Menina ainda sou uma
criança
correndo, pelos campos
cercados de ruas casas prédios torres
fujo,
mas para onde?
o que posso encontrar,
correndo pelos campos?
não
quero a felicidade
morna, como leite;
sou apenas uma menina.
Tempo
perco
a manhã
sentindo a tristeza.
lágrimas nos olhos,
sem derramar.
percorro
o dia,
escolhendo sonhos.
fruto da imaginação,
que derrama.
percebo
a noite,
ficando em casa.
com minha solidão,
que ama amar.
Vidas
hoje
cruzaram meu caminho
caminho estreito e sem saída
pelo qual levo meus pesares
outras
vidas passam por ele
sem notar a multidão
homens e mulheres no vazio
encruzilhadas
repletas de almas
que vagam em busca do sentido
que só pode ser desejado
vidas
cruzadas no tempo
espaço que não se move
hoje, te encontrei no caminho.
Frágil
frágil
mão que me sustenta
peço a ti apenas um olhar
um sorriso talvez
até um beijo.
|