QUADRO II
CRONOLOGIA DO PADRE ANTONIO
VIEIRA
De 1601 à 1625 |
De 1626 à 1640 |
De 1641 à 1650 |
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06 de fevereiro de 1608 - Nasce Antonio
Vieira, filho de Cristóvão Vieira Rovasco e de Maria de Azevedo, na
Rua dos Cônegos, em Lisboa. 15 de fevereiro de 1608 - Antonio Vieira
é batizado na Freguesia da Sé. 1609 - Cristóvão Vieira Rovasco embarca para
Bahia, para ocupar o ofício de escrivão dos agravos e apelações da relação
da Bahia. 1612 - Cristóvão Vieira Rovasco retorna para
Lisboa com o intuito de buscar a mulher e o filho. 1614 - Cristóvão Vieira Rovasco volta para
a Bahia com a família[i]. |
11 de março de 1623 - Primeiro movimento
do espírito de Vieira em direção a Companhia de Jesus, ao ouvir o Auto
de São Lourenço, pregado pelo Padre Manuel de Conto[ii]. 05 de Maio de 1623[iii]
- Antonio Vieira foge de casa com o objetivo de pedir permissão para
os padres da Companhia de Jesus para que o aceite na Companhia[iv],
sendo recebido ao noviciado no dia seguinte. 1625 - Vieira teria realizado um voto de dedicação
aos índios. |
1626 - Começa a lecionar retórica no Colégio
de Olinda. 30 de julho de 1626[v]
- Dada da Carta Ânua, composta por Antonio Vieira e dirigida ao Geral
da Companhia. 1633 - Sobe ao púlpito pela primeira vez,
em Salvador[vi]. 1634 - Prega o sermão de São Sebastião, contra
o domínio dos espanhóis sobre Portugal. 10 de dezembro de 1634[vii]
- É ordenado presbítero. 1638 - É nomeado Prof. de Teologia em Salvador. 1640 - Prega o Sermão do bom sucesso das armas
de Portugal contra as de Holanda, na Bahia. |
27 de fevereiro de 1641[viii]
- Vieira embarca para Portugal, junto a uma comitiva brasileira que
levaria a adesão da colônia à Restauração Portuguesa e ao Rei D. João
IV, chegando em Lisboa em 30 de abril de 1641. 01 de janeiro de 1642 - Prega pela
primeira vez no púlpito da capela real. 26 de maio de 1644 - realiza seus últimos
votos na Companhia, alcançando o grau de professo. 1644 - É nomeado pregador régio. 01 de fevereiro de 1646 - Parte para
Haia em primeira missão diplomática em nome do Rei. Passa pela França,
em busca de apoio. Chega em Haia no dia 18 de abril de 1646, partindo
de volta a Lisboa em julho. |
30 de agosto de 1647[ix]
- Parte para a França em missão diplomática, onde levava proposta de
casamento do Filho do Rei de Portugal (D. Teodósio) com a filha do Duque
de Orleans (Melle de Montpensier). Se aceito fosse, D. João IV abdicaria
ao trono de Portugal a favor de seu filho, retirando-se para o Brasil,
que se tornaria uma monarquia[x]. Chega em Paris
em 11 de outubro de 1647, partindo depois para Haia com o objetivo de
auxiliar nas questões diplomáticas com a Holanda. 08 de janeiro de 1650[xi]
- Parte para Roma, em missão diplomática, com o intuito de promover
uma revolta de Nápoles contra a Espanha, além de propor casamento do
príncipe D. Teodósio com a herdeira do trono espanhol, D. Maria Teresa,
chegando a Roma em 16 de fevereiro de 1650. |
CRONOLOGIA DO PADRE ANTONIO
VIEIRA
De 1651 à 1661 |
De 1662 e 1665 |
De 1666 à 1700 |
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22 de novembro de 1652 - Embarca para
o Maranhão, desembarcando em São Luis à 16 de janeiro de 1653. 02 de fevereiro de 1653 - Prega pela
primeira vez no Maranhão: Sermão da Primeira Dominga da Quaresma (o
das tentações). 1654 - Parte em excursão missionária ao Rio
dos Tocantis, onde tem desavenças com
o sertanejo Gaspar Cardoso, que ignora a presença dos padres na excursão. 16 de junho de 1654 - Parte para Portugal,
buscando as garantias necessárias para a atuação missionária no Maranhão,
chegando no mês de novembro em Lisboa. 16 de abril de 1655 - Parte vitorioso
de volta ao Brasil, chegando ao Maranhão em 16 de maio de 1655. |
1656 - Morte de D. João IV e início da decadência
de Vieira na corte. 13 de abril de 1660 - É pedido, pela Inauisição,
a carta de Vieira enviada ao Padre André de Barros e intitulada “Esperanças
de Portugal”. 10 de janeiro de 1661[xii]
- Carta da câmara de São Luís ao Padre Antonio Vieira, onde se coloca
a necessidade da utilização da mão de obra indígena. 17 de julho de 1661 - Colégio dos jesuítas
é assaltado e os padres da Companhia de Jesus são todos presos. Logo
em seguida Vieira é preso em Belém do Pará. É deportado para Portugal
juntamente com os demais padres da Companhia. |
06 de janeiro de 1662 - Já em Portugal,
prega o Sermão da Epifania na capela real, em defesa dos jesuítas. 1662 - Vieira é proibido de retornar às missões.
