O Cardeal Patriarca Cerejeira comentando a Concordata: «É certamente o estatuto mais completo desde há séculos que regula as relações entre a Igreja e o Estado em Portugal. E forçoso é confessar que foi elaborado num alto espírito de justiça e de verdade. O Estado aceita a Igreja como ela é. Encontra o facto católico, não só como um facto nacional mas ainda como um facto fundamental da vida histórica da Nação -e tradu-lo juridicamente.»
O Cardeal Patriarca Policarpo comentando a Lei da Liberdade Religiosa: «A primeira proposta pareceu-me um pouco mal amanhada e perigosa para o Estado, com a ideia ingénua de aplicar a Concordata a todas as outras religiões. Fiz, a seu propósito, algumas observações, que foram tidas em conta. Este projecto é melhor, mas trata a Igreja Católica de uma forma curiosa, pois tem implícita a ideia de que 'isto é assim enquanto existir a Concordata (que só é referida nas disposições transitórias), quando ela acabar muda-se'. Ora bem: ou há Concordata ou não há; se há, e eu creio ser útil que haja, tem de aparecer à cabeça. Por outro lado, o Estado tem um problema sério(...). Que critério adoptar então para distinguir o trigo do joio?».