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FIGURAS DO VER NA OBRA DO PADRE ANTÓNIO VIEIRA.
ALGUMAS OBSERVAÇÕES *
Florence Lévi
Paris III


    Em razão do tempo que me é concedido, limitar-me-ei a analisar as figuras seguintes :

- Ver, crer e esperar
- Ver e ser visto
- Ver e chorar

     Tomo por base os sermões

- do Santíssimo Sacramento (Lisboa, 1669)
- das Lágrimas de S. Pedro (Lisboa, 1669)
- da Quinta Terça-feira da Quaresma (Roma, 1673)
- da Quinta Quarta-feira da Quaresma (Lisboa, 1669)

   Não me ocuparei aqui de todo o que diz respeito à visão dos profetas, dos « videntes », pois que se trata de um dos aspectos mais conhecidos e mais estudados da obra de Vieira pregador e missionário.
   Tentarei mostrar a intertextualidade existente tanto com os textos sagrados - o Antigo e o Novo Testamento - e a filosofia da Antiguidade e da Idade Média, como com alguns pensamentos contemporâneos (nomeadamente Derrida). Com isto, procurarei demonstrar a originalidade de Vieira.

1 - Ver, crer e esperar

   Antes de analisar o Sermão do Santíssimo Sacramento, pregado no Convento da Esperança em 1669, retomarei o que Vieira escreve na Apologia das Coisas Profetizadas e na História do Futuro, pois ver, crer e esperar são intimamente interligados na sua argumentação  :
na Apologia das Coisas Profetizadas, Vieira toma como referência Santo Agostinho para afirmar que o cumprimento das promessas divinas é a garantia do cumprimento das promessas futuras. E conclui :

      « Toda a força desta grande razão se reduz a três palavras, ou a três sílabas : ler, ver, crer : ler o passado, ver o presente, crer o futuro. Se todas as coisas as líamos antes de nenhuma delas estar cumprida, as líamos na mesma escritura, ou no mesmo livro, hoje que vemos com nossos olhos cumprida tão grande parte delas, por que não havemos de crer que hão-de cumprir as demais ? Isto não só é incredulidade, senão ingratidão, ingrate. » 1

   O ver é a condição do crer, mas o crer é igualmente condição do ver :

« Os que pela experiência do que têm visto crêem o que está prometido, vê-lo-ão, porque são dignos de o verem ; os que não crêem, ou não querem crer, a sua mesma incredulidade será a sua sentença, e já que não creram, não o verão. »2

   Os que não vêem são os que têm olhos vendados : é o caso dos Judeus - lembremo-nos da sinagoga com os olhos vendados - dos heréticos, dos fariseus, mas sobretudo dos católicos : eles não vêem com os olhos abertos na medida em que a fé deveria ter-lhes aberto os olhos.
   É preciso notar a distinção entre o véu que os homens põem voluntariamente sobre os olhos e o véu ou a nuvem que Deus interpões entre os olhos dos homens e algumas realidades que serão reveladas « em tempo oportuno ». Quando são os homens que põem o véu, têm de retirá-lo para ver. Para tanto, Vieira incita e exorta os leitores da sua História do Futuro :

« Peço e protesto a todos os que lerem esta História, ou que tirem primeiro o véu de sobre os olhos, ou que a não leiam. » 3

   Contudo, embora Vieira intitule a sua famosa carta ao bispo do Japão Esperanças de Portugal, na qual demonstra a verdade das profecias de Bandarra, crer no futuro profetizado não é exactamente a mesma coisa que esperar.

Esperar e ver

   O sermão do Santíssimo Sacramento pretende demonstrar que o sacramento é o alimento da Esperança, por estranho e paradoxal que pareça. Eis o paradoxo : o objecto da esperança é a visão de Deus. Ora, quando Jesus consagrou o pão, fez-se invisível.
Se « A Deus invisível pode-o crer a Fé, a Deus invisível pode-o abraçar a Caridade, a Deus invisível, não o pode lograr a Esperança. Se o objecto da Esperança é Deus visto, e a essência do sacramento é Deus não ser visto, nem visível, que por isso se chama Sacramento, como estará a Esperança satisfeita neste desvio, contente neste desengano, e sossegada neste impossível ? »4

   Tal paradoxo explica-se do seguinte modo : é precisamente para satisfazer a esperança que o pão do céu desceu do Céu. Se Cristo não é visível, é porque prefere satisfazer a esperança e os desejos do que os olhos :

