Vida e Obra de Bernardo Guimarães
  poeta e romancista brasileiro [1825-1884 - biografia]

 
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Conto "Pão de Ouro"

O que diz o crítico
Basílio de Magalhães
Autor desenvolve a lenda da "Mão do Ouro"

No conto "O Pão de Ouro", teve Bernardo Guimarães em vista, como se deduz do capítulo inicial, desenvolver a lenda da "Mãe do Ouro", que realmente encheu a imaginação dos tão crédulos quanto destemerosos bandeirantes paulistas.

Deixou-se guiar pela mesma desordenada fantasia do romance "A Ilha Maldita". Conto e romance saíram num mesmo volume.

Sobre os indígenas do Brasil correram mundo várias lendas, como a das amazonas, que enfrentaram o aventureiro Orelana, o qual, descendo o grande rio, então pela primeira vez navegado por europeus, talvez imaginosamente transvestisse em mulheres os selvagens guerreiros de cabelo comprido, visto por ele à distância.

Nunca, no entanto, me constou houvesse em cronistas nossos ou de qualquer origem referência a uma tribo de tatus-brancos, isto é, autóctones claros e de pequena estatura com unhas formidáveis, residindo em buracos de morros e saindo das suas luras somente à noite, por nada avistarem à luz meridiana.

Percebem-se nesta novela uns vislumbres de influência da de Alencar sobre a conquista da terra cearense (a "Iracema" foi publicada em 1865), configurando-se no paulista Gaspar Nunes e na anônima rainha dos tatus-brancos, que por ele se apaixonou, umas imperfeitas miniaturas de Martim Soares Moreno e da filha de Araken.

Galdino Fernandes Pinheiro, em suas "Narrativas Brasileiras", publicadas em 1884, deu abrigo a uma lenda do bandeirismo paulista, "Sertório", a qual tem certos visos de parecença com "O Pão de Ouro".