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Expresso 25 anos

30-1-99

Negociações intensas em Bissau

AS INTENSAS negociações a nível civil e militar registadas esta semana em Bissau para a calendarização da instalação no país das forças de interposição da Ecomog (e a consequente retirada das tropas do Senegal e da Guiné-Conacri, aliadas do Presidente Nino Vieira) parecem prestes a fazer sair o processo de paz do impasse em que encontra há várias semanas. Até quinta-feira nada tinha sido rubricado, mas ambas as partes estavam satisfeitas com o desenrolar dos trabalhos, que giram à volta de propostas apresentadas essencialmente pela Junta Militar, do líder revoltoso Ansumane Mané.

Os rebeldes sugeriram que a vinda da missão de paz se efectue até amanhã, fim do mês, e que a saída dos militares do Senegal e da Guiné-Conacri ocorra a partir da próxima quinta-feira. O Governo de transição tomaria posse no domingo dia 7. Aparentemente, tudo indica que haverá acordo, até porque a França anunciou que dará apoio logístico e financeiro à Ecomog, cujas forças poderão ser menos de metade dos 1500 homens previstos no acordo de Abuja. Mas informações, não confirmadas, oriundas de Dacar davam conta de uma avaria no navio que deve transportar os militares da Gâmbia, Benin, Níger e Togo, os quatro países que fornecem elementos para a Ecomog na Guiné-Bissau.

As negociações desta semana envolveram os dois protagonistas do conflito guineense, os comandantes dos contingente do Senegal e da Guiné-Conacri e os observadores da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).

Espera-se a adopção de mais um protocolo adicional aos Acordos de Abuja, para definir o número de efectivos da Ecomog, o tipo de armamentos que utilizará, o financiamento das forças de interposição, o local de estacionamento, acções a desenvolver no terreno e a data da sua retirada.

Entretanto, o primeiro-ministro guineense, Francisco Fadul, precisou que a CEDEAO não está mandatada para realizar eleições no país.

A polémica sobre esta questão revela a enorme perda de tempo que tem vindo a ser registada no processo de normalização da situação na Guiné. Os pontos agora em discussão já deviam ter ficado assentes em Abuja, o que não aconteceu devido a manobras de bastidores da facção presidencial guineense, apoiada por elementos da diplomacia gambiana, que então impediram os assessores jurídicos da Junta Militar de acompanhar a delegação à Nigéria.

Em Bissau, realizou-se na quinta-feira mais uma manifestação, para exigir a retirada imediata das tropas do Senegal e da Guiné-Conacri e a entrada em funções do novo Executivo.

N.C.

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