   « E como a Cristo lhe vai melhor com as nossas saudades que com os nossos olhos, por isso se quis deixar em disfarce de desejado, e não em trajes de visto. Descoberto para os olhos, não ; encoberto sim para as saudades. Conheça logo a nossa devoção que é fineza, e não implicação do amor de Cristo, o deixar-se invisível naquele mistério. »5

    Vieira retoma quase que textualmente a ideia enunciada pelo S. Paulo na Epístola aos Romanos (VIII, 24-25) :

- S. Paulo :
 « Porque em esperança somos salvos. Ora a esperança que se vê não é esperança; porque o que alguém vê como o esperará ? Mas, se esperamos o que não vemos, com paciência o esperamos. »

- Vieira :
« A Esperança que chegou a ver o Sumo Bem esperado, já não é Esperança ; porque quem espera ainda não vê, e quem vê já não espera. »6

   Vale aqui um parêntesis para relevar o interesse semântico da dupla significação em português de esperar - esperar e esperança. Observe-se que a língua francesa apresenta duas palavras distintas (espérer et attendre).

   Por conseguinte, no Santo Sacramento, Cristo fez-se invisível, ou, antes, ausentou-se de nós sem se ausentar. Ele dá-se a ver num espelho :

« Se Deus se dá a comer, não se dará a ver ? Se Deus fez de si prato, não fará de si espelho ? Segura está a confiança. »7

   A esperança existe só enquanto não vê, mas é sua aspiração em ver que fá-la existir :

« A Esperança  é um afecto que, suspirando sempre por ver, vive de não ver, e morre com a vista. »8

   Vieira distingue, eu diria de maneira moderna, entre a privação real - em razão da morte do outro - e a privação na presença e estima que suportá-la é a mais difícil tarefa :

   « Presença com lei de não ver é pior que ausência. Tal é a de Cristo no Sacramento.  »9
   « Encobrindo-se pois Cristo no sacramento, ainda que está presente com os homens, a quem ama, está presente sem os ver ; e a presença sem vista é maior pena que a ausência. [...] Porém, o não ver estando ausente, ainda que seja a mesma privação, não é a mesma dor ; estar ausente e não ver, é padecer a ausência na ausência ; mas não ver estando presente, é padecer a ausência na presença. E se isto nas palavras é contradição, que violência será na vontade ? »10

   Arrisco aqui a estabelecer um paralelo entre esta argumentação e a que se encontra na comparação entre a cegueira ligada à privação da vista e a cegueira resultante de um erro da vista, esta última sendo considerada mais grave que a primeira. A privação - real no caso de Cristo, natural, anatômica e fisiológica no caso da cegueira - é menos grave que a incapacidade em ver por culpa ou erro ou que a simples ausência, porque não têm remédio, como diz aliás o provérbio : « o que não tem remédio, remediado está ».
   Mas, ainda no registro da esperança, tratada por Vieira em diversos lugares da sua obra, é possível observar uma semelhança com Francisco de Quevedo, que, zombando dos Judeus, escreve :

   «On nous tient communément pour les obstinés de l'espérance sans fin, et nous sommes, par le refus de la vérité, les gens qui désespèrent le plus de la vie. Nous, les Juifs, ne haïssons et n'avons jamais tant rien haï que l'espérance. Nous sommes le comble de l'incrédulité, et espérance et incrédulité ne sont pas compatibles : nous n'espérons rien et il n'y a rien à espérer de nous. [...] Nous disons donc que nous ne cessons d'espérer pour dissimuler que nous ne cessons de désespérer. » (Ile des Monopantes)11

   Para Vieira, esperar é o maior tormento existente, razão pela qual infligiu-se aos Judeus, que não creram na vinda do Messias tão esperado, o castigo de esperar ainda este Messias :

    «  O maior pecado que se cometeu no mundo foi a morte do Filho de Deus : e que castigo deu a divina justiça, que castigo deu a divina severidade aos Judeus por este maior de todos os delitos, de não crerem, e de matarem ao Messias ? O castigo foi que esperassem por ele : castigou-lhes a falta da fé com a continuação da esperança. Vós não crestes ? Pois esperareis. » 12

   Se esperar é o maior tormento, ser esperado é o maior empenho :

    Não há maior tormento no mundo que o esperar : nem pode haver maior empenho no mundo que o ser esperado. Quem se sujeitou a esperar sacrificou-se à maior pena : quem se sujeitou a ser esperado, arriscou-se à maior empresa. »13

