(Cartaz de Biró para o Primeiro
de Maio, durante a Revolução Húngara de 1919)
Mais um Primeiro de Maio de Luto e de Luta
- e isso não é chavão... infelizmente.
O luto poderia ser apenas um
singelo gesto para manter viva a memória dos chamados "Mártires
de Chicago", de 1886. Mas não: ainda ardem na nossa
lembrança as imagens do massacre, não faz muito
tempo, dias atrás mesmo, de 19 (segundo cifras oficiais)
dos nossos companheiros trabalhadores sem-terra, no Pará.
E isso só para não falar de outros assassinatos,
outras chacinas em tempos também não muito distantes.
Bem que a luta também
poderia ser uma bela lembrança de tempos heróicos
e ultrapassados. Mas não! Ela continua sendo a única
forma de assegurar a dignidade dos trabalhadores, dos marginalizados,
dos excluídos, como atestam em 1995 a prolongada greve
dos petroleiros, que ainda lutam pela anistia a seus sindicatos,
ou, em 1996, os movimentos grevistas dos servidores federais,
dos metalúrgicos e de outras tantas categorias - e tudo
isso sem falar da incansável luta, até a morte,
dos companheiros do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra
(MST) pela Reforma Agrária, neste país de tantas
injustiças.
Que nesse luto e nessas lutas, o Primeiro de Maio possa significar,
mais uma vez,
o renovar das nossas esperanças.
E isto não pode, não deve jamais virar chavão!
Luciano Zica - deputado federal (PT-SP)
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