- Parque Nacional de Abrolhos -

Criado em 06 de abril de 1983, o Parque Nacional Marinho dos Abrolhos foi o primeiro parque marinho a ser criado no Brasil.

Segundo tradição nos meios náuticos, o nome Abrolhos provém da advertência Abra os Olhos, contida em antigas cartas náuticas portuguesas, aos navegantes daquela região, devido aos perigos que ela oferece dada a grande quantidade de recifes submersos.

Distante aproximadamente de 70 Km da costa brasileira na região sul do estado da Bahia, é composto por um grupo de recifes de corais, ilhas vulcânicas e a plataforma continental dentro de seus limites (um polígono e um quadrilátero de interdição, visualizados nas cartas náuticas).

Ocupa uma área aproximada de 266 milhas náuticas quadradas, dividida em duas áreas distintas sendo que no meio delas encontra-se excluído o canal dos Abrolhos, região de passagem de embarcações.

A maior dessas duas áreas (233,60 milhas náuticas quadradas), engloba o arquipélago dos Abrolhos e a outra, menor (32,35 milhas náuticas quadradas), engloba os recifes de Timbebas.

Nessas áreas, toda a fauna e flora, tanto dentro quanto fora d`água, estão sob proteção do IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis).

Nessa área é proibido qualquer tipo de pesca, seja ela comercial, esportiva ou submarina, caça ou qualquer atividade que venha causar qualquer tipo de dano ao meio ambiente, bem como a introdução de qualquer espécie de fauna ou flora, podendo isso causar alteração no ecossistema ali existente, além de inúmeras regras que devem ser seguidas quando da visitação do arquipélago.


Vegetação

A vegetação terrestre do Parque é dominada completamente por plantas de pequeno porte como gramíneas, herbáceas e ciperáceas.

Alguns coqueiros (Cocos nucifera) foram introduzidos em algumas ilhas, porém isso ocorreu antes da área ser decretada como Parque.

Acredita-se que essa introdução se deu por parte de antigos pescadores daquela região, os quais usufruíam das águas dos cocos, tendo em vista a ausência de água potável nas ilhas.

A vegetação marinha, extremamente rica em quantidade e variedade de espécies, possui uma importância enorme, pois desempenha nos habitats marinhos uma função ecológica igual a dos vegetais clorofilados em terra.


Fauna

A fauna terrestre do arquipélago é um tanto pobre, refletindo a limitação ambiental, pouco espaço disponível e reduzidas fontes alimentares, além do solo raso o qual suporta uma vegetação exclusivamente rasteira.

Ratos, aranhas e principalmente lagartos são os exemplares mais comuns existentes nas ilhas depois das aves.

Essas constituem o grupo de maior expressão. Se fazem presente em grande número de indivíduos, habitando todas as ilhas do arquipélago.

Quatro espécies consideradas endêmicas de Abrolhos são facilmente encontradas.

O atobá-branco (Sula dactylatra); o atobá-marrom (Sula leucogaster); as fragatas (Fregata magnificens); e a grazina (Phaethon aethereus).

Duas espécies migratórias podem ser encontradas entre os meses de março a novembro; a primeira, conhecida como benedito (Anous stolidus), é encontrada em grande número e o trinta réis (Sterna fuscata), representado apenas por alguns casais, que junto com os beneditos se reproduzem na ilha Guarita.

Em compensação, a fauna marinha é uma das mais ricas da costa brasileira, o que justificou a decretação da área como Unidade de Conservação Ambiental.

A baixa profundidade e a presença de grande quantidade de recifes de corais criaram condições excepcionais para o desenvolvimento de inúmeras espécies sendo que, como já foi dito, pode-se encontrar em Abrolhos todos os peixes que existem no Atlântico sul.