Entre em Friend Finder - Quem sabe você se ajeita?!

 

 

Andre Medeiros

 

O TRI DA AZZURRA
A VITÓRIA DE UM ESQUEMA TÁTICO



gbarshadow.gif (2155 bytes)  

 

 

  Estamos no dia 17 de maio de 1979. Nesta data, a FIFA resolve oficialmente aumentar o número de participantes para a próxima Copa do Mundo: de 16, passariam a 24 países. As vagas seriam distribuidas por continentes, ficando a Europa com 13 participantes, a América do Sul com 3, as Américas Central e do Norte com 2, a Ásia e Oceania com 2 e a África também com 2. A esses países se somariam a Espanha, sede da competição, e a Argentina, campeã da Copa anterior. O país ibérico, para tal contingente de delegações presentes, viu-se obrigado a lançar mão de 14 sub-sedes onde seriam realizados os jogos. Assim, foram escolhidas as cidades de Bilbao, Valladolid, Vigo, Coruña, Barcelona, Gijón, Oviedo, Elche, Alicante, Valencia, Zaragoza, Málaga, Sevilla e Madrid. Quatro países estreiariam num Mundial: Argéria e Camarões da África, o Kuwait da Ásia, a Nova Zelândia da Oceania e Honduras da América Central. Após as partidas da fase eleiminatória, sobrariam os 24 finalistas que viajariam para a Espanha. Estes ares de mudança e de modernidade só foram possíveis graças ao novo presidente eleito da FIFA, o brasileiro Jean Marie Faustin Godefroid Havelange, também conhecido como João Havelange. Este, que viria a ser uma das maiores personalidades do futebol mundial, foi sensível aos pleitos dos países menos desenvolvidos da Ásia, África e Oceania, aumentando, consequentemente, o número de participantes.

Após as eliminatórias, sobraram para a fase final na Espanha, entre outras, as fortes equipes da Alemanha, França, União Soviética, Itália, Tchecoslováquia, Inglaterra, Iugoslávia, sem contar com o Brasil, sempre uma seleção muito temida, e as já citadas Argentina e Espanha. Uma das surpresas foi o desenvolvimento inesperado do futebol africano, principalmente da África negra, aqui representada por Camarões. Houve eliminações surpreendentes, como a do México, até então um representante certo da América do Norte. Perdeu a vaga para as inexpressivas Honduras e El Salvador. A eliminação do Uruguai também foi sentida, mas seu futebol havia um bom tempo estava em fase de declínio. Suécia e Portugal também não lograram a classificação, eliminados que foram pelos escoceses e norte-irlandeses. A Holanda, vice-campeã nas duas Copas anteriores, foi surpreendemente excluída, ficando em último lugar em seu grupo, atrás da Bélgica e da França classificadas. A Itália passou sem maiores dificuldades pelas eliminatórias, após enfrentar Luxemburgo, Dinamarca, Iugoslávia e Grécia. Venceu cinco partidas, empatou duas e perdeu apenas uma, para a Dinamarca.

A Copa de 82 seria marcada por uma geração de grandes craques que, campeões ou não, fizeram-se notar nesta grande vitrine do futebol mundial. A Itália, por exemplo, trouxe em seu time o antes desacreditado goleador Paolo Rossi e, também, Cabrini, Bruno Conti, Antognoni e o formidável goleiro Dino Zoff. O Brasil alinhou uma fantástica geração de jogadores como Falcão, Sócrates, o fora-de-série Zico, Cerezo, Éder, Júnior, só para citar alguns. Foi uma das maiores seleções que já tivemos, infelizmente derrotada pela Azzurra, como veremos mais adiante. A França trazia seu maior jogador de todos os tempos, Michel Platini, além de Tigana. O Chile vinha com seu zagueiraço Elias Figueroa. A Polônia comparecia com Lato e Boniek, a Argentina com o iniciante Maradona, bem como com o já veterano Daniel Passarella. Citemos, ainda, Rummenigge, hábil e rápido avante alemão, bem como Littbarski. Paulo Rossi acabara de terminar um período de suspensão de dois anos, devido ao seu suspeito envolvimento na manipulação de resultados para a loteria esportiva da Itália. Deixou seu país com tal descrédito, que seu companheiro de seleção Orialli declarou antes da Copa: "Com Paolo Rossi no ataque, nossas chances de vencer ficam reduzidas". O avante italiano respondeu às críticas tornando-se o artilheiro máximo da competição. Foi o nosso carrasco no Estádio de Sarriá, com seus três gols que selaram nossa eliminação do Mundial.