É mandado para o Porto, em desterro. 21 de junho de 1662 - É chamado para comparecer
junto ao tribunal inquisitorial, em Coimbra. 05 de abril de 1664 - É dado o libelo
inquisitorial à Vieira: culpado. É permitido a Vieira responder suas
acusações por escrito. Fevereiro de 1665 - Recebe os livros
do Abade Joaquim e de Santo isidoro de Sevilha. 01 de outubro de 1665 - É encarcerado
pela inquisição de Coimbra. |
1666 - Ano em que Vieira esperava que fosse
se estabelecer o Quinto Império. 21 de junho de 1666[xiii]
- Entrega sua representação ao Santo Ofício. 23 de dezembro de 1667[xiv]
- Sentença de Vieira pela Inquisição: reclusão no antigo Mosteiro de
Pedroso e proibição de pregar ou escrever. 12 de Junho de 1668 - Vieira é absolvido
da pena, por influência da Corte Portuguesa. 21 de agosto de 1669 - parte para
Roma, onde chega à 21 de novembro de 1669. 17 de abril de 1675 - Adquire um breve
Papal que o isenta de qualquer jurisdição dos inquisidores portugueses.
Logo em seguida retorna à Portugal, chegando à Lisboa em 23 de agosto
de 1675. |
27 de janeiro de 1681 - Parte para
a Bahia[xv]. 1685 - Na Espanha, espalha-se que Vieira teria
sido queimado em um auto de fé. 1688 - É nomeado Visitador da província do
Brasil, exercendo o cargo por três anos. 15 de dezembro de 1688 - Prega, na
Bahia, sermão em comemoração ao nascimento, em Lisboa, da nova esperança
do Quinto Império, o infante D. João, filho de D. Pedro II, que morre
depois de um mês. 06 de fevereiro de 1694 - Vieira solicita,
em circular para seus amigos, que não se comuniquem mais com ele. 18 de junho de 1697 - Morre na Bahia |
[i] João Francisco Lisboa data de 1615 a partida dos Ravasco para a Bahia.
[ii] Segundo Serafim Leite, este fato estaria relatado no diário de Vieira, do qual teria conhecimento a partir da biografia escrita por André de Barros. Tal auto seria, segundo João Lucio de Azevedo, sobre a História do Inferno.
[iii] João Francisco Lisboa afirma que Vieira foge para o Colégio dos Jesuítas em 1625. Já Serafim Leite diz que este episódio nunca acontecera, tendo em vista que o Colégio só aceitava o ingresso na ordem com a autorização dos pais.
[iv] Segundo Hernâni Cidade, após ouvir uma prédica a respeito dos tormentos do Inferno.
[v] Primeiro documento redigido por Vieira, dando especial atenção para o conflito com os Holandeses.
[vi] Seu primeiro sermão seria destinado aos cultos da gramática militar.
[vii] João Francisco Lisboa data de 1635, e João Lucio de Azevedo de 19 de dezembro de 1634.
[viii] Hernâni Cidade data a partida de Vieira para Portugal no ano de 1640.
[ix] Data João Lucio de Azevedo de 13 de agosto de 1647.
[x] “Portugal sem Brasil era trono que não merecia aventura (p.71)”. Embaixador português na França, Marquês de Niza, se posicionou contra tal proposta. CIDADE, Hernani. Padre Antonio Vieira. Op. Cit.
[xi] João Francisco Lisboa data de 10 de janeiro de 1650.
[xii] Hernâni Cidade data de 15 de janeiro de 1661 a entrega desta carta.
[xiii] João Lucio de Azevedo data de 23 de julho de 1666 a entrega de tal documento.
[xiv] João Lucio de Azevedo data de 18 de outubro de 1667 a data em que fora dada a sentença a Vieira. É importante lembrar aqui que, em 23 de novembro deste ano ocorreria a renúncia de D. Afonso.
[xv] “Mais se arrancou do que saiu da pátria (p.244)”. Palavras do Bispo de Viseu, citado por João Francisco Lisboa.