- Parque Nacional de Itatiaia -

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O Parque Nacional de Itatiaia possui um patrimônio paisagístico de rara beleza cênica.

Ocupando o maciço do Itatiaia, o Parque apresenta diferenças de altitude que vão de 700m até 2.787m acima do nível do mar. O ponto culminante é o pico do Itatiaiaçu, nas Agulhas Negras.

As montanhas elevam-se de forma abrupta até atingir uma região de planalto na altitude de 2.450m, de onde nascem rios que vão formar a bacia do rio Paraíba do Sul, no lado do estado do Rio de Janeiro, e as microbacias do lado do estado de Minas Gerais, que contribuem para a grande bacia do rio Paraná.

Foi no século passado que estudiosos, cientistas naturalistas, geógrafos, geólogos e botânicos começaram a estudar o maciço de Itatiaia. Entre outros, cumpre mencionar Franklin Massena, Barão Homem de Mello, Alberto Lamego, Campos Porto, A.J. Sampaio, A. J. Brade. Merecem ainda destaque especial o entomologista José Francisco Zikan e, atuante ainda hoje, o Prof. Élio Gouvêa. Houve também pesquisadores estrangeiros que deram preciosas contribuições para o conhecimento científico do PNI.

Na porção sul do Parque, predomina um ecossistema exuberante, com uma biodiversidade riquíssima. Destacam-se paisagens como o mirante Último Adeus, de onde podem ser vistos os vales, as encostas, a piscina natural da Maromba, as cachoeiras Véu da Noiva, Itaporani, Poranga e o Lago Azul.

Na região do planalto, onde se situam o Brejo da Lapa e as formações rochosas da serra das Prateleiras, o pico do Altar, a Pedra Furada e o pico do Itatiaiaçu, entre outras, predominam os Campos de Altitude, alterando gradativamente a vegetação da floresta. Outros pontos de destaque são os Três Picos e o paredão da Água Branca.

A fauna e a flora são particularmente interessantes, com espécies endêmicas (só existem na região), como a bromélia Fernseca itatiaiae, encontrável nos Campos de Altitude. Outras espécies, infelizmente, estão ameaçadas de extinção. É o caso, entre outros, do gavião-real (Harpia harpyja) e, na flora, da Itatiaia cleistopetala, por exemplo.


Geomorfologia-relevo

As unidades dos grandes domínios morfoestruturais são representadas pela Serra do Mar, pelo Vale do Paraíba, pela Serra da Mantiqueira e pelo planalto do Sul de Minas. O Parque está localizado na província biogeográfica da Serra do Mar.

A Serra da Mantiqueira eleva-se abruptamente na região do Itatiaia. É recortada por vales profundos e perfis escalonados.

O maciço de Itatiaia é formado por rochas intrusivas. Caracteriza-se também pela ocorrência de um tipo de rocha eruptiva, incomum em território nacional, denominada nefelino-sienito. As Agulhas Negras são formadas por rochas alcalinas, do tipo eruptivo - mas não vulcânico. O pico Itatiaiaçu (2.787m) é o terceiro mais alto do Brasil.

Destacam-se ainda as Prateleiras (2.540m), a elevação da serra Negra (2.560m), a pedra do Couto (2.682m), o pico da Maromba (2.607m) e a Cabeça do Leão (2.408m).
No oeste, aparece ainda a Pedra Furada (acima de 2.500m) e, no leste, os Dois Irmãos (cerca de 2.400m) e os Três Picos (pouco além de 1.700m).


Outras formações interessantes são a Pedra da Tartaruga e a Pedra da Maçã.

As montanhas e os penhascos da região do Itatiaia são um deslumbramento: suas formas diversificadas - ora arredondadas, ora escarpadas ou pontiagudas - dão tal sensação de imponência e de grandiosidade que, uma vez lá em cima, o visitante pensa ter alcançado a morada dos deuses.


Hidrografia

O rios que nascem no PNI descem em direção a duas bacias hidrográficas distintas: a do rio Paraíba do Sul e a do rio Paraná. Importantes redes de drenagem são o rio Preto (afluente do Paraíba do Sul) e os rios Aiuruoca e Grande (formadores da bacia do Paraná).

O Campo Belo - que tem o Ribeirão das Flores como principal formador - e o rio Salto também são dignos de destaque. A drenagem do rio Salto abrange desde as Prateleiras e Pedra do Couto até a garganta do Registro e parte do maciço de Passa Quatro. Esse curso d’água demarca a divisa entre o Rio de Janeiro e São Paulo, desembocando no Paraíba do Sul.

Na região noroeste, o rio Capivari drena grande parte do esporão da Capelinha, dirige-se para o rio Verde, formador do rio Grande.

No sul, há os ribeirões do Palmital, Itatiaia, Carrapato, Água Branca, Barreto e Portinho, assim como os rios Alambari, Pirapetinga, Marimbondo e Pavão.

Esses rios são encachoeirados e encantam os freqüentadores do Parque. O ribeirão das Flores, por exemplo, a 1.100m, forma a cascatinha do Maromba e o famoso Véu da Noiva. O Campo Belo, por sua vez, forma as cachoeiras Itaporani, Piturendaba, Poranga e Tupi.


Clima e Nevascas

Na região do planalto o inverno é rigoroso
e a temperatura pode descer até 15ºC, congelando riachos e pequenos lagos, ocasionando nevascas como as registradas em 1976, 1985 e 1988.
Nesses anos, houve uma corrida de pessoas a Itatiaia, que não queriam perder um fenômeno tão raro na região sudeste.

A nevasca mais expressiva foi a que ocorreu em 1985, tendo recebido grande destaque na chamada grande imprensa (falada e escrita). Representou um fato inesquecível e até hoje esse assunto é mencionado pelas pessoas como um marco na história do PNI. São comuns também as geadas, que ocorrem geralmente de maio a outubro.

O mês de janeiro é considerado o período mais quente, com uma temperatura média de 13,6ºC e o de julho, o mais frio, com média de 8,2ºC. Nas regiões altas, registra-se com freqüência temperatura abaixo de zero. A época mais chuvosa ocorre no mês de janeiro (média de 27 dias) e há chuvas intensas de outubro a abril. No final deste mês, escasseiam as precipitações pluviais até o início de outubro. O mês de agosto é, normalmente, o mês mais seco. Durante o ano há 148 dias encobertos.
Os ventos dominantes são NW.