    Assim como a esperança tem o seu fim na vista, o que é esperado na figura do libertador, isto é o Encoberto, não pode ser o que por todos é esperado, porque o esperado é, na verdade, o inesperado :

« E já que vai de esperanças não deixemos de passar sem ponderação aquelas palavras misteriosas da profecia (de frei Gil) : Insperate ab insperato redimeris . [...] Que seria remido Portugal não esperadamente por um rei não esperado. Segue-se logo evidentemente que não podia el-rei D. Sebastião ser o libertador de Portugal, porque o libertador prometido havia-de ser um rei não esperado ; e el-rei D. Sebastião era tão esperado vulgarmente, como sabemos todos. Assim que os mesmos sequazes desta opinião com seu esperar destruíam sua esperança : porque quanto o faziam mais esperado, tanto confirmavam mais que não era ele o prometido ; podendo-se-lhe aplicar propriamente aquelas palavras que S. Paulo disse de Abraão : contra spem in spem credidit : que creram em uma esperança contrária à sua mesma esperança ; porque pelo mesmo que esperavam, tinham obrigação de não esperar. »14

   E isto nos lembra uma afirmação de Jacques Derrida : o Messias aparecerá de modo inesperado. Se fosse esperado, não seria o Messias.

2 - Ver e ser visto

   « O maior perigo e o maior laço são os olhos alheios ». Assim começa o sermão da Quinta terça-feira da Quaresma. Porque « sendo tão natural no homem o desejo de ver, o apetite de ser visto é muito maior. » Vieira retoma aqui as palavras de Job :

«  Souviens-toi [ô Dieu ] que ma vie est un souffle : mon œil ne verra plus le bonheur. Le regard qui m'a aperçu ne se posera plus sur moi : tu me fixes de ton regard, et c'en est fait de moi. »

   O desejo de ser visto é mais forte que o desejo de ver. Os homens não suportam o facto de não serem vistos depois da morte, e é por isso que as sepulturas romanas eram ornamentadas com estátuas do defunto. Os homens agem para ser vistos, enquanto as boas obras devem ser feitas unicamente para os olhos de Deus, e acima de tudo, o que é mais « heróico », para Deus como se Deus não tivesse olhos :

   « Tudo aquilo o que se faz para ser visto dos homens, ainda que se faça, não se faz »15
«  Porque a luz é o maior perigo das boas obras. A virtude é como o segredo : oculto, conserva-se ; manifesto, perde-se. »16

   Há na obra de Vieira um encômio das coisas feitas em segredo, longe dos olhos dos homens, mas também da sua língua. Antes viver para Deus que para os homens. Muito se poderia dizer aqui a este respeito. Porém, em função do pouco tempo que me é concedido, lembro-lhes apenas que Vieira escreve sobre o deserto.
   Obrar para os olhos de Deus e graças à certidão do olhar de Deus foi o que fez Abraão no momento do sacrifício de Isaac :

«[...] : e como Abraão conheceu certamente que Deus o havia de ver, e os olhos de Deus lhe haviam de fazer o teatro naquela grande acção, este foi o pensamento e o motivo com que se resolveu a sacrificar o filho. »17

   Abraão está convicto que Deus o olhará depois de lhe ter pedido ir « à terra da vista » (o monte Moriah). Teria contudo sido mais « heróico » se tivesse obrado como se Deus não tivesse olhos e não o visse.
   Pode-se perguntar se Vieira concordaria com o que escrevem Kierkegaard (em Crainte et tremblement) e Derrida (em Donner la mort) sobre o segredo de Abraão - em relação a sua família - e a responsabilidade diante do Outro... ( Deus olha para mim e eu não o vejo, e é a partir deste olhar que olha para mim que minha responsabilidade se inicia). Para Derrida, a economia do sacrifício relaciona-se com a economia do segredo.
   Para Vieira, se Abraão está pronto a sacrificar o seu filho porque ele sabe que Deus o olha, outro é o sacrifício de Cristo no Santo Sacramento, aquele que consiste em não ver os homens :

« porque se em consagrar o pão consiste o Sacramento, em não ver os homens consiste o sacrifício. »18

   Seja como for, vale rapidamente assinalar que esta problemática do olhar, do oculto e do visível, presente na obra de Vieira, encontra-se igualmente na Literatura e na Pintura barrocas.

