INDEPENDÊNCIA OU MORTE
Muitos foram os fatores que contribuíram para o processo de independência do Brasil, culminando a 7 de Setembro de 1822.
Quando a família real portuguesa fugiu para o Brasil, Portugal foi dominado pelas tropas Francesas de Napoleão Bounaparte.
Dois anos mais tarde as tropas Inglesas expulsam os Franceses, passando, então a governar Portugal com o consentimento de D. João.
Cansados da dominação Inglesa e da decadência econômica os portugueses iniciam uma revolução na cidade do Porto. Esta revolução tomou conta do país e culminou com a expulsão dos Ingleses.
Os revolucionários portugueses, vitoriosos, convocam as Cortes para fazer uma constituição, exigindo ainda a volta de D. João VI para Portugal. Para não perder o trono D. João volta para Portugal deixando no Brasil seu filho D. Pedro, como Príncipe Regente.
Apesar de aceitas suas exigências, os revolucionários portugueses não estavam satisfeitos. Queriam que o Brasil voltasse a condição de colônia para resolver a crise econômica de seu país. Assim, exigiam a volta de D. Pedro para Portugal.
De formação absolutista D. Pedro não aceitou e não reconheceu a decisão da Corte aliando-se a grandes proprietários de terras. Brasileiros que desejavam manter o livre comércio com outras nações. Essa decisão leva D. Pedro e os proprietários a entrarem em conflito com as Cortes Portuguesas, desencadeando, daí, vários acontecimentos que conduziram à Independência do Brasil em 1822.
No dia 9 de Janeiro de 1822 um manifesto de oito mil assinaturas foi organizado pela Maçonaria.
A Maçonaria e a imprensa teciam críticas às resoluções da Corte através do "Clube de Resistência".
Homens como José Bonifácio de Andrada e Silva, Gonçalves Ledo, José Clemente Pereira e outros seguem com o movimento de Independência através de atos em defesa da soberania brasileira.
0 manifesto entregue pôr José Clemente Pereira a D. Pedro, pede ao Príncipe Regente que ficasse no Brasil. Ele aceitou o pedido e essa data ficou conhecida como o "Dia do Fico".
Em Maio, aconselhado por seu Primeiro-Ministro Brasileiro José Bonifácio, D. Pedro assinou o decreto do Cumpra-se. Por esse decreto, qualquer lei das Cortes portuguesas só seria obedecida no Brasil se recebesse o Cumpra-se do regente, o que enfraqueceria a autoridade de Portugal
Em Junho, D. Pedro convoca uma assembléia constituinte para elaborar uma constituição adequada ao Brasil, diferente da portuguesa.
Mas foi em Agosto que o Príncipe Regente toma a medida mais dura em relação a Portugal. Declarou inimigas todas as tropas portuguesas que desembarcassem no Brasil sem seu consentimento.
Todas essa medidas evidentemente desgostaram as Cortes, que enviaram novas ordens a D. Pedro destituindo-o do cargo de Regente e ordenando seu regresso a Portugal.
Essas novas ordens, juntamente com cartas de José Bonifácio de Andrade e Silva recomendando que ele tornasse o Brasil independente foram entregues ao Príncipe Regente, as margens do Riacho do Ipiranga. Ao ler as cartas e os decretos ali mesmo proclama a Independência do Brasil, a 7 de Setembro de 1822, declarando: "É tempo ... Independência ou Morte ... Estamos separados de Portugal".
A Pátria é tudo o que nos envolve. Sua origem remonta aos feitos épicos de nossos antepassados.
A Pátria é nossa história, é a nossa gente, é o território com sua exuberância e com suas riquezas, é a nossa cultura e os nossos costumes.
A Pátria é estado de espírito, é sentimento, é dogma de fé, que não se contesta, que não se macula.
A Pátria é soberania. É o berço de ouro de nossos filhos, o lar de nossas famílias, o tabernáculo de nossos mortos.
Citando 0lavo Bilac, diría-mos: "Ama, com fé e orgulho, a terra em que nasceste!"
PAULO CEZAR SOUZA DA CRUZ
Mestre Maçom - CIM l61.548
Membro da Aug. Resp. Loja Simb.
"DEUS E UNIVERSO", N° 1653