A Itália voou rumo à Espanha sob uma total desconfiança e descrédito de seus torcedores e da imprensa esportiva. Os jornais chegaram até a insinuar, pouco sutilmente, que alguns jogadores eram homossexuais e que organizavam verdadeiras orgias nas concentrações. O resultado disso foi um rompimento entre a equipe e os repórteres italianos, com uma greve de entrevistas que só iria terminar após a posse do título. Responderam em campo às acusações com o tri-campeonato mundial. O técnico Bearzot também não ficou imune às críticas da imprensa de seu país. Os jornais vociferavam coisas como "fora Bearzot, estás velho!". Os desacertos entre os jogadores e os dirigentes se espelhavam na atitude de, por exemplo, Marco Tardelli, meio-campista italiano. Chegou ele à Espanha com uma vasta barba, que veio a raspar antes da estréia contra a Polônia. Perguntado pela razão de sua atitude, saiu-se com essa: "Não foi por superstição que deixei crescer a barba, foi por espírito de contradição. Escutei de um dirigente da Federação italiana críticas aos jogadores que usavam barba, então deixei-a crescer. Porém, dias depois, outro diretor me disse que eu ficava muito bem com ela, porisso raspei-a". Felizmente, a figura forte e competente de Bearzot soube se impor, traçando um plano estratégico de jogo que levou sua equipe à vitória.

O Brasil de Telê Santana, considerado de antemão um dos prováveis finalistas, formara com um time pontilhado de estrelas de primeira grandeza, sobressaindo-se um formidável meio-campo com Sócrates, Cerezo, Zico e Falcão. O otimismo tinha razão de ser. Em 1981, na excursão à Europa, havíamos derrotado os ingleses, os franceses e os alemães. Lembremo-nos também da Alemanha, com sua tradição em Copas do Mundo, uma equipe acostumada às finais de tantos mundiais. Possuia jogadores como Rummenigge, Breitner e Littbarski, sem falar no seu jogo tático e solidário, um perigo para qualquer adversário.

Na 1a fase do Mundial, com seis grupos de quatro países, seriam classificados os dois primeiros de cada. Entraram, entre outros, a Alemanha, o Brasil, a Itália, a Polônia, a Inglaterra (após uma ausência de doze anos em Copas) e, a duras penas, a Espanha, dona da casa. O Brasil venceu com folga seus adversários, impondo 2x1 na URSS, 4x1 na Escócia e 4x0 na Nova Zelândia, ao passo que a Itália fazia uma campanha opaca nesta fase, ao empatar três vezes (0x0 com a Polônia, 1x1 com o Perú e Camarões). A Alemanha, surpreendentemente, perdeu para a Argélia (1x2), enquanto a Argentina era vencida pela Bélgica. Os únicos países que venceram os três jogos da fase foram o Brasil, com um futebol de arte e talento puros, e a Inglaterra (3x1 na França, 2x0 na Tchecoslováquia e 1x0 no Kuwait), com uma ótima presença de sua defesa.

