá-lo apreciar o espetáculo? Enervate!
Sirius
tossiu mais sangue, enquanto recobrava-se muito lentamente do estuporamento.
Harry lançou um olhar desesperado a Snape, enquanto Malfoy ria sinistramente.
_
Chega, Lúcio! - Luna erguia sua voz em meio a confusão e aos gritos
de Hermione.
_
Não. - disse Malfoy, torcendo o rosto comprido num último sorriso.
- Mas falta alguma coisa para a diversão ser completa.
E
tirou, também do meio das vestes, duas máscaras em forma de caveira.
_
Vista a sua, Severo....- disse, cobrindo o rosto com a máscara - ...ah,
você não pode, está amarrado...esqueça, então...e
é uma pena também que não tenhamos espaço suficiente
para projetarmos a Marca Negra...como nos velhos tempos, não é,
Severo? - terminou, já com a máscara cobrindo todo o seu rosto.
Harry
assistia Hermione debater-se, presa ao chão pelo encantamento, enquanto
Luna e Snape também não podiam fazer nada. Sirius, no entanto,
parecia recobrar pouco a pouco os sentidos, e Harry concluiu que precisava ganhar
tempo, pois juntos poderiam tentar alguma coisa. Nisso, Malfoy já erguia
Hermione do chão numa altura considerável, exatamente sobre o
poço do esquecimento, enquanto a menina debatia-se, apavorada:
_
Então, Severo...está se divertindo? - falou, e sua voz era um
tanto abafada por causa da máscara.
Harry tinha os olhos fixos em Hermione, e no que poderia acontecer caso Malfoy
tentasse jogar a garota pelo poço onde estiveram presos. Snape e Luna
também não desgrudavam os olhos dela. Não poderiam executar
nenhum feitiço para manter Hermione no ar - não porque já
estivessem fora do poço do esquecimento, mas porque não havia
nada onde a garota pudesse se segurar. Ela cairia como um projétil até
o fundo do poço.
Avery
e Rabicho gargalhavam enquanto Malfoy fazia Hermione girar para todos os lados
e mergulhar assustadoramente, parando a poucos centímetro do chão.
Então, inesperadamente, Snape deixou de olhar para Hermione e encarou
Malfoy:
_
Já chega, Lúcio. O que você quer que eu faça? - e
sua voz soou perfeitamente clara, mas um tanto nervosa.
Malfoy, abrindo um largo sorriso, a um toque da varinha atirou Hermione como
se fosse uma boneca contra a parede. Pela segunda vez naquela longa noite, a
garota caía inconsciente no chão.
Harry
olhou penalizado para a amiga, completamente imóvel, mas então
sua atenção foi novamente atraída para Malfoy:
_
Eu quero lhe dar um segunda chance, Severo...pelos nossos bons e velhos tempos
de Hogwarts... - e, a um movimento da varinha, as cordas que prendiam Snape
pelos pulsos e tornozelos desapareceram.
Luna
tinha a respiração suspensa, mas Harry já imaginava o que
Malfoy iria dizer:
_
Eu quero que você mate, com as suas próprias mãos, esse
garoto...nosso Mestre jamais iria recusar um perdão desses... - disse,
sorrindo, para Snape.
O
professor, que massageava os pulsos feridos, lançou um olhar muito gelado
para Malfoy. Parecia que também já esperava por aquilo:
_
Você sabe perfeitamente bem que eu não vou fazer isso.
Malfoy
desfez o sorriso e não esperou Snape recusar seu pedido uma segunda vez:
_
Imperius! - disse, apontando a varinha para Snape.
O
professor vidrou o olhar e caminhou como um zumbi na direção de
Harry. O menino lançou um olhar a Sirius, que parecia ainda muito desnorteado,
e outro a Luna, que gritava, desesperada:
_
Não! Não faça isso, Severo! Não faça! - mas
Malfoy caminhou decidido até a professora e aplicou-lhe um violento chute
no estômago.
_
Tome! Isto é pelo Baile de Inverno do quinto ano! - Luna retorcia-se
no chão, sem fôlego.
Harry
recuou um passo, mas as mãos frias de Snape já se enterravam fortemente
no seu pescoço.
_
Isso, Snape, mate o menino! Mate o menino! - disse Malfoy, alucinado, assistindo
Snape derrubar Harry no chão.
Harry
abriu a boca tentando buscar sofregamente o ar que lhe faltava, enquanto seus
olhos já escureciam e ele perdia as forças, mas ainda pode ouvir
o professor falar, quase num sussurro:
_
N..não... - e então a pressão dos dedos do professor no
pescoço do menino afrouxou, e seus pulmões se encheram de ar novamente.
Snape ajoelhou-se ao lado de Harry, respirando com dificuldade, e balbuciando
baixinho.. Não, não...
Malfoy
aproximou-se de Snape, os olhos injetados de ódio, e então falou,
e sua voz soou fria e repulsiva:
_
Severo...você é um fraco que merece apenas o meu desprezo...Crucio!
