O Estado Português tem, ao longo de quase dois séculos, tomado iniciativas com vista à devolução do Território de Olivença. Vários tratados internacionais e contactos bilaterais realizados entre os estados peninsulares permitiram, por diversas vezes, avançar um processo de retrocessão da superfície em disputa, sem que, até ao momento, a transferência de soberania se tenha concretizado.
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Por duas vezes, neste século, as reivindicações portuguesas estiveram para ser levantadas em organismos internacionais. Uma primeira vez aquando da Conferência de Paz de 1919, reunida no desfecho da 1ª Guerra Mundial. Uma segunda vez, durante o governo de Salazar, ao tempo em que o Embaixador Franco Nogueira dirigia o Ministério dos Negócios Estrangeiros. Sempre as razões de ordem política se sobrepuseram ao problema jurídico, impondo a conveniência conjuntural de adiar a solução do conflito e sujeitando o Povo Português à injúria de ver cativa uma parcela inalienável do território nacional.
Comissão Internacional de Limites
O primeiro comunicado público do Comité Olivença Portuguesa data de 12 de Agosto de 1988. A organização legalizou-se em 9 de Agosto de 1990, no cartório notarial de Estremoz, povoação onde tem a sua sede.
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O Comité Olivença Portuguesa distribui publicações em língua portuguesa pelas bibliotecas e pessoas particulares do Território de Olivença e fornece cassetes para aprendizagem da Língua Portuguesa, estabelecendo um contacto personalizado com muitas centenas de oliventinos mais próximos de Portugal.
Comité Olivença Portuguesa
O Grupo dos Amigos de Olivença constitui a mais antiga associação de defesa dos direitos portugueses sobre Olivença. Na sua origem encontra-se a Sociedade Pró-Olivença, fundada em 15 de Agosto de 1938. Em 1944 surge o Grupo dos Amigos de Olivença, sob o impulso de Francisco de Sousa Lamy, Amadeu Rodrigues Pires e Ventura Ledesma Abrantes, um oliventino "exilado" na capital do nosso país. A sua primeira junta directiva, eleita a 21 de Novembro de 1945 foi presidida pelo Dr. José Maria Cardoso.
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Desde cedo aderiram ao grupo prestigiadas figuras das letras, das ciências, das artes, das Forças Armadas e do mundo empresarial. Lembrem-se Jaime Cortesão, Raúl Machado, Hermano Neves, Raúl Esteves, Hernâni Cidade (presidente em 1971-74), Gustavo de Matos Sequeira, Rocha Júnior, Alberto de Sousa, Sidónio Muralha, Queirós Veloso (presidente em 1947-52), Hipólito Raposo, Paulo Caratão Soromenho (presidente em 1974-81), Cancela de Abreu, Conde de Almada, Henrique Tenreiro, Humberto Delgado (presidente da Assembleia Geral em 1958-59), Duque de Palmela (presidente em 1954-55), Veiga de Macedo, Cupertino de Miranda, João Pereira da Rosa, Tomé Feteira, Moses Amzalak, entre muitos outros.
Grupo dos Amigos de Olivença
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