Para as quartas-de-final havia quatro grupos de três países, dos quais quatro se classificariam para as semi-finais. Nesta fase, o Brasil foi derrotado pela Itália na melhor partida do Mundial. Este jogo foi por nós chamado de "A Tragédia de Sarriá". Foi uma derrota inesperada perante a Azzurra, quase tão trágica quanto a final de 50 no Maracanã. O Brasil havia vencido os argentinos por 3x1 e vinha embalado por quatro vitórias incontestáveis, apresentando um futebol de encher os olhos. Já os italianos, após três empates na 1a fase, haviam ganho dos argentinos nestas quartas-de-final por 2x1. Nâo pareciam ser páreo para nós. Era um jogo que encarávamos como um simples compromisso para cumprir tabela. Quis o destino, porém, que as coisas não acontecessem exatamente como prevíamos. O dia: 5 de julho, Estádio de Sarriá em Barcelona. Bastáva-nos um empate para irmos às semi-finais. Fomos derrotados por 3x2, com três gols de Paolo Rossi para os italianos, em três erros da defesa brasileira, marcando Sócrates e Falcão para o Brasil. O mágico futebol-arte se despediu da Copa. A derrota repercutiu muito na imprensa mundial. O espanhol El Mercurio assinalou: "O Brasil perdeu por amor ao futebol". O venezuelano Meridiano estampou: "Frustração!". O goleiro Dino Zoff disse em uma entrevista: "Aquele Brasil e Itália foi um jogo excepcional. Tínhamos que arriscar, porque só a vitória nos interessava… Nós não jogávamos tão bonito quanto os brasileiros, mas éramos rápidos, eficazes e perigosos nos contra-ataques… Para nós, a partida mais difícil foi mesmo contra o Brasil". A declaração mais emocionante ficou, porém, nas palavras do técnico argentino Menotti, velho admirador do futebol brasileiro, que, inconsolável com nossa derrota, exclamou: "Que má sorte, que traição ao futebol!".

As decepções não ficariam por aí: a Argentina foi eliminada. A Espanha também saiu do certame, derrotada pela Alemanha. Santamaria, jogador espanhol, diria: "Jogamos sempre sob uma enorme tensão. Foi horrível e vergonhoso. Nunca havia visto algo parecido em um Mundial". Sobraram quatro equipes para as semi-finais: Itália, Alemanha, Polônia e França. Na 1a semi-final, a Itália derrotou a Polônia por 2x0, dois gols de Paolo Rossi. Na outra, a Alemanha venceu a França nos pênaltis, após um empate de 3x3 na prorrogação.

Era chegado o dia da grande decisão, 11 de julho de 1982. O Estádio de Madrid estava lotado, com 90.000 espectadores. Juiz, o brasileiro Arnaldo César Coelho, o primeiro árbitro sul-americano a apitar uma final de Copa do Mundo. A Itália dominou a maior parte do jogo, dando-se até ao luxo de desperdiçar um pênalti no início do 1o tempo. Resultado: Itália 3, Alemanha 1. A Alemanha, diga-se de passagem, vinha com um time cansado após uma sofrida prorrogação nas semi-finais, contra a França. Foi uma bela apresentação da Azzurra, com uma grande atuação individual e tática de sua equipe. Bergomi colou em um Rummenigge fora de suas condições físicas ideais, sem falar na marcação exercida em cima de Fisher e Littbarski por Collovati e Gentile. No gol, Dino Zoff, aos 40 anos, era uma muralha intransponível. Scirea comandava as ações, impondo-se na defesa e no meio-campo. Assim, sempre em contra-ataques liderados pelo veloz Paolo Rossi, os gols foram surgindo. Primeiro com Rossi, de cabeça, depois com Tardelli de fora da área e, finalmente, com Altobelli. Paul Breitner anotou o gol de honra alemão, mas a partida já estava liquidada.

"Foi um choque digno de uma final de Mundial. Jogamos um primeiro tempo de contenção, vigiando os ataques alemães. Após o descanso, utilizamos nossos contragolpes", declarou o técnico italiano Bearzot. Estóico, ele enfrentrou todas as críticas à sua equipe, mesmo após os três empates da 1a fase. Limitou-se, então, a dizer: "Jogaremos melhor na próxima fase". E assim aconteceu. Vieram quatro vitórias convincentes, nas quais a equipe italiana definitivamente se encontrou. Não jogou um futebol brilhante, de encher os olhos, mas jogou muito bem esquematizada taticamente para vencer. Computando-se a fase eliminatória em 1981, a Itália participou ao todo de 15 jogos na Copa, colhendo 9 vitórias, 5 empates e apenas 1 derrota. Marcou 24 gols e sofreu 11.

