Em notícia veiculada hoje pelo Jornal da Noite da estação televisiva SIC, foi informado que o Governo de Bissau, depois de mais de duas horas da hora prevista para o início das conversações de paz entre as duas partes em conflito e com a mediação da CPLP, a bordo da frata portuguesa «Corte Real» pediu, via telefone, ao embaixador português, que adiasse a reunião por 24 horas.

A borda da fragata já se encontravam os representantes da CPLP e da Junta Militar para o início das conversações. Segundo o jornalista da SIC que deu a informação, não há qualquer explicação, por parte do Governo de Bissau, para o motivo deste pedido de adiamento.

Crê-se, sem haver no entanto qualquer fundamento, que este adiamento se prende com o facto de a Junta Militar não querer a presença de elementos da CEDEAO na reunião, dado que os militares do Senegal e da Guiné-Conacri, que fazem parte da quela organização, têm tido uma intervenção activa ao lado das forças governamentais.

Espera-se, a todo o momento, que o Governo dê explicações sobre este pedido de adiamento, fazendo com que a reunião, para já, fique com um atrazo de 24 horas.

A primeira ronda de conversações de paz na Guiné-Bissau entre o Governo e a Junta Militar, mediadas pela CPLP, esteve para não se realizar ontem, devido à ausência da delegação governamental.

À última hora, no entanto, representantes do Governo de Bissau chegaram à fragata Corte Real, onde já se encontrava uma delegação da Junta Militar.

Segundo a Lusa, a delegação governamental comunicou ao fim da tarde, e cerca de duas horas depois da hora prevista para o primeiro encontro, que iria participar só na reunião de hoje, mas acompanhada de um elemento da CEDEAO, organização a que a Guiné-Bissau pertence.

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