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Canal Público     em: 04-FEV-1999

Empresários portugueses oferecem-se para mediar

Portugal Envia Fragatas

Quinta-feira, 4 de Fevereiro de 1999

Uma parte dos meios navais portugueses integrados no exercício militar "Contex" que está em curso há vários dias fora das águas territoriais portuguesas foi ontem deslocada para a periferia atlântica da costa guineense.

O PÚBLICO apurou que naquelas operações da Nato estão envolvidos quase todos os meios navais portugueses, incluindo duas fragatas Meko, e que para esta nova incursão na Guiné-Bissau foi destacada uma embarcação deste tipo e uma outra da classe João Belo. O Governo português não comenta esta operação que visa, para lá de prestar apoio humanitário a refugiados, obter um efeito dissuasor de eventuais acções de bombardeamento de Bissau ensaiadas a partir do mar por embarcações senegalesas.

Na capital guineense encontram-se ainda cerca de 200 portugueses e um grupo de mais de duas dezenas está na ilha das Galinhas, no arquipélago dos Bijagós. Este grupo encontrava-se numa embarcação que ficou à deriva no mar devido a uma avaria, acabando por ser rebocada depois por um barco caboverdiano até às Galinhas.

Portugal também não comenta as acusações difundidas ontem pela rádio nacional da Guiné-Bissau, afecta a Nino Vieira, que emitiu três programas de tom claramente condenatório da acção portuguesa. Três locutores - um dos quais assessor de Nino Vieira - acusaram o Governo português de "ser o responsável pela continuação do conflito" e enalteceram o posicionamento francês.

Entretanto, os empresários portugueses com interesses na Guiné-Bissau, que representam 70 por cento do PIB do país em conjunto com a cooperação institucional, mandataram a ELO- Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Económico e a Cooperação para apelar ao fim urgente das hostilidades.

Luis Sousa Macedo, presidente da ELO, avistou-se com o secretário de Estado da Cooperação a quem pediu que fosse portador de três cartas dirigidas aos dois beligerantes, Nino Vieira e Ansumane Mané, bem como ao primeiro-ministro indigitado Francisco Fadul. Na ocasião, Sousa Macedo entregou também uma carta ao referido secretário de Estado com a posição das empresas portuuesas face ao conflito.

"A ELO ofereceu a sua disponibilidade para colaborar na procura de soluções e na elaboração de um Plano de Ajuda consistente que permita o recomeço da vida económica na Guiné-Bissau", afirma Luis Sousa Macedo, reiterando ainda a vontade das empresas portuguesas em liderar uma missão de paz empresarial

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