3 - Ver e chorar

   O sermão das Lágrimas de S. Pedro (Lisboa, 1669) tem por objectivo explicar por que depois de uma criada ter reconhecido Pedro como um dos seguidores de Jesus, Pedro negou-o três vezes ; mas quando cantou o galo, Pedro saiu e chorou amargamente.19 « Cantou o galo, olhou Cristo, chorou Pedro ». Vieira compara, então, os olhos e os outros orgãos dos sentidos. Enquanto os outros orgãos têm uma só função (o nariz, por exemplo, para o sentir), os olhos têm duas : ver e chorar. Choramos porque vimos. O chorar é consequência do pecado original, porque enquanto Eva não tinha caído, e visto a macieira, não tinha chorado. Foi após o pecado original que ela e Adão tiveram os olhos abertos :

    « Aquela vista (de Eva) foi a que converteu o Paraíso de deleites em vale de lágrimas ; por aquela vista choramos todos. »20

   O ver, de maneira indirecta, é a causa do chorar porque o acto intermediário é o do pecado :

« Do ver segue-se o pecar ; do pecar segue-se o chorar ; e por isso o chorar é consequência do ver. »21

   Vieira exprime o mesmo raciocínio de maneira ainda mais explicita noutro sermão quando, enquanto herdeiro da Bíblia e de santo Agostinho, evoca a concupiscência dos olhos. Porém, neste sermão das Lágrimas de S. Pedro, acentua a consequência desta concupiscência, a saber as lágrimas.

   É uma concepção toponímica dos olhos que Vieira enuncia (que se tenha como ilustração as descrições da boca e da língua pelos religiosos da Idade Média). Pelo mesmo lugar entram os pecados e saem as lágrimas, o que explica a incompatibilidade de ambos. Para melhor convencer o seu auditório, Vieira compara com o mar :

   « Notável filosofia é a dos nossos olhos no chorar e não chorar. Se choramos, o nosso ver foi a causa ; e se não choramos, o nosso ver é o impedimento. Como estes nossos olhos são as portas do ver e do chorar, encontram-se nestas portas as lágrimas com as vistas ; as vistas para entrar, as lágrimas para sair. E porque as lágrimas são mais grossas, e as vistas mais subtis, entram de tropel as vistas, e não podem sair as lágrimas. Vistes já nas barras do mar, encontrar-se a força da maré com as correntes dos rios; e porque o peso do mar é mais poderoso, vistes como as ondas entram, e os rios param ? Pois o mesmo passa nos nossos olhos. Todos os objectos deste mar imenso do mundo, e mais os que mais amamos, são as ondas, que umas sobre outras entram pelos nossos olhos; e ainda que as lágrimas dos mesmos olhos tenham tantas causas para sair, como o sentido do ver, pode mais que o sentido do chorar, vemos quando havíamos de chorar, e não choramos, porque não cessamos de ver. » 22

   Como na Idade Média, as observações de ordem anatómica coexistem com as observações de ordem ética:

   « E pois as correntes do pecado entram pelos olhos vendo, justo é, que as correntes das lágrimas saiam pelos mesmos olhos chorando. »23

   Quer dizer : o que a natureza fez explica-se também pela razão, pela justiça e pela graça :

   « Vede que misteriosamente puseram as lágrimas nos olhos a natureza, a justiça, a razão, a graça. A natureza para remédio ; a justiça para castigo ; a razão para arrependimento ; a graça para triunfo. »24

   Reencontramos a ideia comum na idade Média, mais uma vez, segundo a qual somos castigados por onde pecamos. Mas os pecados dos olhos não são os únicos a serem castigados pelas lágrimas ; todos os pecados têm sua origem nos olhos, « cúmplices de todos os pecados », o que explica que

   « Razão é logo e justiça, e não só graça, senão natureza, que [...] paguem os olhos por todos (os pecados) chorando, já que pecaram em todos vendo. »25

   Como não se pode ver e chorar ao mesmo tempo, para poder chorar, é preciso já não ver. É por isso que Pedro resolve-se a enterrar-se numa cova e que David escolhe a noite para deixar correr as suas lágrimas.
   Além disto, o sermão das Lágrimas de S. Pedro procura demonstrar a importância do olhar de Cristo. No momento em que Jesus passa à conversão de seus apóstolos, Pedro converte-se. Tal não ocorre com Judas . Por quê ?

