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em: 03-NOV-1998
Esforço português na CPLP capitalizado pela CEDEAO
O ministro dos Negócios Estrangeiros português, Jaime Gama, considerou que o acordo geral de paz na Guiné-Bissau, assinado na madrugada de ontem em Abuja, constitui "um passo decisivo na direcção certa".
Em declarações à Agência Lusa, Jaime Gama felicitou "vivamente" as partes, sublinhando que da parte de Portugal "há a ideia de continuar a contribuir para o progresso económico e social Guiné-Bissau".
Desdramatizando o facto de Portugal ou a Comunidade de Países da Língua Portuguesa (CPLP) terem sido ultrapassados por uma mediação da Comunidade Económica dos Países da África Ocidental (CEDEAO), Gama considerou que tanto as autoridades portuguesas como a direcção da Comunidade "sempre se bateram pela substância da paz e não pelo formalismo da visibilidade". "Este encontro de Abuja, na sequência da reunião de Banjul, foi bem a prova de como é importante obter e realizar um acordo entre João Bernardo "Nino" Vieira e Ansumane Mané", sublinhou Jaime Gama.
O chefe da diplomacia portuguesa, que esteve na origem do encontro de Banjul, escusou-se a tecer mais comentários, alegando não conhecer à hora em que falava os termos "concretos e objectivos" do acordo rubricado em Abuja.
O secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, estava particularmente feliz com o desenlace. "Regozijamo-nos pelo acordo alcançado. Tudo o que seja feito para a pacificação na Guiné-Bissau é sempre louvável", disse Luís Amado à Agência Lusa. O secretário de Estado salientou "o esforço de Portugal", que tem "sido muito grande" no sentido de ajudar à paz naquele país africano de língua portuguesa, realçando também a mediação da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).
"A CPLP deu um impulso decisivo para a obtenção do cessar-fogo e da paz na Guiné-Bissau", acrescentou Luís Amado, sublinhando que na recente reunião de Abijan o acordo esteve prestes a ser alcançado. O Grupo de Contacto da CPLP, coordenado pelo MNE de Cabo Verde, José Luís de Jesus, obteve o primeiro acordo para o fim das hostilidades nas negociações realizadas a bordo da fragata portuguesa "Corte Real" a 26 de Julho, onde foi assinado o memorando de entendimento.
A 26 de Agosto, na Cidade da Praia, a CPLP mediou a assinatura do cessar-fogo entre as duas partes em conflito na Guiné-Bissau desde 7 de Junho. Com o reacender do conflito, no dia 18 de Outubro, em que o tiroteio recomeçou com grande intensidade em Bissau, o embaixador de Portugal na Guiné, Francisco Henriques da Silva, teve um papel preponderante na "troika" de países da UE (com o embaixador francês e a representante diplomática da Suécia) que mediou o cessar das hostilidades.
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