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Canal Público     em: 03-FEV-1999

Portugal Avança nas Frentes Política e Militar

Por EDUARDO DÂMASO

Quarta-feira, 3 de Fevereiro de 1999

Portugal vai enviar dois aviões para evacuar cidadãos estrangeiros da Guiné-Bissau, mas deverá accionar planos de deslocação de um contingente militar maior, que, em princípio, vai manter-se em exercícios nas águas territoriais deste país africano.

O PÚBLICO apurou ontem que, enquanto o ministro dos Negócios Estrangeiros (MNE), Jaime Gama, avança na frente diplomática, as Forças Armadas poderão manter meios navais e aéreos em exercícos com o objectivo de exercer uma acção dissuasora de eventuais bombardeamentos sobre Bissau a partir do mar. Os planos de contingência das Forças Armadas não foram revelados nem por Jaime Gama nem pelo ministro da Defesa, Veiga Simão.

Jaime Gama declarou ontem, depois de uma reunião com Veiga Simão, que está em contacto com as autoridades diplomáticas da CEDEAO e com o primeiro-ministro guineense indigitado, Francisco Fadul, com o objectivo de obter um cessar-fogo imediato. O MNE português afirmou ainda estar em contacto com outros membros da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) que estão a desenvolver esforços no mesmo sentido. Gama desencadeou também contactos com o seu homólogo francês, com a finalidade de esclarecer o alegado envolvimento de forças militares francesas no conflito guineense.

O primeiro-ministro António Guterres, pelo seu lado, afirmou quanto ao conflito guineense que "Portugal quer fazer parte de uma solução e não de um problema, por isso agirá sempre com toda a prudência e moderação para a paz".

O PÚBLICO apurou que o Governo português quer, para já, afastar o espectro de algum incidente durante a visita do Presidente francês Jacques Chirac a Portugal, visita que começa amanhã. Esta visita deverá, pelo menos, merecer a contestação de diversas organizações da sociedade civil guineense, que já anunciaram a realização de uma manifestação "contra a participação activa negativa da França no conflito guineense", marcada para amanhã, às 15h00, junto à Assembleia da República, em Lisboa.

"Queremos dizer ao Presidente Chirac que a Guiné não foi nem será a nova colónia francesa e denunciar publicamente os crimes perpretados pelos franceses e seus lacaios senagaleses contra o nosso país e respectivo povo", afirma a Associação Guineense de Solidariedade Social num comunicado emitido ontem à tarde.

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