   « Porque tanto vai de olhar Cristo ou não olhar. A Pedro pôs-lhe os olhos Cristo : Respexit Petrum (Luc XXII, 63) : a Judas não lhe pôs os olhos. Se Cristo põe os olhos, basta a voz irracional de um galo para converter pecadores : se cristo não põe os olhos, não basta a voz, nem bastam sete vozes do mesmo Cristo para converter. [...] »26

   Mais uma vez, o oculto é o que dá valor, porque as lágrimas de S. Pedro, públicas no seu derramar e « as mais bem nascidas lágrimas que nunca se choraram no mundo », têm sua origem e fonte ocultas. Nos olhos de Cristo :

    « As mais bem nascidas lágrimas que nunca se choraram no mundo, foram as de S. Pedro, porque tiveram o seu nascimento nos olhos de Cristo : nos olhos de Cristo nasceram, dos olhos de Pedro manaram : nos de Cristo quando viu : Respexit Petrum ; dos de Pedro quando chorou : Flevit amare. »27

   A conclusão que Vieira dirige aos seus ouvintes neste dia da Semana Santa é uma exortação a cerrar os olhos e a chorar :

   « Aquelas pestanas cerradas sejam as sedes de que teçamos um cilício muito apertado a nossos olhos. Não são os olhos aqueles grandes pecadores que pecam em todos os pecados ? Pois tragam esta semana este cilício. » 28

   Quanto à minha, direi que somos confrontados a uma série de paradoxos cuja resolução parece perfeitamente lógica, graças ao dom retórico de Vieira. Os paradoxos, em vez de se constituírem em aporias, são estímulos para o pensamento, e parece-me que, relevando da hermenêutica específica de Vieira e apresentando muitos elementos barrocos, podem ser pertinentes ainda hoje.
 
 
 

Florence Lévi
Paris III
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* Comunicação apresentado no 6º Congresso da AIL.
1 Apologia das Coisas Profetizadas, Organização e Fixação do texto de Adma Fadul Muhana, Lisboa, Cotovia, 1994, p. 79.
2  História  do Futuro, Introdução, actualização do texto e notas por Maria Leonor Buescu, Lisboa, Imprensa Nacional - Casa da Moeda, 1992, p. 77.
3 História do Futuro, p. 165.
4 S. do Santíssimo Sacramento, Porto, Lello & Irmão, 1993,  vol. IV, p. 910.
5 S. do Santíssimo Sacramento, 1645, vol. IV, p. 1047.
6  S. do Santíssimo Sacramento, 1669, vol. IV, p. 920.
7 Ibid.
8 Ibid.
9 S. do Mandamento, 1650, vol. IV, p. 369.
10 Ibid., p. 368 et 370.
11 Citado in Albiac, G. , La synagogue vide, PUF, 1994, p. 174.
12 S.da primeira Oitava da Páscoa, 1647, vol. IV, p. 685.
13  S. da 1a Oitava da Páscoa, 1647, vol. IV, p. 684.
14 S. dos Bons Anos, 1641, vol. 1, p. 393.
15  S. da Quinta Terça-Feira da Quaresma, vol. IV, p. 81.
16 Ibid., p. 82.
17 S. da Quinta Terça- Feira da Quaresma, vol. IV, p. 89.
18 S. do Mandato, Lisboa, 1650, vol. IV, p. 376.
19 Cf. Matthieu 26, 69-74 : « Ora Pedro estava assentado fora, no pátio ; e, aproximando-se dele uma criada, disse : Tu também estavas com Jesus, o Galileu. Mas ele negou diante de todos, dizendo : não sei o que dizes. E, saindo para o vestíbulo, outra criada o viu e disse aos que ali estavam : Este também estava com Jesus o Nazareno. E ele negou outra vez com juramento : não conheço tal homem. E, daí a pouco, aproximando-se os que ali estavam, disseram a Pedro : verdadeiramente também tu és deles, pois a tua fala te denuncia. Então começou ele a praguejar e a jurar, dizendo : não conheço esse homem. E imediatamente o galo cantou. E lembrou-se Pedro das palavras de Jesus, que lhe dissera : antes que o galo cante, três vezes me negarás. E, saindo dali, chorou amargamente. »
20 Sermão das Lágrimas de S. Pedro, vol. II, p. 571.
21 Ibid., p. 573.
22 Ibid., p. 581.
23 Ibid., p. 577.
24 Ibid., p. 577.
25 Ibid., p. 577.
26 Ibid., p. 568.
27 Ibid., p. 568.
28 Ibid., p. 588.


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