E
Harry assistiu, atônito, o professor retorcer-se no chão, debatendo-se
violentamente sob a Cruciatus, uma das três maldições imperdoáveis,
que reunia, em si, as dores mais atrozes que o ser humano poderia suportar.
Harry lembrava-se muito bem da sensação terrível que era
ter o corpo queimado, estraçalhado, pisoteado, perfurado...pois fora
vítima da Cruciatus também, quando Voldemort recuperara o corpo
e os poderes.
Após
alguns minutos intermináveis, Lúcio Malfoy deu fim ao sofrimento
de Snape, que ficou prostrado no chão, respirando com muita dificuldade.
Luna chorava, encolhida em um canto:
_
Porquê você fez isso, Lúcio..porquê? - balbuciava,
descontrolada. Lúcio Malfoy não respondeu, apenas lançou
um olhar repleto de rancoroso desprezo para a professora. Aproximou-se de Snape,
que tentava erguer-se com dificuldade, e chutou-lhe as costelas. O professor
rolou para o lado de Harry, gemendo de dor.
_
Dizem que os trouxas tem um esporte onde os oponentes tem que socar um ao outro...
- e riu, malicioso - ....isso deve ser uma espécie de terapia entre eles...-
e aplicou outro chute nas costelas do professor, que estatelou-se no chão.
Harry afastou-se ligeiramente, ainda sentado, enquanto Malfoy descarregava sua
raiva em Snape:
_ Já lhe agradeci por tudo o que tem feito por Draco, Severo? - e mais um chute nas costelas do professor fora o agradecimento.
Harry
começou a achar que a situação estava ficando crítica,
então lançou um olhar rápido para Sirius e viu que ele
estava decididamente recomposto. Enquanto Malfoy não cansava de espancar
Snape, Harry, ainda sentado no chão, calculava as chances deles escaparem.
Não poderiam contar com Hermione, e talvez nem mesmo com Snape
que, se saísse vivo dali, estaria com boa parte das costelas fraturadas.
Luna suplicava alguma coisa em espanhol, mas Harry só conseguia compreender
as palavras Severo e Lúcio.
Quando
achou que havia surrado Snape o suficiente, Malfoy abaixou-se, agarrando os
negros cabelos oleosos do professor e obrigando-o a olhar para ele:
_
Agora, Severo... observe bem o que eu vou fazer...porque foi você que
me obrigou a isso...Precipitaecorpus! falou, apontando a varinha para Luna,
e Harry acompanhou, horrorizado, a professora ser arrastada com violência
do lugar onde estava e atirada no poço.
_
Não! - berrou Snape, ajoelhando-se, enquanto Malfoy lançava-se
na direção de Harry:
_
Agora, moleque, você vai encontrar seus pais no inferno! - disse, agarrando
o menino pelo pescoço e erguendo a varinha - Avad...
Mas
então Harry ouviu um bater de asas muito próximo da cabeça
dele e Malfoy não pode acabar de dizer o Avadra Kedrava, porque uma coruja
marrom arrancava-lhe a varinha da mão. Um rosnado feroz e um guincho
de dor anunciavam que Sirius se transformara num grande cão preto e atacara
Avery, enquanto a coruja voltava novamente a ser Luna Cortazar e desarmara Rabicho
com a varinha de Malfoy, usando o expelliarmus. Snape erguia-se desajeitado
e Harry, aproveitando a confusão, acertou um violento chute numa região
muito delicada de Malfoy. Sirius, transformado novamente em homem, engalfinhava-se
com Avery, recuperando as varinhas de todos.
Malfoy
tinha um olhar rancoroso para Snape, enquanto Rabicho tremia, ameaçado
por Luna. O braço de Avery pingava sangue, e ele corria os olhos para
todos os lados, como se buscasse um meio de escapar. Sirius apontava a varinha
ora para Rabicho, ora para Avery. Harry correu para onde Hermione havia caído.
_
Parece...parece que ocorreu um imprevisto, Lúcio. - Snape falou, com
alguma dificuldade.
Malfoy
não respondeu.
Sirius
olhou com ferocidade para Rabicho, depois, para Snape:
_
O que vamos fazer com eles? - perguntou.
_
Deixá-los ir. - Snape falou, com uma voz muito fria.
Luna
e Sirius olharam com muita indignação para Snape, que rebateu
o olhar de ambos com firmeza:
_
Éramos amigos...mas o Lord das Trevas nos separou... - falou, com amargura.
Sirius então adiantou-se e partiu ao meio as varinhas de Malfoy e Avery,
enquanto Luna fazia o mesmo com a de Rabicho.
_
Desaparatem agora! - continuou Snape, com o pouco de energia que lhe restava.
Malfoy
e Avery, lançando um olhar carregado de ira para Snape e Sirius, desaparataram
instantaneamente. Sirius encarou Rabicho com muito desprezo, como se dizendo
que em breve acertariam as contas. Observou-o desaparatar e falou, com a voz
rouca de ódio, sem mesmo voltar-se:
_ Da próxima vez, será diferente, Snape. - mas, quando virou-se, o professor já havia desmaiado e Luna tentava reanimá-lo.
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