Itália
Copa do Mundo de 1990

Classificação
1. Alemanha Oc.
2. Argentina
3. Itália
4. Inglaterra
5. Iugoslávia
6. Tchecoslováquia
7. Camarões
8. Eire
9. BRASIL
10. Espanha
11. Bélgica
12. Romênia
13. Costa Rica
14. Colômbia
15. Holanda
16. Uruguai
17. URSS
18. Áustria
19. Escócia
20. Egito
21. Suécia
22. Coréia do Sul
23. EUA
24. Emirados Árabes

Alemanha vence pior Mundial

Comandada por Beckenbauer e Matthaus, equipe se vinga da Argentina de Maradona

A Campanha do Campeão
Primeira fase
10/06 Alemanha Oc. 4 x 1 Iugoslávia
15/06 Alemanha Oc. 5 x 1 Em. Árabes
19/06 Alemanha Oc. 1 x 1 Colômbia
Oitavas-de-final
24/06 Alemanha Oc. 2 x 1 Holanda
Quartas-de-final
01/07 Alemanha Oc. 1 x 0 Tchecoslováquia
Semifinais
03/07 Alemanha Oc. 1 x 1 Inglaterra
(4 a 3 nos pênaltis)
Final
08/07 Alemanha Oc. 1 x 0 Argentina
A Itália sediou a mais desiteressante de todas as Copas, em 1990. A Alemanha Ocidental ficou com o título por ter sido a equipe mais regular.
A final, a pior da história, foi uma revanche contra a Argentina. Vitória apertada por 1 a 0, graças a um pênalti (duvidoso) convertido por Brehme a seis minutos do fim.
Com um time muito fraco, a Argentina não mereceria conquistar seu terceiro título, apesar de ter eliminado o Brasil e o donos da casa - estes, na semifinal, nos pênaltis.
Ainda assim, Maradona, longe do brilho de 86, quase repetiu a façanha de quatro anos antes.
A vitória foi um prêmio para dois líderes: Franz Beckenbauer no banco e Lothar Matthaus em campo.
As boas surpresas da Copa foram Camarões e Colômbia. Mostraram que a mediocridade de 90 pode das lugar a uma nova ordem mundial no futebol.

A Final

A Seleção da Copa
GOLEIRO: Zenga (Itália)
ZAGUEIROS: Tataw (Camarões)
Baresi (Itália)
Ruggeri (Argentina)
Brehme (Alemanha Oc.)
MEIO-CAMPO: Buchwald (Alemanha Oc.)
Gascoigne (Inglaterra)
Maradona (Argentina)
Matthaus (Alemanha Oc.)
ATACANTES: Schillaci (Itália)
Skuhravy (Tchec.)
Artilheiro
Schillaci (Itália) - 6 gols
ALEMANHA - 1
Illgner; Brehme, Augenthaler, Berthold (Reuter) e Kohler; Buchwald, Hassler e Matthaus; Littbarski, Voeller e Klinsmann. Técnico: Franz Beckenbauer.

ARGENTINA - 0
Os Números da Copa
Jogos: 52
Gols: 115
Média de Gols: 2,2
Participantes: 24
Média de Público: 53.216
Goycochea; Lorenzo, Sensini, Ruggeri (Monzón) e Serrizuela; Simón, Basualdo e Maradona; Troglio, Burruchaga (Calderón) e Dezotti. Técnico: Carlos Bilardo.

Local: Estádio Olímpico (Roma)
Juiz: Edgardo Codesal Méndez (México)
Gol: Brehme (pênalti), aos 39min do segundo tempo

Brasil (9o lugar)
Titulares
Posição
J
G
Taffarel
Goleiro
4
-
Jorginho
Lateral
4
-
Mozer
Zagueiro
2
-
Ricardo G.
Zagueiro
4
-
Branco
Lateral
4
-
Mauro Galvão
Líbero
4
-
Dunga
Meio-Campo
4
-
Alemão
Meio-Campo
4
-
Valdo
Meio-Campo
4
-
Muller
Atacante
4
1
Careca
Atacante
4
2
Reservas
Acácio
Goleiro
-
-
Zé Carlos
Goleiro
-
-
Aldair
Zagueiro
-
-
Ricardo R.
Zagueiro
2
-
Mazinho
Lateral
-
-
Bismarck
Meio-Campo
-
-
Silas
Meio-Campo
3
-
Tita
Meio-Campo
-
-
Renato
Atacante
1
-
Romário
Atacante
1
-
Bebeto
Atacante
-
-
Técnico: Sebastião Lazaroni




Brasil: Seleção tímida decepciona

Foi a campanha mais decepcionante desde 66. Com um esquema tático tímido, Sebastião Lazaroni não levou o Brasil além das oitavas-de-final.
A equipe passou pela primeira fase com três vitórias magras em Turim: 2 a 1 sobre a Suécia, 1 a 0 contra a Costa Rica e Escócia.
Bastou uma jogada de Maradona, no final de Brasil x Argentina, para pôr Caniggia frente a frente com Taffarel. 1 a 0 e o Brasil estava fora.
Os números do Brasil
Jogos: 4
Gols Pró: 4
Gols Contra: 2
O time pagou pela falta de ousadia. O volante Dunga se tornou o símbolo de futebol triste daquela equipe.
No banco, três jogadores fundamentais na conquista da Copa América, um ano antes: o lateral Mazinho e os atacantes Bebeto e Romário.

A Campanha do Brasil
Eliminatórias
30/07/89
Venezuela 0 x 4 Brasil
13/08/89
Chile 1 x 1 Brasil
20/08/89
Brasil 6 x 0 Venezuela
03/09/89
Brasil 2 x 0 Chile
Primeira Fase
10/06
Brasil 2 x 1 Suécia
16/06
Brasil 1 x 0 Costa Rica
20/06
Brasil 1 x 0 Escócia
Oitavas-de-final
24/06
Argentina 1 x 0 Brasil

"Vim para dar alegria aos homens"

"Não sei pro que as pessoas ficam surpreendidas com o sucesso da nossa seleção.
Camarões está aqui para mostrar que o futebol da África já é um dos melhores.
As dificuldades econômicas não conseguem cortar a raiz de onde brotam os grandes jogadores que temos.
Eu não sou melhor do que ninguém. Estou aqui nessa terra, jogando futebol, para dar alegria aos homens. Este é o espírito que faz o nosso futebol ser alegre.
A Argentina, que era a campeã do mundo, deveria jogar como nós. Ela tem que mostrar ao mundo por que é a melhor seleção.
Mas perdeu para nós porque soubemos mostrar a alegria que faz o futebol africano ser o melhor exemplo para os próximos anos."

Do camaronês Roger Milla, sensação da Copa, antes da partida Camarões e Inglaterra, pelas quartas-de-final.

Curiosidade

O mais velho
Roger Milla, 38, se tornou o mais velho jogador a marcar um gol na história das Copas.

Paredão italiano
O goleiro Walter Zenga, da Itália, bateu o recorde de minutos sem levar gol em Copas, do alemão Sepp Maier (475min, nas Copas de 74 e 78). Ficou 517min invicto, até a semifinal contra a Argentina (1 a 1).

A Frase

"Estaremos juntos em 94."

De Bebeto, sobre ele mesmo e Romário, reservas em 90.



voltar