A Itália entrou em campo na final com Zoff; Gentile, Scirea, Bergomi e Collovati; Conti, Oriali, Tardelli e Cabrini; Paolo Rossi e Graziani (Altobelli e Causio). A Alemanha apresentou Schumacher, Katz, Forster, Stielike e Bernd Foster; Briegel, Dremmler (Hrubesch) e Breitner; Rummenigge (Müller), Fischer e Littbarski. Os maiores destaques da Azzurra foram Zoff, Scirea e Paolo Rossi, o artilheiro da Copa com 6 gols. Apresentamos, a seguir, alguns dados biográficos destes craques.

Dino Zoff, considerado um dos melhores goleiros do mundo. Jogou pelo Udinese, Mantova, Napoli e Juventus. Foi campeão italiano seis vezes, campeão da UEFA e de duas Copas da Itália. Campeão Mundial pela seleção em 82 e europeu em 68. Jogou 112 partidas por sua equipe nacional, entre 1968 e 1983, sofrendo apenas 81 gols. Participou de três Copas (74, 78 e 82).

Gaetano Scirea, grande líbero do futebol italiano. Jogou pelo Atalanta e pelo Juventus. Ganhou seis campeonatos em seu país, duas Copas da Itália, uma Copa da UEFA, uma Recopa, uma Copa dos Campeões e o Mundial Interclubes de 85. Jogou 78 vezes pela seleção, entre 1975 e 1986. Líbero muito técnico, tanto defendia como atacava com perfeição e inteligência. Faleceu em 1989 em um desastre de automóvel na Polônia, aos 36 anos.

Paolo Rossi, o astro e artilheiro da Copa. Começou o Mundial desacreditado, após cumprir a suspensão de dois anos. Nos três primeiros jogos, não marcou. Despertou nas quartas-de final, assinalando seis gols nas quatro partidas restantes. Começou pelo Juventus, depois jogou no Como, Vicenza, Perugia, Milan e Verona. Jogou 48 vezes pela seleção, assinalando 20 gols, entre 1977 e 1986. Foi escalado para o Mundial de 82 por Bearzot, a despeito da impopularidade que tinha na época. Assim sendo, ressurgiu para o futebol. Foi campeão da Copa da Europa em 85. Apontado como o melhor jogador do futebol europeu em 82. Participou de três Copas (78, 82 e 86).

Citemos, ainda, o lateral-direito Claudio Gentile, 71 jogos pela seleção; Antonio Cabrini, ala-esquerdo de grande participação ofensiva, 73 partidas pela seleção; Bruno Conti, jogador técnico e com excelente visão de jogo, 47 jogos pela seleção; o veterano Franco Causio, ala ofensivo com 63 jogos por seu país; e Francesco Graziani, grande artilheiro, com 64 participações pelo selecionado italiano. Esta Copa, talvez devido à eliminação da Espanha antes das finais, foi uma das que reuniu menos público ao longo de seus jogos. A média de espectadores por jogo foi de apenas 35.000 pessoas, a pior média desde o Mundial de 1962 no Chile. Teve, porém, a seu favor o fato de atingir o recorde de gols em Copas, com 146 em 52 jogos, resultando uma média de quase 3 gols por jogo. O fato mais pitoresco aconteceu por ocasião do encontro entre o Kuwait e a França. O marcador assinalava França 3x1, quando Giresse marcou o que seria o 4o gol francês, validado pelo juiz. Os árabes reclamaram, quando, incontinente, o príncipe herdeiro kuwaitiano Fald Al Sabah, todo paramentado a caráter, com turbante e tudo, entrou gramado a dentro furioso, pedindo explicações ao árbitro soviético Stupar. Após uns dez minutos de espanto total dos presentes, "sua senhoria" anulou o gol que havia validado.

  

 

A Itália nas Eliminatórias (1981) A Itália na Copa da Espanha (1982)

 

Adversário

Resultado

Data

Etapa

Adversário

Resultado

Luxemburgo

2 x 0

14/06/82

Oitavas de final

Polônia

0 x 0

Dinamarca

2 x 0

 

18/06/82

Oitavas de final

Peru

1 x 1

Iugoslávia

2 x 0

 

23/06/82

Oitavas de final

Camarões

1 x 1

Grécia

2 x 0

 

29/06/82

Quartas de final

Argentina

2 x 1

Dinamarca

1 x 3

 

05/07/82

Quartas de final

Brasil

3 x 2

Iugoslávia

1 x 1

08/07/82

Semi-final

Polônia

2 x 0

Grécia

1 x 1

 

11/07/82

Final

Alem.Ocid.

3 x 1

Luxemburgo

1 x 0

 

Os Três Primeiros Colocados na Copa (1982)

 

Coloc.

País

Pontos

Jogos

Vitórias

Emp.

Derr.

Gols pró

Gols contra

1o Itália 11 7 4 3 0 12 06
2o Alemanha 08 7 3 2 2 12 10
3o Polônia 09 7 3 3 1 11 05

 

 

O técnico italiano foi Enzo Bearzot, antigo médio-volante que andou pelo Torino, Catania e Internazionale de Milão. Fez parte do corpo técnico das seleções juvenis italianas após 1969, chegando a auxiliar da seleção principal em 1977, sob o comando de Fulvio Bernardini. Esteve à frente da Azzurra até a Copa do México, em 1986. Seu grande mérito nesta Copa foi o de ter conseguido realizar na equipe um sistema misto de marcação, deixando as ações ofensivas para jogadas muito velozes em contra-ataque. A linha de quatro zagueiros, quase fixa em campo, marcava individualmente sob o comando do líbero Scirea. Os médios Antognoni, Tardelli e Cabrini, ajudados por Conti que recuava e por Scirea que avançava, formavam uma trincheira de primeiro combate, trocando constantemente de posição para confundir os adversários. Esta linha de meio-campo marcava por zona. No ataque, Paolo Rossi graças à sua velocidade, procurava pegar de surpresa as defesas adversárias em contra-ataques fulminantes, contando com a participação de Conti, Graziani e de alguns jogadores da intermediária. O esquema tático era um 4-4-2, à maneira de Bearzot.

O time-base era constituído por Zoff; Gentile, Scirea, Bergomi e Colovatti; Conti, Antognoni, Tardelli e Cabrini; Paolo Rossi e Graziani. A figura ilustra a colocação do time em campo. Note-se que os alas Cabrini e Conti tinham também funções ofensivas, e que o líbero Scirea tinha liberdade para avançar quando seu time estava com a posse de bola. Foi esse sincronismo de movimentos e o entrosamento quase perfeito entre os diversos setores da equipe que levou a Itália ao sucesso na Copa. Foi a vitória da estratégia de jogo, aliada a um treinamento de primeira linha.

 

 

A Copa da Espanha teve a oportunidade de mostrar selecionados em ascenção vindos do Terceiro Mundo, como Camarões, Argélia e, de certa forma, Honduras e Kuwait. Camarões, por exemplo, saiu invicto do certame com três empates (0x0 com Perú e Polônia, e 1x1 com a Itália). Só não se classificou devido ao número de gols marcados, sendo superado pelos italianos. Grandes surpresas também aconteceram, como a eliminação precoce da Argentina, do Brasil e, principalmente, dos donos da casa, a Espanha. Não foi um Mundial que apresentasse grandes novidades táticas. Venceu a equipe melhor preparada e que, sem jogar um futebol-espetáculo, atuou de forma inteligente de modo a conquistar o título. Como disse o Giornale de Milano, "os brasileiros sambam, os italianos fazem gols". Patriotadas e exageros à parte, essa foi a tônica da seleção campeã: jogar para vencer. E conseguiram chegar onde queriam.

 

 

 

* * * *

 

 


E-Mails para a coluna: alspm@unisys.com.br

André Luiz Medeiros é
arquiteto e pesquisador
do futebol.

 

[página principal] [ [colunas]

[Holanda 74] [Hungria 54][Brasil 50] [Brasil 70] [Brasil 58-62]

[Alemanha anos 70] [Inglaterra 66] [Argentina 78]

 
[Áustria-30 e Argentina-40] [A Celeste Olímpica]

 

 

copyright ©1998 André Medeiros, No País do Futebol, todos os direitos reservados

 

Using unregistered version of KISSfp - FrontPage FTP Add-On Component!
Please register at http://www.vorburger.ch/kissfp